Em um eventual segundo turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 52% das intenções de voto contra 34% de Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2022.
Pesquisa realizada pelo PoderData mostra que o atual presidente teria dificuldades em um segundo turno. Além de perder para Lula, Bolsonaro perderia para o apresentador Luciano Huck.
Com outros três possíveis candidatos, Bolsonaro fica em empate técnico, dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos, com o governador João Doria (PSDB), o ex-juiz Sérgio Moro e Ciro Gomes (PDT).
Possível segundo turno em 2022
Bolsonaro 34% x Lula 52%
Bolsonaro 35% x Huck 48%
Bolsonaro 38% x Ciro 38%
Bolsonaro 38% x Doria 37%
Bolsonaro 38% x Moro 37%
O levantamento foi realizado de 12 a 14 de abril e entrevistou 3.500 pessoas em todo o Brasil.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) teve uma melhora, passou de 31% na preferência dos eleitores, na última sondagem há duas semanas, para 37% na simulação de segundo turno contra Bolsonaro. Nesse período, o tucano reduziu os atritos públicos com seu partido. Além disso, o Instituto Butantan conseguiu acelerar a vacinação contra a covid-19.
Segundo o PoderData, ainda foi registrada uma melhora do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro (de 31% para 37%) na simulação. Luciano Huck também teve um expressivo aumento da pontuação, em duas semanas, saiu de 40% para 48%.
Doria, Huck e Moro são citados como possíveis nomes de uma aliança de centro. Outra aposta dos partidos é o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), que se manteve estável nas últimas duas semanas,
Além de Bolsonaro, quem encolheu nesse levantamento foi Ciro Gomes. Há duas semanas, ele variou de 39% para 38%, mas viu Bolsonaro encostar, saindo de 34% para 38%, nesse cenário. Na última pesquisa, Ciro vencia o atual presidente no segundo turno.
Cenário para primeiro turno
Bolsonaro se manteve estável no cenário de primeiro turno: tinha 30% e agora está com 31%. Assim como Lula, que tinha 34% e continuou com o mesmo percentual.
As variações ocorreram na parte de baixo da tabela.
Ciro - de 5% passou para 6%
Huck - de 4% para 6%
Amôedo - de 3% para 5%
Doria - de 3% para 4%
Moro - de 6% para 3%
Mandetta - se manteve em 2%
Crise
A pesquisa foi realizada em um momento em que o país enfrenta o pior impacto da pandemia do coronavírus. Nesta semana, o Senado instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia.
Dessa forma, a CPI da Covid amplia a pressão sobre o governo Bolsonaro.
Com 350 mil brasileiros mortos pela Covid-19, a última pesquisa Datafolha mostra que 54% da população avaliam como ruim ou péssima a atuação presidencial na crise sanitária. A avaliação negativa sobre a postura do governo no enfrentamento à Covid-19 deu um salto de seis pontos percentuais em dois meses – o índice era de 48% em janeiro.
Dependendo do resultado da investigação no Senado, as conclusões podem ser encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal do presidente Jair Bolsonaro e/ou de outros agentes públicos, como o ministro da Saúde.
Mesmo assim, Bolsonaro segue com o apoio fiel de 1/3 do eleitorado.
Por outro lado, neste mês, o governo federal volta a pagar o auxílio emergencial, o que também pode influenciar as próximas pesquisas.
Fonte: Yahoo Notícias
STF mantém anulação das condenações de Lula na Lava Jato
Nesta quinta-feira (15), o STF retomou o julgamento da anulação das condenações de Lula. O ministro e relator Edson Fachin foi o primeiro a falar e votou para rejeitar recurso e manter anuladas as condenações de Lula.
O ministro Nunes Marques votou contra a anulação. Alexandre de Moraes acompanhou Fachin, mas em seu voto defende que processos envolvendo o ex-presidente Lula passem para a Justiça de SP, onde os casos teriam acontecido.
Em seguida, Rosa Weber e Dias Toffoli deram seus votos em favor das anulações. O ministro Gilmar Mendes antecipou seu voto e também decidiu pela anulação das ações contra Lula.
Com votos de Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, o STF formou maioria para declarar que a 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná não era competente para julgar processos de Lula.
O ministro Luís Roberto Barroso, que estava ausente na sessão, foi o oitavo voto favorável às anulações.
Marco Aurélio e Luiz Fux acompanharam o colega Nunes Marques e anunciaram voto contra. Por 8 a 3, as anulações foram mantidas e o ex-presidente Lula permanece elegível para as eleições de 2022.
Fonte: Notícias ao Minuto
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