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sábado, 18 de fevereiro de 2023

Tratorista que matou esposa em Juazeiro na frente de crianças sentou no banco dos réus

 

                                           (Foto: Reprodução) Demontier Tenório 

Em nova sessão do Tribunal do Júri em Juazeiro do Norte esteve em pauta o julgamento de mais um crime de feminicídio

Cícero Fernandes matou sua esposa Deisidéria Nascimento em Juazeiro 

Em nova sessão do Tribunal do Júri em Juazeiro do Norte esteve em pauta o julgamento de mais um crime de feminicídio. Ao final, o tratorista Cícero Fernandes Januário, de 26 anos, foi condenado a 28 anos e cinco meses de prisão por feminicídio quadruplamente qualificado. Na manhã do dia 26 de fevereiro de 2020 ele matou a golpes de faca a sua companheira Deisidéria Nascimento Gomes, de 21 anos, no quintal de casa na Rua Vicência Maria Feitosa no bairro Novo Juazeiro.

O crime aconteceu na frente de um filho de 1 ano e 8 meses do casal e a irmã dela na época com oito anos. O relacionamento do casal era conflituoso por conta de ciúmes e Cícero foi preso pouco tempo após o crime pelo tenente-coronel Santana, então Comandante do RAIO no Cariri. Na sessão do júri, a defesa dele argumentou ter sido praticado sob “violenta emoção logo após injusta provocação da vítima”. O Conselho de Sentença refutou a tese e o condenou, sendo que o juiz Djalma Sobreira Dantas Junior ainda negou o direito do réu recorrer em liberdade.

O casal morava na residência da mãe dela, onde tudo aconteceu e, de acordo com os autos, Deisidéria já vinha sendo ameaçada em virtude do desejo de separação que ele não aceitava. Por isso, as discussões se tornaram uma constante na vida do casal a exemplo do que ocorreu na noite anterior ao crime quando a vítima foi dormir com o filho no quarto da mãe.

Na manhã do delito, Deisidéria e Cícero tornaram a discutir quando ele encostou a vítima num portão e passou a golpeá-la com uma faca de mesa. Depois, fugiu se escondendo num depósito de material de construção e ali foi preso em flagrante. Perante o delegado, confessou o crime e até acrescentou ter utilizado duas facas, pois a primeira havia “entortado”. Ainda de acordo com os autos, falou que a vítima implorava para não ser morta no momento dos golpes, mas ele não deu ouvidos.

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