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sexta-feira, 22 de março de 2019

Prisão de Temer gera turbulência no mundo político e pode afetar reformas

A prisão do ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), na manhã desta quinta-feira (21), cria um ambiente de tensão no Congresso diante de votações importantes, como a reforma da Previdência, fragiliza ainda mais o MDB, ao mesmo tempo em que garante mais fôlego à Operação Lava Jato, em embate com o Supremo Tribunal Federal (STF). São avaliações de especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste, que temem um aprofundamento na crise exposta na relação entre as instituições.

Por decisão do juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, Temer recebeu voz de prisão por agentes da Polícia Federal logo após sair de sua residência, na zona oeste de São Paulo. Além do ex-presidente, também foram presos o ex-ministro Moreira Franco e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, dentre os 10 mandados de prisão expedidos.

Com base na delação de José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, os dois pediram R$ 1 milhão em propina, com o conhecimento do ex-presidente. Na decisão, Marcelo Bretas diz que "Michel Temer é o líder da organização criminosa a que me referi, e o principal responsável pelos atos de corrupção aqui descritos".

A prisão do último ex-presidente intensifica o processo de esvaziamento de capital político do MDB, após a saída do Palácio do Planalto.

Diário do Nordeste

Preços dos remédios podem subir até 4,3% a partir do dia 31


Os preços dos medicamentos poderão ser reajustados em até4,33% a partir de 31 de março, segundo estimativa do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos). O aumento está acima da inflação oficial de 2018, que fechou o ano em 3,75%, conforme apurado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

O valor antecipado pela indústria é apurado com base em critérios de reajustes divulgados pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). O índice ainda não está confirmado, informou o Ministério da Saúde. Dificilmente, porém, a estimativa da indústria apresentará discordância em relação ao valor oficial.

A diferença entre o aumento geral do custo de vida e o reajuste autorizado está relacionado a questões específicas do mercado de medicamentos, de acordo com o representante da indústria.

O presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, considera que o índice deste ano deverá repor os custos do ano passado, quando a alta do dólar encareceu a atividade do setor farmacêutico. "Em razão da alta concorrência, provavelmente os valores não serão repassados de maneira integral no varejo."

O sindicato ainda argumenta que a inflação dos medicamentos fechou o ano passado em 1,63%, abaixo, portanto, do índice de reajuste autorizado pelo governo para 2018, que foi de 2,43%, na média.

O índice de reajuste de 2019 deverá valer para todos os grupos de medicamentos, prevê o sindicato. Na maioria dos anos anteriores, o governo estabeleceu três diferentes percentuais, sendo o maior aplicado aos produtos mais ofertados no mercado.

A adoção de três faixas para ajustar os preços depende do índice de produtividade do setor, conforme o padrão estabelecido pela Cmed. Como a produtividade apurada foi zero, o índice de reajuste deve ser linear. O Ministério da Saúde não confirma a adoção do índice único.

O aumento de 4,33% foi calculado com base na inflação, da qual foi descontada a produtividade da indústria farmacêutica e à qual foram somados os custos de produção não captados pelo IPCA, como a variação cambial e os insumos. Com informações da Folhapress.

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