A Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, suspendeu a entrega ao Brasil de 3 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, prevista para chegar ao país na terça-feira (15).
O Ministério da Saúde confirmou a suspensão do envio. A pasta, comandada pelo ministro Marcelo Queiroga, não informou a razão do cancelamento, comunicado pela própria Janssen ao governo federal.
Não há ainda um novo prazo para o envio da remessa. O Ministério da Saúde, no entanto, trabalha para receber as vacinas contra a Covid- 19 já na quarta-feira (16).
"Ainda não sei detalhes. Mas quarta deve chegar", disse Queiroga, depois de uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
Envio das doses da Janssen foi autorizado pelos EUA
A FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, autorizou no sábado (12) o envio das 3 milhões de doses. No mesmo dia, Queiroga concedeu uma coletiva de imprensa na qual afirmou que as doses da vacina da Janssen virão da unidade que produz doses do imunizante em Baltimore, nos EUA.
Na mesma planta, foram registrados problemas de contaminação que levaram a FDA a pedir que a farmacêutica descartasse cerca de 60 milhões de doses da vacina.
A remessa que ainda deve chegar ao Brasil tem prazo de validade até 27 de junho e precisam ser aplicadas até esta data.
As vacinas devem ser distribuídas apenas às capitais -o que já estava sendo feito com a Pfizer, que exigia um esquema especial de manutenção a baixas temperaturas.
O Ministério da Saúde diz também que fará uma ampla campanha de utilidade pública incentivando as pessoas a procurarem os postos de saúde.
Segundo a pasta, o país tem capacidade de aplicar até 2,4 milhões de doses de vacinas por dia.
O contrato, assinado em março deste ano, garante:
38 milhões de doses do imunizante
16,9 milhões de doses entre julho e setembro
21,1 milhões de outubro a dezembro
A vacina fabricada pela Johnson & Johnson tem eficácia global de 72%. Já a proteção contra casos graves da doença é de 85%, segundo estudo realizado em janeiro deste ano.
Jannsen pedirá extensão de validade de vacina para 4 ou 5 meses
A Anvisa informou que avalia um pedido da Janssen para estender o prazo de validade da vacina produzida pela farmacêutica contra Covid-19 de 3 meses para 4 ou 5 meses. O imunizante requer apenas uma dose para ter eficácia.
A proposta ocorre em meio a discussão sobre a distribuição de 3 milhões de doses da vacina que estão previstas para chegar ao país neste mês, com validade até 27 de junho.
A possibilidade de estender a validade foi alvo de reunião entre membros da Anvisa e da empresa na tarde desta sexta. Em nota, a agência diz que planeja finalizar a análise das informações apresentadas "o mais breve possível".
"Por se tratar de uma vacina com autorização para uso emergencial no Brasil, a decisão quanto ao pedido da farmacêutica caberá à diretoria colegiada da Anvisa, que deverá se reunir já na próxima semana", diz o órgão.
Vacina da Janssen protege contra variantes da Covid-19
A vacina da Janssen, adquirida pelo governo federal, gera anticorpos contra algumas das variantes da Covid-19. Os resultados da pesquisa foram publicados na última quarta-feira (9).
De acordo com pesquisadores do Beth Israel Deaconess Medical Center, o imunizante é menos eficaz contra a variante Beta (da África do Sul), mas ainda assim gera anticorpos. Já a variante Alfa (do Reino Unido) consegue ser totalmente controlada pela vacina.
Segundo o estudo, os anticorpos neutralizantes foram um pouco menos eficazes contra as cepas da Covid-19. No entanto, os outros anticorpos parecem não ter sido afetados.
O estudo ainda precisa passar por revisões. Além da Janssen, as vacinas da Moderna e da Pfizer também foram bem-sucedidas nos testes contra as variantes.
Fonte: Yahoo Notícias
Espanha apreende 800 quilos de cocaína em abacaxis do Brasil
A polícia da Espanha apreendeu 800 quilos de cocaína que estavam escondidos em uma remessa de 14.400 quilos de abacaxi congelado do Brasil, em uma operação na qual foram presos dois empresários importadores de frutas e outros produtos da América do Sul.
A droga foi escondida em polpas congeladas de abacaxi após passar por um complexo processo químico que a tornou praticamente indetectável pelos controles alfandegários, segundo informaram nesta segunda-feira (14) a Polícia Nacional Espanhola e a Agência Tributária Espanhola, que realizaram a operação em conjunto.
O destino final da cocaína era um laboratório clandestino localizado em uma vila no município de Robledo de Chavela, na região de Madri, onde os agentes finalmente apreenderam a droga e realizaram as prisões.
As investigações começaram em 2018, quando, por meio de canais internacionais de colaboração policial, as autoridades espanholas tomaram conhecimento de uma operação entre a Polícia Nacional da Colômbia e a Alfândega dos Estados Unidos.
Essa operação terminou com a apreensão, na cidade colombiana de Cartagena, de 216 quilos de cocaína escondidos em sacos de café, os quais seriam transportados para a Espanha em um contêiner.
Durante a investigação, verificou-se que a forma de atuação dos responsáveis pelo embarque da mercadoria consistia em utilizar uma rede empresarial voltada para a importação e comercialização de sucos, bebidas, café e frutas com aparência de legalidade para o transporte das drogas em contêineres marítimos de diferentes países da América do Sul.
Desta forma, os investigadores espanhóis centraram sua atenção em um contêiner chegado ao porto de Valência, no leste do país, e importado por uma das empresas investigadas, no qual um dos 20 paletes continha cocaína misturada com a fruta.
Os agentes realizaram ainda três buscas domiciliares nas quais prenderam os dois empresários, dos quais apreenderam 10.000 euros (cerca de R$ 62.000) em dinheiro e dois veículos que haviam adquirido recentemente.
Nos últimos meses de março e maio, foram apreendidos 1.397 quilos de cocaína em duas operações no porto de Bilbao, no norte da Espanha. As drogas estavam escondidas em contêineres da América do Sul e teriam atingido um valor no mercado ilícito de mais de 86 milhões de euros (quase R$ 535 milhões).
(EFE)


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