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quinta-feira, 1 de abril de 2021

Brasil bate novo recorde de mortes por coronavirus pelo 2º dia seguido e chega a 3.869 óbitos em 24 horas

                   

Pelo segundo dia seguido o Brasil bateu recorde de mortes pela Covid-19 confirmadas em 24 horas. Foram 3.869 novos óbitos contabilizados no balanço desta quarta-feira (31). É o terceiro número mais alto em menos de uma semana.

Com o novo recorde, o País já soma 321.515 vidas perdidas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. O número de casos saltou 90.638 em um dia e chegou a 12.748.747 milhões.

Boletim foi atualizado pelo Ministério da Saúde na noite desta quarta. O recorde anterior havia sido batido na atualização dessa terça-feira (30), quando 3.780 mortes foram contabilizadas em um dia.
Sucessão de recordes

Na última sexta-feira (26), 3.650 óbitos foram registrados em um período de 24 horas. Os recordes trágicos tem sido batidos desde 16 de março, quando o País ultrapassou 2 mil confirmações diárias. Uma semana depois, mais de 3 mil mortes entraram no sistema do Ministério.

Prefeito de cidade em São Paulo chora ao falar da morte por coronavirus de pai e irmão comerciantes: 'Preferia que tivessem quebrado'

O prefeito Márcio Melo Gomes (Republicanos), de Mongaguá, no litoral de São Paulo, se emocionou em uma transmissão ao vivo ao falar da perda do pai e do irmão, na mesma semana, por complicações da Covid-19. A família atuava na área do comércio no município. 

O prefeito disse que preferia que eles tivessem falido por seguir as medidas de restrições do que perdido a vida para a doença.

A declaração foi dada ao final da transmissão, realizada nesta última terça-feira (30), para informar a população sobre o avanço da pandemia na cidade. Márcio chegou a criticar a falta de consciência de parte da população, que não têm respeitado as medidas restritivas neste período de isolamento social e pedido pela reabertura do comércio.

Ele respondeu aos comentários negativos, feitos pelas redes sociais, contra as regras em vigor. "Vi algumas pessoas, ligadas a academia e ao comércio, dizendo que 'o prefeito quer fechar o comércio', que 'o prefeito quer quebrar a cidade'", disse. "Em todo esse um ano, tudo o que eu pude fazer para conciliar as duas coisas, para proteger o cidadão de Mongaguá e o comércio tentar sobreviver, vocês podem dizer que eu fiz o máximo do que eu pude".

O prefeito perdeu o pai e o irmão para a Covid-19. O pai dele, Givaldo Alves Gomes, de 64 anos, estava internado no Hospital Regional Jorge Rossmann, em Itanhaém, com cerca de 80% dos pulmões comprometidos e morreu no dia 22 de abril.

Já o irmão dele, Givaldo Melo Gomes Junior, conhecido como 'Cabecinha Junior', tinha 33 anos e já havia testado positivo enquanto o pai estava internado. Ele apresentou piora, foi internado na Santa Casa de Santos, e morreu na madrugada de domingo (28).

"Quero dizer para cada um de vocês que, como eu queria hoje, com a minha família inteira sendo do comércio [...] sair dessa live e escutar do meu pai e do meu irmão assim: 'Eu quebrei, o meu comércio quebrou'. Sabe por quê? Porque nós já quebramos, e com a vida nós conseguimos dar a volta por cima", desabafou.

Na transmissão ao vivo, ele continuou o desabafo. "Infelizmente, por essa doença, eles perderam a vida. E não há nada mais precioso que a vida de vocês, mas principalmente, a vida de quem vocês amam", disse, emocionado.

Com infornações do G1.

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