Web Radio Cultura Crato

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

MPCE pede multa de R$ 48 milhões contra Enel por má qualidade de serviços


O Ministério Público do Ceará (MPCE) vai entrar com uma ação civil pública contra a Enel Ceará por dano moral coletivo aos consumidores, em razão da “má prestação do serviço” de distribuição de energia elétrica. O valor da multa proposta é de R$ 48 milhões.

Segundo o MPCE, além da “baixa qualidade dos serviços”, o “aumento abusivo” da tarifa este ano, de 24%, é uma “irregularidade no cumprimento das regas do contrato de concessão” da empresa com o Estado do Ceará.

A Secretaria Executiva do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon) também vai instaurar, nesta semana, um procedimento administrativo para apurar possíveis infrações da Enel ao Código de Defesa do Consumidor, sobretudo relacionadas à prestação do serviço. A empresa será notificada e terá prazo de 20 dias para apresentar defesa.

Caso as ponderações da concessionária não sejam acatadas pelo órgão do MPCE, será aplicada multa que varia de 200 a 3 milhões de UFIRCE (de R$ 1 milhão a R$ 15 milhões).

Entre as outras providências colocadas no documento estão:

a investigação do possível descumprimento do dever de transparência da Agência Reguladora do Estado do Ceará (ARCE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em relação à fiscalização da Enel;
o encaminhamento do relatório ao Poder Executivo, Poder Legislativo e ao Ministério Público Federal para que as ponderações da comissão sejam analisadas quando da prorrogação da concessão e seja avaliada a possibilidade da limitação da distribuição de pagamento de dividendos e de juros sobre o capital próprio pela distribuidora por descumprimento dos indicadores de qualidade;
a realização de fiscalizações in loco nas agências de atendimento da Enel Ceará pelo próprio Decon;
o encaminhamento de representação à ARCE para que realize fiscalização em relação à redução do número de consumidores beneficiados com Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), após o início da pandemia da Covid-19, conforme constatado no relatório;
a expedição de ofício ao estado do Ceará para que avalie a conveniência de realizar auditoria no Contrato de Compra e Venda de Ações celebrado entre o estado e a Distriluz Energia Elétrica Ltda, celebrado em 14 de abril de 1998, para verificação de cumprimento de todas as obrigações assumidas pela compradora.
Descumprimento das obrigações da Enel
A comissão especial foi criada no dia 2 de maio deste ano, com objetivo de adotar medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis na apuração do descumprimento das obrigações da Enel, constantes no contrato de concessão, assim como para analisar a qualidade da prestação do serviço da concessionária ao povo cearense.

Além de analisar dados contábeis da empresa que demonstram a situação financeira da companhia em relação às regras de reajuste tarifário previstas no contrato de concessão, o grupo apurou informações em diversas bases de dados sobre reclamações dos serviços, especialmente no Sistema Nacional de Informações e Defesa do Consumidor (Sindec) e na plataforma “consumidor.gov.br”.

Foram analisados, ainda, relatórios e indicadores fornecidos pelas próprias distribuidoras de energia à Aneel. Estes dados consistem em reclamações comerciais feitas diretamente à concessionária de energia, avaliações do tempo médio para solução dos problemas, indicadores de continuidade na prestação de serviço, índices de satisfação do consumidor, entre outros parâmetros.

Segundo o Ministério Público, ficou constatado que a justificativa apresentada pela Enel para o reajuste da tarifa em 2022, que seria por perdas orçamentárias em razão da pandemia, não condiz com a realidade. Pelo contrário, o balanço contábil aponta crescimento do patrimônio líquido, do capital social e das reservas de lucro da empresa, mesmo após os impactos gerados pela pandemia.

Várzea Alegre: homicídio Homem é encontrado morto em uma rede no sítio Poço Cercado

 

        Na manhã desta quarta-feira (14), por volta às 8h, um homem foi encontrado morto dentro de uma rede em uma casa no Sítio Poço Cercado, distrito de Riacho Verde, município de Várzea Alegre. As primeiras informações colhidas junto à polícia dão conta de que ele teria 67 anos. 

       O agricultor Damião Francisco da Silva sofreu perfurações a facas. Ele era natural de Jucás -CE. De acordo com a polícia a vítima não tinha registro de antecedentes criminais. As facadas foram desferidas na altura da região torácica.

       De acordo com a Polícia Militar, ainda não há informações sobre a autoria do crime. O comandante da PM de Várzea Alegre, Capitão Joseliano, informou ao Escotilha que após a chegada da polícia militar no local foi acionado o IML e a Polícia Civil para dar prosseguimento às investigações.

       O corpo da vítima já foi removido para o IML da cidade de Iguatu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário