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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

CHICLETE COM POTENCIAL DE REDUZIR TRANSMISSÃO DE COVID-19 É CRIADO

 


Cientistas desenvolveram um chiclete que pode ser capaz de diminuir a carga viral de pessoas infectadas pelo vírus Sars-CoV-2 e, por consequência, reduzir a transmissão de covid-19. Isso tudo porque os níveis do vírus estão elevados na saliva dos indivíduos contaminados.

A goma de mascar foi criada por uma equipe de pesquisadores lideradas por Henry Daniell, bioquímico da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, a partir da enzima conversora da angiotensina 2 (ACE2), proteína que auxilia na entrada do vírus nas células humanas. No estudo, uma versão alternativa, cultivada em plantas, foi usada para neutralizar o vírus.

O ACE2 foi cultivado em plantas, assim como outro composto que possibilitasse que a proteína atravessasse a mucosa. O resultado desse material vegetal foi incorporado em uma pastilha — neste caso, uma goma de mascar no sabor canela.

Para testar a eficácia do produto, o time usou a técnica do esfregaço, em que a matéria orgânica é colocada sobre uma lâmina de vidro para passar por análise microscópica. Eles examinaram nasofaríngeos de pessoas infectadas com o novo coronavírus e outro vírus modificado, menos patogênico do que o Sars-CoV-2, mas ainda com a proteína spike.

Os cientistas observaram que o chiclete fez com que grande parte das partículas do vírus não contaminasse as células da amostra. O receptor da ACE2 foi bloqueado pela goma de mascar, que ligou-se à proteína spike, que ajuda na entrada do agente infeccioso nas células humanas.

A expectativa dos pesquisadores é que a pastilha seja barata por ser produzida com base em plantas e que seja administrada depois de testes clínicos. Alguns exemplos de uso são pacientes em consultórios odontológicos que retiram a máscara durante o atendimento e pessoas com infecção pouco conhecida, como destaca a revista Galileu.

Embora seja uma novidade impressionante, o produto ainda está em fase de análises. Grace C. Roberts, pesquisadora em virologia, ressaltou em um artigo publicado no site The Conversation que os testes aconteceram em condições laboratoriais específicas e sem o vírus completo, além da falta da simulação da temperatura e bactérias bucais.

A goma de mascar foi descrita em um artigo publicado no periódico científico Molecular Therapy no último dia 10 de novembro.

Fonte: Aventuras na História

Jovem passa dos 300 kg em SP e não consegue mais se pesar: 'tenho muita fome

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O desempregado Carlos Willian dos Santos, de 28 anos, foi diagnosticado com obesidade mórbida e sofre há quase quatro anos para conseguir passar por uma cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Morador de São Vicente, no litoral de São Paulo, ele contou ao g1 que é difícil encontrar uma balança que pese os quilos que ele tem. "A última balança que eu tentei me pesar deu mais de 300 kg. Não posso falar o peso certo porque não tem balança que consiga me pesar certinho, mas sei que tenho mais de 300 kg".

A obesidade, segundo Santos, é um problema que ele sofre desde a infância. "Fui uma criança que, desde pequeno, era mais gordinho que a maioria. Por volta dos 18 anos, eu já pesava cerca de 150 kg. Não é um problema de agora, é coisa antiga e de família".pandemia, ele trabalhava como vendedor autônomo, mas com o agravamento da situação, ele não conseguiu mais trabalhar. "Eu era vendedor porta a porta, e mesmo com a minha obesidade, eu saía, ia andando de casa em casa, tentando vender. Eu não me deixava abater, mas de um tempo para cá, minha dor começou a ficar muito forte, tem vezes que não consigo levantar da cama de tanta dor na coluna".

Tentativa de dietas

Com o acompanhamento de um nutricionista, Santos explica que evita comer alguns alimentos, para não ganhar mais peso. "Hoje, minha alimentação é basicamente salada, peito de frango e arroz. Evito comer qualquer outra coisa, senão, posso engordar mais. Muita salada para saciar, porque tenho muita fome. Entre as refeições, quando dá fome, como uma fruta, mas é o café da manhã, em que geralmente como batata doce e tomo café, e o almoço e jantar, que são basicamente a mesma coisa".

Ele já tentou diversos tipos de dietas e reeducação alimentar. "Cortei o carboidrato, dieta de diminuir as calorias consumidas, tentei todas possíveis, e nenhuma delas me ajuda a emagrecer. Elas mantêm o peso, melhoram a condição sanguínea, mas não diminuem o peso".

Preconceito

Santos afirma que tenta não se abalar com os olhares da sociedade. "Preconceito a gente sabe que tem em todo lugar. Onde eu vou, o pessoal me olha. Sou muito grande, ainda mais em ambiente pequeno, mas não importa onde eu vou, sempre tem um olhar, alguém falando baixinho. Eu vejo isso, mas tento não pensar, tento seguir a minha vida".

"Eu sinto tristeza, sinto que estou desamparado, como se o sistema de Saúde estivesse me jogando de um lado para o outro, essa é a grande realidade. Sinto como se não estivessem nem aí para mim, como se eu fosse só mais um número", desabafa.

Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), informou que, conforme regulação municipal, o paciente não comparece à rede de saúde municipal desde 2019, mas que realiza tratamento no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) do município.

Ainda de acordo com a administração municipal, o paciente aguarda por uma cirurgia bariátrica, e está inserido na Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), gerenciada pelo Governo do Estado de São Paulo, e que por isso não tem autonomia para interferir no processo de liberação de vagas.

Estado

Ao g1, a Secretaria Estadual de Saúde informou que não há demanda pendente do paciente, e que ele passou no AME de São Vicente nas áreas de endocrinologia, nutrição e cardiologia. Todas as orientações quanto aos fluxos para a realização da cirurgia foram prestadas ao paciente, que deve retornar ao serviço da rede primária, responsável pelo encaminhamento para as próximas etapas de tratamento.

Segundo a pasta, a cirurgia bariátrica é realizada somente mediante indicação médica. Geralmente, o paciente com obesidade possui restrições e doenças que dificultam a realização das cirurgias, a exemplo de diabetes e hipertensão. Sendo assim, nem todos com indicação médica para cirurgia bariátrica estão efetivamente aptos a fazer o procedimento imediatamente, por questões de quadro clínico geral não favorável. Além disso, há um período comprobatório, no qual o quadro do paciente é analisado para verificar se o procedimento em si é o mais indicado para o paciente. A cirurgia bariátrica é o último recurso utilizado no tratamento, que inclui um suporte ambulatorial e multiprofissional.

Ainda de acordo com a pasta, a demanda é descentralizada na rede primária de saúde ou serviços de origem do atendimento, que são responsáveis por agendar os atendimentos médicos e multiprofissionais preparatórios nas unidades de saúde de referência para cada caso, bem como o acompanhamento do paciente até que o procedimento seja realizado.

Fonte: G1

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