Mais duas mortes em decorrência de acidentes de trânsito foram registradas nesta segunda-feira em Lavras da Mangabeira e Jati na região do Cariri. Por volta das 14h30min morreu no Hospital São Vicente Férrer de Lavras da Mangabeira o gari Damião Amâncio Martins, de 43 anos, que residia na Rua Lourival Eduardo da Silva (Bairro Caixa D’água) naquele município.
Momentos antes, ele pulou de um caminhão da coleta de lixo quando perdeu o equilíbrio na via pública e caiu em cima de um ferro perfurando a perna esquerda. O acidente aconteceu perto da antiga estação da Reffsa em Lavras e o gari foi socorrido, mas não resistiu. Após a confirmação do óbito, o prefeito Ronaldo da Madeireira emitiu nota oficial de pesar e cancelou o FestLavras Folia, evento de carnaval promovido pelo município.
Já às 22h30min o cadáver de um homem foi encontrado na CE-153 perto da entrada para o Sítio Baião na zona rural de Jati. Era de Francisco de Assis Ferreira, de 32 anos, natural de São José do Belmonte (PE). O mesmo apresentava uma lesão na cabeça e, no local, vestígios de que tivesse sido atropelado por algum veículo, cujo condutor seguiu adiante na sua viagem. Uma ambulância do SAMU ainda esteve no local, mas os profissionais de saúde apenas constataram o óbito.
Site: Miséria
Consumo de álcool em excesso pode prejudicar os rins
Se por um lado o Carnaval deste ano traz novidades do mercado de bebidas, por outro lado a medicina apresenta novos argumentos para desincentivar a ingestão de álcool em excesso.
Pesquisa publicada em novembro revelou que, entre 2015 e 2019, o consumo abusivo de bebidas alcoólicas resultou em cerca de 140 mil mortes por ano nos Estados Unidos.
Outro estudo afirma que beber qualquer quantidade de álcool põe o coração em risco, e um artigo publicado na Nature Communications aponta que o consumo desse tipo de bebida pode estar ligado à diminuição do volume do cérebro.
Além das consequências para o fígado, o coração e o cérebro, o álcool pode causar prejuízos aos rins, principalmente no consumo de longo prazo.
O álcool inibe o ADH, hormônio antidiurético que auxilia o organismo a evitar a perda de líquido. Sem essa ajuda, o indivíduo que ingere muito álcool produz mais urina –por isso aquela vontade de ir ao banheiro– e corre maior risco de desidratação.
O ADH age de acordo com o que ingerimos. Quando tomamos muita água ou consumimos muito sal, por exemplo, sua regulação também muda. A questão é se lembrar disso ao consumir bebida alcoólica.
“O hormônio existe para não deixar a gente desidratar. Se você toma muito álcool, você tende a desidratar porque vai fazer xixi mesmo que não precise eliminar mais água”, afirma Osvaldo Merege Vieira Neto, ex-presidente da SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia).
Entre os sinais de desidratação estão sensação de boca seca, fraqueza, cansaço e dor de cabeça. Passar seis horas ou mais sem urinar também é sintoma de desidratação. Outros aspectos, esses mais críticos, são olhos fundos e diminuição da elasticidade da pele.
“O rim é o órgão mais empático do organismo. Ele vê outro órgão sofrendo e sofre junto. Quando o fígado fica doente, o rim acaba sofrendo por consequência”, afirma Bruno Abdalla, nefrologista da BP (Beneficência Portuguesa).
Abdalla explica que, dependendo da fragilidade do rim e da quantidade de álcool ingerida, há possibilidade de lesões.
“Evitar o excesso é a melhor forma de prevenção, porque não sabemos a vulnerabilidade de cada organismo. A mesma dose pode ter consequências diferentes”, diz.
Quando o consumo é prolongado e há um quadro de alcoolismo, o maior risco para os rins é o aumento da pressão arterial. “No longo prazo, o álcool provoca hipertensão, principal causa de insuficiência renal”, alerta Vieira Neto.
Isso ocorre porque a maior pressão sanguínea provoca lesões nas arteríolas dos rins, reduzindo a capacidade desses órgãos de filtrar o sangue. “A hipertensão é a principal causa no mundo para hemodiálise.”
Para aqueles que, buscando estar em forma para curtir a folia, apostaram em dietas hiperproteicas e recorreram a suplementação de vitaminas sem orientação, Abdalla afirma que é preciso estar atento aos riscos para os rins.
“É necessário haver proteína na dieta, mas é preciso tomar cuidado com o excesso. Há doenças renais que são desencadeadas justamente por sobrecarga funcional”, diz.
Em relação às vitaminas, o nefrologista da BP explica que o aumento descuidado de vitamina D no organismo pode elevar a absorção de cálcio e fósforo, gerando lesões que às vezes não podem ser revertidas. A ingestão desmedida de vitamina C, por sua vez, pode predispor a formação de cálculos renais.
“Precisamos começar a derrubar a ideia de que existem fórmulas milagrosas. Não há dieta milagrosa.”
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