Vítima ficou internada em São Vicente (SP) aguardando dias por transferência a um hospital especializado - Ela chegou a conseguir a vaga e ser transferida, mas, segundo a família, morreu pouco antes da cirurgia
A jovem de 26 anos que sofreu graves queimaduras causadas por álcool em São Vicente, no litoral de São Paulo, morreu após ser transferida para um hospital de referência na capital paulista. Ela estava cozinhando com álcool combustível e, segundo o relato da mãe dela, a vítima teve 85% do corpo queimado.
A vítima, Angélica Rodrigues, ficou internada no Hospital Municipal l (antigo Crei) de São Vicente, após o acidente doméstico, aguardando uma vaga para ser transferida a um hospital de referência. Segundo a família, após apenas cerca de duas semanas que ela conseguiu a vaga e foi transferida, ela acabou morrendo durante a preparação de uma cirurgia para remover a pele morta.
Segundo a mãe da jovem, a menina sofreu queimaduras enquanto cozinhava com álcool. "Ela sofreu queimaduras cozinhando em álcool. Achou que a chama do potinho tinha acabado, virou o galão de álcool, o fogo veio para cima do galão e pegou no corpo dela. Ela se assustou, sacudiu o galão, e foi para o corpo dela todo".
Após a jovem ser socorrida e conduzida ao hospital, ela recebeu os primeiros socorros, mas, devido à gravidade das queimaduras, precisou ser transferida. Ela ficou duas semanas no Crei antes de conseguir a vaga.
Após conseguir vaga no Hospital Geral Vila Penteado, localizado no Jardim Iracema, em São Paulo, a jovem não resistiu e veio a óbito no último dia 6.
De acordo com a tia, a família, ela não tinha dinheiro para comprar o gás, com o aumento do preço, a única maneira que ela conseguiu foi cozinhar com álcool".
Jovem teve 85% do corpo queimado ao cozinhar com álcool combustível em São Vicente, SP
Homem estrangula esposa e tenta matá-la com golpes de machado - Ela é salva pelos filhos
O acusado fugiu quando a Polícia chegou - A tentativa de assassinato se repetiu dias seguintes e ele foi preso
Mais um caso de tentativa de feminicídio com requintes de crueldade chegou ao Poder Judiciário cearense. Márcio David de Brito Silva foi denunciado por tentar assassinar a esposa, com quem viveu durante 20 anos e teve uma filha. A acusação foi enviada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) no último mês de março e recebida pela 3ª Vara do Júri dias depois.
O crime aconteceu no bairro Prefeito José Walter, em Fortaleza, em janeiro deste ano. O acusado estrangulou a vítima e, de posse de uma machadinha, tentou efetuar golpes fatais. De acordo com a denúncia, o homem foi impedido por terceiros de consumar o homicídio.
A tentativa de assassinato se repetiu dias seguintes. Em um primeiro momento, a vítima, de identidade preservada, disse ao esposo que o relacionamento não estava mais dando certo, indicando a intenção dela em se separar. Foi então que Márcio partiu para cima da mulher, primeiro utilizando as mãos.
A filha do casal e um outro filho da vítima teriam conseguido retirar o homem, enquanto policiais militares foram acionados. Um dos PMs que atendeu a ocorrência avistou o denunciado em posse do objeto que parecia uma foice. Márcio conseguiu fugir e retornou para casa dias depois.
O casal reatou o relacionamento e "assim, foi renovado o ciclo de violência contra a mulher".
Consta em documentos que "a vítima cedeu aos desejos do agressor por medo de ser assassinada, por dependência afetiva e econômica, e por razões morais". A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do acusado, pedido deferido pelo Poder Judiciário.
No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o mandado de prisão foi cumprido. Nessa mesma data, a vítima ainda compareceu à Delegacia de Polícia Civil e prestou um novo depoimento. A ida da mulher foi para alegar "falsamente que havia se enganado e que o acusado não estava de posse de uma machadinha".
Para o Ministério Público, não restam dúvidas que o acusado cometeu o crime por motivo torpe, "eis que não aceitou quando a vítima afirmou que o relacionamento não dava mais certo". O homem segue preso e tem prazo para apresentar defesa.
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