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domingo, 8 de outubro de 2023

Onda de calor aumenta riscos de incêndio no Ceará

A Defesa Civil do Estado informou, nesta quinta-feira (6), que o aumento da temperatura no Ceará pode causar incêndios em áreas verdes em mais de 90 municípios do interior do estado. O risco alto de queimadas se dá tanto pelas ondas de calor quanto pela alta velocidade dos ventos, que favorece a disseminação das chamas.


A falta de chuvas também corrobora para que essa situação fique cada vez pior. Isso porque, com a baixa hidratação da vegetação, as plantas secas se tornam altamente inflamáveis e podem contribuir com a permanência do fogo por mais tempo no local.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realizou uma pesquisa neste ano que verificou a incidência de incêndios em 1.294 locais diferentes no estado. Apenas nos dois primeiros dias de outubro, já foram identificadas mais de 100 focos de queimadas.

A recomendação nesses casos é não ascender fogueiras, não descartar objetos quentes, inflamáveis ou líquidos que propiciam a condução das chamas, principalmente em áreas de vegetação. 

Ceará tem aumento de 71% em incêndios de vegetações em 2023


O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) apagou 4.118 incêndios em vegetação no Ceará, entre os meses de janeiro e setembro deste ano. Em outubro, até as 6 horas desta sexta-feira, 6, foram 297 registros do tipo. Nos primeiros nove meses de 2023, a soma de incêndios em vegetação no Ceará é 71% maior do que no ano anterior. Setembro foi o mês com maior número de incêndios do tipo em cinco anos, com 1.757 casos.

Em 2022, foram 2.404 de janeiro a setembro. Número não conta outros tipos de incêndios como de monturo, de veículos, em residências, em edificações comerciais e em indústrias.

Conforme capitão Francisco Eduardo Fideles Dutra, do CBMCE, algumas razões para o aumento são os efeitos das mudanças climáticas e a presença do El Niño, fenômeno meteorológico relacionado à seca no Ceará.

Conforme a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a previsão é que o período entre 2023 e 2027 seja o mais quente já registrado na Terra, sob o efeito combinado do El Niño e o aquecimento global.

“Além disso, no primeiro semestre choveu muito. Isso fez com que a vegetação crescesse mais, o que gera maior carga de incêndio”, relaciona o capitão Dutra. Ou seja, o mato está mais alto, o que alimenta mais os incêndios, deixando-os maiores.

Em 2022, o CBMCE apagou 5.214 incêndios em vegetações. O número total de casos no ano passado é menor do que os anos de 2021, 2020 e 2019, quando a corporação atendeu, respectivamente, 6.751, 7.125 e 6.097 casos do tipo.

Fonte: O Povo

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