Agente da Polícia Federal Newton Hidenori Ishii (Foto: Reprodução/GloboNews)
O agente federal Newton Ishii, que ficou conhecido como Japonês da Federal por aparecer frequentemente na imprensa conduzindo os investigados presos na Operação Lava Jato, esteve presente no lançamento do livro “Lava Jato: o juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil”, nesta terça-feira (21), em Curitiba.
Newton foi preso no início de junho, na capital, por facilitação de contrabando em um esquema investigado pela Operação Sucuri, deflagrada em 2003.
A prisão foi determinada pela Vara de Execução Penal da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Desde o dia 10, ele cumpre pena em casa, com a tornozeleira eletrônica.
De acordo com a decisão da Justiça, o Japonês da Federal não poderá sair de Curitiba sem autorização, deve estar em sua residência entre 23h e 5h durante a semana. Nos finais de semana, Ishii não pode sair de casa. O monitoramento vai continuar até outubro, quando o regime da pena será revisto.
Além de Newton e de delegados e procuradores que atuam na operação, o juiz Sérgio Moro, um dos personagens centrais da operação e da obra, também esteve no evento, acompanhado de sua esposa, Rosângela Moro. O juiz distribuiu autógrafos e tirou fotos com os presentes. À imprensa, o juiz confessou que ainda não leu o livro. “Vim na esperança de ganhar um exemplar”, brincou.
Os procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima e Diogo Castor de Mattos também estiveram no lançamento. Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do MPF, estava em Brasília, mas foi representado pela esposa. Quase toda a equipe da Polícia Federal também marcou presença no lançamento, como os delegados Igor Romário de Paulo, Márcio Anselmo, Luciano Flores, Érika Marena, e o superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Ferreira.
Condenação do Japonês
Newton Ishii foi condenado por facilitação de contrabando a quatro anos e dois meses de prisão no processo da Operação Sucuri, deflagrada em 2003. Ele ficou quatro meses preso, mas recorreu e respondeu em liberdade. O agente chegou a ser afastado dos serviços pela própria Polícia Federal, sem prejuízo em seus vencimentos, mas o Tribunal de Contas da União determinou seu retorno ao trabalho. Agora, Ishii vai continuar atuando na Polícia Federal, mas em um cargo interno.
Segundo a denúncia, os servidores públicos “se omitiam de forma consciente e voluntária, de fiscalizar os veículos cujas placas lhes eram previamente informadas, ou realizavam fiscalização ficta, abordando os veículos para simular uma fiscalização sem a apreensão de qualquer mercadoria“. Newton Ishii recorreu da decisão, mas na última semana o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento de recurso Especial, manteve a condenação dos agentes envolvidos.
Como é réu primário, Ishii deve cumprir um sexto da pena, o equivalente a oito meses e 10 dias e de acordo com o Oswaldo de Mello Junior, advogado de Ishii. Ele também teria o benefício de cumprir a pena em regime semiaberto, mas, como não há vagas, a prisão será domiciliar. De acordo com a decisão da Justiça, o Japonês da Federal não poderá sair de Curitiba sem autorização da Justiça. Além disso, ele será monitorado pela tornozeleira eletrônica e deverá estar em sua residência entre 23h e 5h durante a semana. Nos finais de semana, Ishii não vai poder sair de casa. O monitoramento vai continuar até outubro, quando o regime da pena será revisto.
Livro
O livro “Lava Jato: o juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil”, escrito pelo jornalista Vladimir Netto, conta detalhes e curiosidades sobre os primeiros dois anos da operação, que teve início no dia 17 de março de 2014 e revelou o maior esquema de corrupção da história do país.
Dois anos depois da primeira fase, a operação já prendeu mais de cem pessoas e soma mais de mil anos em condenações. Em 382 páginas, o livro traz as origens da Lava Jato, os bastidores, o cotidiano dos presos, o desespero de políticos com o desenrolar das investigações, além do perfil de um dos principais personagens: o juiz federal Sérgio Moro. “Eu acho que a Lava Jato não é a história de um homem só. É uma soma de fatores, de pessoas. É isso que eu quis contar”, explica o autor, explicando que, mesmo assim, o juiz tende a ser um personagem central.
Para escrever o livro, Vladimir Netto conversou com alguns dos principais envolvidos, como o doleiro Alberto Youssef, que está preso em Curitiba, e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Como primeiros delatores, eles ajudaram a acelerar as investigações ao indicarem os nomes de políticos beneficiados com propina.
Uma das histórias mais interessantes, segundo o jornalista, é a da prisão de Alberto Youssef – na primeira fase da operação. O doleiro estava escondido no Maranhão. Ele só foi localizado porque ligou para uma das filhas. “Quando a Polícia Federal descobre que ele estava no Maranhão, um agente liga para o hotel e pede para falar com Alberto Youssef. Então a recepcionista fala ‘um momentinho, por favor’, e passa a ligação direto para o quarto do Youssef, que atende, e a Polícia Federal desliga. Isso era 2h da madrugada, o Youssef achou estranho. Ligou de volta, percebeu que era a polícia e pensou que seria preso”, conta. Segundo o autor, na ocasião, Youssef tinha cerca de R$ 1,6 milhão em uma mala e, mesmo assim, não fugiu.
Outra história contada no livro é a da prisão de Paulo Roberto Costa. A polícia só chegou até ele por causa de um carro de luxo comprado por Alberto Youssef com dinheiro de propina e que foi dado de presente ao ex-diretor. “Foi um capricho. Eles estavam em uma fazenda, em São Paulo, e aí o Paulo Roberto chegou para o Youssef e falou ‘que carro legal, um dia quero ter um desses’. Então o Youssef respondeu, ‘um dia não, agora’. Parou em uma concessionária, mandou blindar o carro e entregou para o Paulo Roberto”, conta.
Fonte: Paraná portal
Newton foi preso no início de junho, na capital, por facilitação de contrabando em um esquema investigado pela Operação Sucuri, deflagrada em 2003.
A prisão foi determinada pela Vara de Execução Penal da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Desde o dia 10, ele cumpre pena em casa, com a tornozeleira eletrônica.
De acordo com a decisão da Justiça, o Japonês da Federal não poderá sair de Curitiba sem autorização, deve estar em sua residência entre 23h e 5h durante a semana. Nos finais de semana, Ishii não pode sair de casa. O monitoramento vai continuar até outubro, quando o regime da pena será revisto.
Além de Newton e de delegados e procuradores que atuam na operação, o juiz Sérgio Moro, um dos personagens centrais da operação e da obra, também esteve no evento, acompanhado de sua esposa, Rosângela Moro. O juiz distribuiu autógrafos e tirou fotos com os presentes. À imprensa, o juiz confessou que ainda não leu o livro. “Vim na esperança de ganhar um exemplar”, brincou.
Os procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima e Diogo Castor de Mattos também estiveram no lançamento. Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do MPF, estava em Brasília, mas foi representado pela esposa. Quase toda a equipe da Polícia Federal também marcou presença no lançamento, como os delegados Igor Romário de Paulo, Márcio Anselmo, Luciano Flores, Érika Marena, e o superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Ferreira.
Condenação do Japonês
Newton Ishii foi condenado por facilitação de contrabando a quatro anos e dois meses de prisão no processo da Operação Sucuri, deflagrada em 2003. Ele ficou quatro meses preso, mas recorreu e respondeu em liberdade. O agente chegou a ser afastado dos serviços pela própria Polícia Federal, sem prejuízo em seus vencimentos, mas o Tribunal de Contas da União determinou seu retorno ao trabalho. Agora, Ishii vai continuar atuando na Polícia Federal, mas em um cargo interno.
Segundo a denúncia, os servidores públicos “se omitiam de forma consciente e voluntária, de fiscalizar os veículos cujas placas lhes eram previamente informadas, ou realizavam fiscalização ficta, abordando os veículos para simular uma fiscalização sem a apreensão de qualquer mercadoria“. Newton Ishii recorreu da decisão, mas na última semana o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento de recurso Especial, manteve a condenação dos agentes envolvidos.
Como é réu primário, Ishii deve cumprir um sexto da pena, o equivalente a oito meses e 10 dias e de acordo com o Oswaldo de Mello Junior, advogado de Ishii. Ele também teria o benefício de cumprir a pena em regime semiaberto, mas, como não há vagas, a prisão será domiciliar. De acordo com a decisão da Justiça, o Japonês da Federal não poderá sair de Curitiba sem autorização da Justiça. Além disso, ele será monitorado pela tornozeleira eletrônica e deverá estar em sua residência entre 23h e 5h durante a semana. Nos finais de semana, Ishii não vai poder sair de casa. O monitoramento vai continuar até outubro, quando o regime da pena será revisto.
Livro
O livro “Lava Jato: o juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil”, escrito pelo jornalista Vladimir Netto, conta detalhes e curiosidades sobre os primeiros dois anos da operação, que teve início no dia 17 de março de 2014 e revelou o maior esquema de corrupção da história do país.
Dois anos depois da primeira fase, a operação já prendeu mais de cem pessoas e soma mais de mil anos em condenações. Em 382 páginas, o livro traz as origens da Lava Jato, os bastidores, o cotidiano dos presos, o desespero de políticos com o desenrolar das investigações, além do perfil de um dos principais personagens: o juiz federal Sérgio Moro. “Eu acho que a Lava Jato não é a história de um homem só. É uma soma de fatores, de pessoas. É isso que eu quis contar”, explica o autor, explicando que, mesmo assim, o juiz tende a ser um personagem central.
Para escrever o livro, Vladimir Netto conversou com alguns dos principais envolvidos, como o doleiro Alberto Youssef, que está preso em Curitiba, e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Como primeiros delatores, eles ajudaram a acelerar as investigações ao indicarem os nomes de políticos beneficiados com propina.
Uma das histórias mais interessantes, segundo o jornalista, é a da prisão de Alberto Youssef – na primeira fase da operação. O doleiro estava escondido no Maranhão. Ele só foi localizado porque ligou para uma das filhas. “Quando a Polícia Federal descobre que ele estava no Maranhão, um agente liga para o hotel e pede para falar com Alberto Youssef. Então a recepcionista fala ‘um momentinho, por favor’, e passa a ligação direto para o quarto do Youssef, que atende, e a Polícia Federal desliga. Isso era 2h da madrugada, o Youssef achou estranho. Ligou de volta, percebeu que era a polícia e pensou que seria preso”, conta. Segundo o autor, na ocasião, Youssef tinha cerca de R$ 1,6 milhão em uma mala e, mesmo assim, não fugiu.
Outra história contada no livro é a da prisão de Paulo Roberto Costa. A polícia só chegou até ele por causa de um carro de luxo comprado por Alberto Youssef com dinheiro de propina e que foi dado de presente ao ex-diretor. “Foi um capricho. Eles estavam em uma fazenda, em São Paulo, e aí o Paulo Roberto chegou para o Youssef e falou ‘que carro legal, um dia quero ter um desses’. Então o Youssef respondeu, ‘um dia não, agora’. Parou em uma concessionária, mandou blindar o carro e entregou para o Paulo Roberto”, conta.
Fonte: Paraná portal
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Show de Wesley Safadão é cancelado pela justiça após cachê polêmico
A assessoria de imprensa do Fórum de Caruaru informou que a ação popular foi recebida pela 1ª Vara da Fazenda (Foto: Divulgação)
Na manhã desta quarta-feira (22), o juiz José Fernando Santos de Souza deferiu uma liminar para suspender o show de Wesley Safadão no dia 25 de junho, no ´São João 2016 de Caruaru´, no Agreste de Pernambuco.
A decisão acontece após três advogados do município entrarem com uma ação popular pedindo o cancelamento do show. De acordo com eles, há suspeita de superfaturamento no cachê do cantor, que seria de R$ 575 mil para a apresentação. Além disso, a apresentação geraria prejuízo aos cofres públicos da cidade, que passa por um período de seca grave.
Por e-mail, a assessoria da Prefeitura de Caruaru informou ao portal G1 que recorrerá da decisão. Já a assessoria de imprensa do Fórum de Caruaru informou que a ação popular foi recebida pela 1ª Vara da Fazenda e que tanto a Prefeitura, quanto a Fundação de Caruaru ainda não foram ouvidas sobre o caso e podem recorrer à decisão. "O Fórum só funciona até às 18h desta quarta-feira (22). Depois entraremos em recesso. Se a prefeitura se posicionar ainda hoje, o caso irá para a Câmara Regional. Caso contrário, o processo será encaminhado para o Tribunal de Justiça", detalhou. Caso a prefeitura descumpra a liminar, e não cancele o contrato do artista, haverá multa diária de R$ 100 mil.
Na ação, os advogados comparam os cachês pagos no São João de Caruaru e no de Campina Grande, na Paraíba (leia mais aqui). A coordenação do São João do município paraibano confirmou que foi negociado R$ 195 mil com Wesley Safadão ao site G1, no entanto, a Luan Promoções, responsável pelos shows do Wesley Safadão informou através de nota que o valor de R$ 195 mil "não condiz com a realidade" e que "não existe contrato firmado com Campina Grande". Posteriormente, foi informado através da Folha de São Paulo, que além dos R$ 195 mil que Wesley receberia da prefeitura, ainda haveria mais R$ 100 mil a serem recebidos de um patrocinador pela apresentação em Campina Grande, somando R$ 295 mil.
A assessoria da prefeitura de Campina Grande informou que foi realizado um planejamento com antecedência para negociar os preços dos cachês dos artistas. "Justamente por compreender que os valores de mercado tendem a aumentar quando a disputa pelo artista é mais acirrada nesta época. Foi feito um pré-contrato com Wesley há praticamente um ano", disse a assessoria.
A decisão acontece após três advogados do município entrarem com uma ação popular pedindo o cancelamento do show. De acordo com eles, há suspeita de superfaturamento no cachê do cantor, que seria de R$ 575 mil para a apresentação. Além disso, a apresentação geraria prejuízo aos cofres públicos da cidade, que passa por um período de seca grave.
Por e-mail, a assessoria da Prefeitura de Caruaru informou ao portal G1 que recorrerá da decisão. Já a assessoria de imprensa do Fórum de Caruaru informou que a ação popular foi recebida pela 1ª Vara da Fazenda e que tanto a Prefeitura, quanto a Fundação de Caruaru ainda não foram ouvidas sobre o caso e podem recorrer à decisão. "O Fórum só funciona até às 18h desta quarta-feira (22). Depois entraremos em recesso. Se a prefeitura se posicionar ainda hoje, o caso irá para a Câmara Regional. Caso contrário, o processo será encaminhado para o Tribunal de Justiça", detalhou. Caso a prefeitura descumpra a liminar, e não cancele o contrato do artista, haverá multa diária de R$ 100 mil.
Na ação, os advogados comparam os cachês pagos no São João de Caruaru e no de Campina Grande, na Paraíba (leia mais aqui). A coordenação do São João do município paraibano confirmou que foi negociado R$ 195 mil com Wesley Safadão ao site G1, no entanto, a Luan Promoções, responsável pelos shows do Wesley Safadão informou através de nota que o valor de R$ 195 mil "não condiz com a realidade" e que "não existe contrato firmado com Campina Grande". Posteriormente, foi informado através da Folha de São Paulo, que além dos R$ 195 mil que Wesley receberia da prefeitura, ainda haveria mais R$ 100 mil a serem recebidos de um patrocinador pela apresentação em Campina Grande, somando R$ 295 mil.
A assessoria da prefeitura de Campina Grande informou que foi realizado um planejamento com antecedência para negociar os preços dos cachês dos artistas. "Justamente por compreender que os valores de mercado tendem a aumentar quando a disputa pelo artista é mais acirrada nesta época. Foi feito um pré-contrato com Wesley há praticamente um ano", disse a assessoria.
Fonte:noticiasaominuto
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