O presidente do Peru, Pedro Castillo, teve impeachment contra ele aprovado pelo Congresso nesta quarta-feira (7) por “incapacidade moral”, e foi preso logo em seguida à sua destituição, segundo informações do jornal El Comercio. O caso aconteceu logo após o chefe do Executivo peruano anunciar, em mensagem televisionada à nação, que iria dissolver o Congresso e estabelecer um governo de exceção.
A votação no parlamento reuniu 101 votos favoráveis ao afastamento, seis contrários e dez abstenções. Ela já estava prevista para ocorrer na tarde desta quarta, mas foi adiantada após o anúncio de Castillo à nação.
Em postagem no Twitter, o Congresso afirmou que “ninguém deve obediência a um governo usurpador, nem aqueles que assumem funções públicas em violação da constituição e das leis”. Defendeu ainda que “a população tem o direito de insurgência em defesa da ordem constitucional” e que “são nulos os atos daqueles que usurpam funções públicas”.
Quem será a responsável por assumir a Presidência do país será a vice-presidente, Dina Boluarte, que mais cedo descreveu o anúncio de Castillo como golpe de Estado.
– Repudio a decisão de Pedro Castillo de praticar a quebra da ordem constitucional com o fechamento do Congresso. Trata-se de um golpe de Estado, que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar com apego estrito à lei – escreveu no Twitter.
Em seu comunicado à nação, Castillo também havia dito que iria elaborar uma nova Constituição no prazo de nove meses.
– Valerão as seguintes medidas: dissolver temporariamente o Congresso da República e instaurar um governo de emergência excepcional, convocar no prazo mais breve um novo Congresso com faculdades constituintes para elaborar uma nova Constituição em um prazo não maior que nove meses – disse ele, recebendo críticas até mesmo de aliados por “violar a ordem democrática”.
Em apenas 16 meses de governo, Castillo já havia sido alvo de três pedidos de impeachment. Sua imagem estava desgastada diante das acusações de corrupção que envolvem até seus familiares e aliados na política.
(Pleno News)
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