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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Em um ano, construção civil demitiu quase 400 mil trabalhadores


desemprego construção civiçlA recessão prolongada da economia brasileira provocou demissões no segmento da construção civil pelo 19º mês consecutivo. Em abril, foram cortados 17,4 mil postos de trabalho no País. Com isso, o número total de pessoas empregadas na construção atingiu 2.830.254, o que representa redução de 0,61% em relação a março.
No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os cortes no Brasil chegaram a 72,9 mil vagas, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, até abril, as perdas totalizaram 398,2 mil vagas.
Os dados divulgados nesta quinta-feira fazem parte da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
Na avaliação por segmento, as obras de instalação tiveram a maior retração no número de empregos (-1,45%) em abril na comparação com março, seguido por obras imobiliárias (-0,83%) e de preparação de terrenos (-0,33%).
Já na avaliação por regiões, houve corte de vagas no Nordeste (-1,75%), Norte (-0,89%) e Sudeste (-0,63%). Por outro lado, houve contratações no Centro-Oeste (1,43%) e Sul (0,10%). O Estado de São Paulo, com maior número de trabalhadores no setor (26,8% do total do País), teve recuo de 0,46% em abril ante março.
Avaliações
A queda do nível de emprego na indústria da construção em abril já era esperada em função da recessão e seguirá se repetindo nos próximos meses, a menos que o setor receba estímulos, segundo afirmou o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, em nota divulgada à imprensa.
“Esperamos que o governo retome as contratações em todas as faixas de renda do Minha Casa Minha Vida, e que a União renove os convênios para que Estados e municípios possam aportar terrenos e recursos ao programa. Medidas para ampliar a oferta de crédito ao mercado imobiliário também são urgentes. E é preciso acelerar as providências para colocar de pé as concessões e parcerias público-privadas”, reivindicou o presidente do sindicato patronal.
Em entrevista nesta semana, Ferraz Neto reiterou a projeção de queda de 5,0% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção em 2016 e a estimativa de perda de um total de 250 mil empregos no setor neste ano.
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Ceará confirma 11 mortes por meningite


O Ceará confirmou, entre 1º de janeiro e 10 de junho de 2016, 11 mortes por meningite. O documento de notificação compulsória traz que, dos óbitos, cinco foram diagnosticados com meningite meningocócica, e outros seis com variações da doença. As informações são da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde.
Ao todo, oito municípios do Ceará registraram mortes motivadas pela meningite: Fortaleza (3), Paracuru (1), Maracanaú (2), Pacatuba (1), Aracoiaba (1), Aracati (1), Chaval (1), Martinópole (1). Das mortes na Capital, duas foram por meningite meningocócica e uma por outra variação da doença não especificada no documento. Considerada por especialistas como a mais grave, a meningocócica se apresenta como uma infecção bacteriana aguda.
De acordo com os dados da Secretaria da Saúde do Estado, se comparado o período de janeiro a abril de 2015 com igual época de 2016, houve redução de 18,3% no número de casos de meningites. No entanto, houve aumento de 61,5% dos casos de meningites bacterianas. Em Fortaleza, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) diz que a vacinação para os bebês é disponibilizada em todos os 104 postos da Capital.
Com informações do Diário do Nordeste

Lula pede a Janot que apure supostas ações abusivas de Sérgio Moro


(FILES) This file photo taken on August 29, 2015 shows Brazilian former president (2003-2011) Luiz Inacio Lula Da Silva participating in the 12th Congress of the Brazilian Workers Union (CUT) in Belo Horizonte, Brazil, on August 28, 2015. Brazil police search home on March 4, 2016 of ex-president Lula da Silva in corruption probe. / AFP / DOUGLAS MAGNOAlegando uma série de abusos cometidos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus familiares, a defesa do petista enviou um pedido ao Ministério Público Federal para que investigue supostas irregularidades cometidas pelo juiz Sergio Moro. A petição aponta excesso nas buscas e apreensões e na divulgação de conversas interceptadas entre Lula e seus familiares e também com a então presidente em exercício Dilma Rousseff.
Segundo a defesa, o caso deve ser analisado por Rodrigo Janot, procurador-geral da República, devido à prerrogativa por foro de Sergio Moro.
Com o reforço do criminalista José Roberto Batocchio, os advogados de Lula ressaltaram na peça a decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que na segunda-feira (13/6) enviou o caso do ex-presidente para a vara de Moro. Teori disse que o titular das 13ª Vara Federal agiu “sem adotar as cautelas previstas no ordenamento jurídico”, e assim produziu decisão “juridicamente comprometida” ao usurpar a competência daquela corte e, “de maneira ainda mais clara, pelo levantamento do sigilo das conversações telefônicas interceptadas”.
Para a defesa, ao determinar condução coercitiva no dia 4 de março, Moro privou Lula de sua liberdade por seis horas sem que isso seja permitido por lei, já que o ex-presidente não havia desatendido nenhuma prévia intimação. Os advogados apontam “enorme constrangimento e o escabroso vexame” pelo qual passou seu cliente: “[A condução coercitiva] Lhe causou profundo constrangimento e humilhação, além de severos e irreparáveis danos à sua imagem de homem público. Ninguém terá o desplante de negar que foi afetado, de maneira abissal, seu status dignitatis, máxime em se considerando que tudo foi amplamente registrado e divulgado pelos órgãos de comunicação social, no país e no exterior”.
Na peça foram incluídas fotos de Lula sendo levado pela Polícia Federal visivelmente contrariado e de manifestantes no aeroporto, onde ele depôs. O tweet de um jornalista da revista Época, que indicou muitas horas antes já saber do procedimento, foi juntado para demonstrar que houve vazamento com o intuito de humilhar Lula.
Sobre as buscas e apreensões feitas nas casas e empresas dos familiares de Lula, houve para os advogados alargamento arbitrário da extensão da medida. “A busca deve se estender ainda às empresas de cujo quadro social participa [Lula]”, apontam.
Por fim, quanto à divulgação das conversas telefônicas, a petição ressalta que a legislação brasileira não permite, em nenhuma hipótese, a divulgação público de grampos. Outro ponto é que, mesmo após uma decisão juntada aos autos estabelecer que a interceptação deveria ser interrompida, a medida continuou em prática. Além disso, Moro deu publicidade a esse conteúdo quando já não possuía mais competência para atuar no caso — por envolver a presidente, deveria ter sido imediatamente enviado para o STF.
As alegadas ilegalidades, arbitrariedades e vazamentos, defendem os advogados, constituem não atos isolados, mas uma estratégia definida para incriminar Lula e seus familiares.”
Site Consultor Jurídico

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