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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Polícia Civil do DF prende suspeito de colocar artefato explosivo no aeroporto de Brasília

 Nas redes sociais, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, se pronunciou comentou a prisão e as investigações

Lucas Schroederda CNN*

em São Paulo

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na noite deste sábado (24), um suspeito de ter colocado um artefato explosivo no Aeroporto Internacional de Brasília. O explosivo estava em um caminhão que transportava querosene, segundo informou a polícia.

O suspeito é um homem de 54 anos, vindo do Pará, e que estava em Brasília para manifestações antidemocráticas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, segundo informações da Polícia Civil. A identidade dele não foi revelada.

Em um apartamento alugado em Brasília, supostamente ligado ao suspeito, foram encontrados mais cinco explosivos, além de munições, disse o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Candido.

Segundo ele, mais pessoas estavam envolvidas na ação, uma delas já foi identificado pela polícia, mas ainda não está presa. O objetivo delas seria chamar atenção para o movimento antidemocrático.

“Iremos prender qualquer um que atente contra o Estado Democrático de Direito, com ameaças e, principalmente agora, com bombas. Isso é uma coisa que nunca existiu em Brasília e não vamos permitir qualquer tipo de manifestação que possa causar mal as pessoas”, disse Candido na noite de sábado a jornalistas.

Nas redes sociais, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, agradeceu a Polícia Civil pela prisão.

“Cumprimento a Polícia Civil do DF pela prisão e apreensões efetuadas nesta noite, com aparente ligação com o artefato explosivo desta manhã”, escreveu Dino.

Ele ainda afirmou que o futuro Diretor-Geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, acompanha as investigações em nome da equipe de transição do governo.


O caso se junta a eventos recentes de violência pós-eleitoral na capital federal. Há cerca de duas semanas, apoiadores do atual presidente tentaram invadir a sede da PF em Brasília, após a prisão pelo órgão de um líder indígena ligado ao grupo.

Houve confronto com as forças de seguranças e parte dos manifestantes, armados com bombas caseiras, ateou fogo a veículos. A medida ocorreu no mesmo dia que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O suspeito detido no sábado será autuado por porte e posse de armas, munições e explosivos, bem como atentado contra o Estado Democrático de Direito, segundo o delegado-geral. Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Ele será levado na segunda-feira (26) para o complexo penitenciário da Papuda.

Parte dos materiais teriam sido trazidos pelo suspeito do Pará, alguns com emulsão de predeiras, afirmou ele. Mineradoras usam explosivos em suas escavações em pedreiras.

*(Com informações da Reuters)

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