Uma mulher foi presa sob a Lei de Saúde Mental do País de Gales após admitir ter matado o próprio filho afogado no banheiro de sua casa, na cidade de Bridgend. Natalie Steele, de 31 anos, disse acreditar que sua família estava possuída por demônios e que ela estava fazendo um bem ao pequeno Reid, de 2 anos, ao “mandá-lo para o céu”.
De acordo com informações do jornal britânico The Mirror, Natalie havia acabado de retornar de um acampamento de sua igreja na noite da tragédia. Ela havia se tornado cristã meses antes da morte de Reid e ia à congregação com frequência.
No acampamento, Steele demonstrou comportamento diferente e se irritou após não permitirem que ela se batizasse. Preocupados com o modo de agir da colega, os demais campistas acharam melhor contatar um amigo a fim de levá-la para casa. À época, Natalie morava com seu filho, sua mãe, padrasto e irmão, em Parkwood Heights.
Horas após retornar para casa, Steele decidiu dar um banho no filho. Ela conta que, enquanto os dois brincavam na água, ela foi “tocada por espíritos” e afogou a criança na banheira, na noite de 11 de agosto de 2021.
Segundo o promotor Michael Jones, logo após o ocorrido, Steele deixou o banheiro e pediu a mãe que fosse até o cômodo.
– É melhor você subir as escadas, eu acho, eu acho, eu fiz – declarou ela, sem especificar, entretanto, o que havia feito.
Ao chegar ao toalete, a avó de Reid, Amanda Prescott, encontrou o neto “deitado no chão do banheiro nu com os pés na porta”. Ela relata que a filha falava frases desconexas, tinha o olhar vago e estava tremendo quando os policiais chegaram.
Reid foi levado às pressas para um hospital na região por meio de um helicóptero, mas não resistiu, morrendo no dia seguinte.
Em julgamento no Tribunal da Coroa de Cardiff nesta terça-feira (3), Natalie admitiu ter cometido homicídio culposo. O psiquiatra Tom Wynne disse à Corte que Steele estava em um quadro de depressão psicótica ou esquizofrenia paranoica com uma doença depressiva quando tirou a vida do filho.
O juiz responsável pelo caso, Michael Fitton QC, descreveu a situação como uma “profunda tragédia humana”.
(Pleno News)
Uso de maconha aumenta risco de doença cardiovascular, aponta estudo
De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, pessoas que fumam maconha mais de uma vez por mês têm um risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas e ter infartos. Foram analisados dados de meio milhão de indivíduos para chegar aos resultados. O estudo foi publicado na revista científica Cell.
Segundo os cientistas, testes em roedores mostram que o tetra-hidrocannabinol (THC, substância psicoativa presente na maconha) leva à inflamação das células endoteliais que cobrem a parte interna das artérias — o processo também pode causar aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos.
“A maconha tem efeitos adversos significantes no sistema cardiovascular. Nossos estudos em células de humanos e ratos mostra claramente como a exposição ao TCH inicia uma cascata de dano molecular nos vasos sanguíneos”, explica o biólogo Mark Chandy, um dos autores da pesquisa.
Entre os 500 mil participantes, 11 mil disseram fumar maconha mais de uma vez por mês. Essas pessoas eram muito mais propensas a sofrer de ataque cardíaco — elas também são mais pré-dispostas a ter o primeiro ataque cardíaco antes dos 50 anos.
Os pesquisadores levaram em consideração idade, sexo e índice de massa corporal (IMC) para analisar os dados dos voluntários, uma vez que esses são outros fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Os dados não são suficientes para provar causa e consequência, mas os cientistas os consideram satisfatórios para apontar a maconha como um fator de risco para problemas cardíacos.
Contra-ataque
Os cientistas também usaram um equipamento que faz modelo de proteínas para procurar substâncias que evitem o encontro entre o THC e o receptor CB1 no cérebro — como acontece com a proteína spike do coronavírus e a ACE2.
A pesquisa encontrou uma molécula que existe naturalmente nos grãos de soja, a genisteína. A isoflavona parece bloquear os efeitos inflamatórios do THC, enquanto mantém os que são utilizados em medicamentos, como controle da dor e estímulo do apetite.
“A genisteína é, potencialmente, uma droga mais segura do que outros antagonistas de CB1. Ela já é usada como suplemento nutricional, e 99% dela fica fora do cérebro, ou seja, não deve causar efeitos colaterais como ansiedade ou problemas com o humor”, explica Chandy.
Os próximos passos do estudo são testar a genisteína em pessoas que fumam maconha regularmente para verificar se o risco de doença cardíaca é diminuído.
O radiologista Joseph Wu, também da Universidade de Stanford, disse, ao site da instituição, que, se a genisteína funcionar bem para diminuir os danos da maconha nos vasos sanguíneos sem bloquear os efeitos no sistema nervoso, pode ser uma boa maneira de manter o uso medicinal evitando os riscos cardiovasculares.
(Via Terra Brasil Notícias)
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