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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Mais de 452 mil segurados já utilizaram o sistema que dispensa perícia presencial para atestar incapacidade de trabalhar

 



Desde quando o INSS passou a utilizar o sistema Atestmed em larga escala, permitindo que os trabalhadores solicitem o auxílio-doença pela internet, sem a necessidade de perícia médica, 452.028 pessoas fizeram o requerimento pelo site ou pelo aplicativo Meu INSS. Neste novo sistema, o segurado envia laudos e atestados digitalizados, e um médico perito analisa a documentação à distância. Se a documentação for considerada insuficiente ou irregular para a concessão do benefício, o profissional pode requerer o exame presencial. 

Nesta semana, o INSS também começou a permitir a solicitação pelo sistema nas agências da Previdência Social. Os trabalhadores que não têm acesso à internet podem procurar uma unidade e contar com a ajuda de um servidor para fazer o requerimento. Somente no primeiro dia de atendimento, segundo o instituto, 375 pessoas procuraram este serviço em todo o país.

Essa facilidade foi implantada agora porque o governo retirou a exigência de conta nível ouro ou prata no portal Gov.br para fazer a solicitação. Agora, o requerimento podem ser feito com conta nível bronze.

De qualquer forma, o trabalhador continua podendo requerer o auxílio-doença por conta própria, via Atestmed. Segundo o INSS, somando os atendimentos presenciais e os realizados pelo Meu INSS, o número de requerimentos na segunda-feira chegou a 5.767 pedidos.

Aprovação de Lula recua de 60% para 54% com queda do otimismo

A piora no otimismo sobre a economia e as críticas ao excesso de viagens internacionais contribuíram para queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme dados da quinta rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2023, divulgados nesta quarta-feira (25/10).

A avaliação positiva do chefe do Executivo recuou seis pontos percentuais em relação ao levantamento de agosto, passando de 60% para 54%, mais um sinal de que a lua de mel com o novo governo está acabando.  

Na edição anterior da pesquisa, a aprovação de Lula tinha atingido o maior patamar desde o início do levantamento, em fevereiro.  Enquanto isso, a desaprovação ao trabalho do presidente avançou de 35% para 42%, mesmo índice de abril, quando o governo não havia conseguido avançar nas pautas econômicas, de acordo com o CEO da Quaest, Felipe Nunes. 

Vale lembrar que a aprovação de Lula caiu em todas as regiões do país. No Sudeste, recuou de 55% para 49%; no Sul, de 59% para 50%; no Nordeste, de 72% para 68%; e no Centro-Oeste e Norte, oscilou de 52% para 50%.  “A queda na aprovação na pesquisa deste mês não está concentrada em nenhum segmento. Pelo contrário é generalizada, em todas as regiões e em todas as classes sociais”, destacou Nunes, nas redes sociais.

De acordo com os dados da pesquisa da Quaest feita para a Genial Investimentos, o otimismo sobre a economia recuou de 59% para 50%. Para 49% dos entrevistados, o Brasil está na direção errada e 43% acham que o rumo está certo.  Os mais otimistas são os nordestinos, com 57%, enquanto 55% dos moradores do Sul e 54% do Centro-Oeste consideram que o país está na direção errada. 

Conforme os dados da pesquisa, para 57% dos eleitores, os preços das contas subiram, enquanto 42% apontam alta nos alimentos e 43% nos combustíveis. A inflação deve subir, na opinião de 47%, assim como o desemprego, para 40%. Esse desempenho não afetou a avaliação positiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que continua aprovado por 26% dos entrevistados, mesmo percentual dos que o avaliam negativamente. Contudo, em agosto, a avaliação negativa de Haddad era menor, de 23%.

Críticas ao excesso de viagens

O número de viagens de Lula é considerado excessivo para 55% dos entrevistados e 60% afirmam que ele se dedica mais à agenda internacional do que devia e consideram que essas viagens não trazem bons resultados para o país.  

Em relação à guerra no Oriente Médio entre Israel e o Hamas, deflagrada no último dia 7, 57% dos eleitores acham que o Brasil deveria classificar o grupo Hamas como terrorista.

A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 22 de outubro. Foram entrevistados 2.000 brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados de forma presencial. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

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