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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Consumo de álcool causa 12 mortes por hora no Brasil

 


Foto Agência Brasil 
Um estudo divulgado nesta terça-feira (5), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que o consumo de álcool causa, em média, 12 mortes por hora no país. O levantamento, chamado de Estimação dos custos diretos e indiretos atribuíveis ao consumo do álcool no Brasil, foi feito pelo pesquisador Eduardo Nilson, do Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da instituição, a pedido das empresas Vital Strategies e ACT Promoção da Saúde. 

São levadas em conta as estimativas de mortes atribuídas ao álcool da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números totais são de 104,8 mil mortes em 2019 no Brasil. Homens representaram 86% das mortes: quase a metade relacionam o consumo de álcool com doenças cardiovasculares, acidentes e violência. Mulheres são 14% das mortes: em mais de 60% dos casos, o álcool provocou doenças cardiovasculares e diferentes tipos de câncer.

O estudo calcula também o custo do consumo de bebidas alcoólicas para o Brasil em R$ 18,8 bilhões em 2019: 78% (R$ 37 milhões) foram gastos com os homens, 22% com as mulheres (R$ 10,2 milhões). Do total, R$ 1,1 bilhão são atribuídos a custos federais diretos com hospitalizações e procedimentos ambulatoriais no Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais R$ 17,7 bilhões são referentes aos custos indiretos como perda de produtividade pela mortalidade prematura, licenças e aposentadorias precoces decorrentes de doenças associadas ao consumo de álcool, perda de dias de trabalho por internação hospitalar e licença médica previdenciárias.


“Importante destacar que o estudo adotou uma abordagem conservadora, já que é baseado exclusivamente em dados oficiais de fontes públicas, como os dados relativos ao SUS e pesquisas populacionais do IBGE, e em nível federal, considerando os gastos da União e não incluindo complementos de custeios por estados e municípios. O levantamento também não considera os custos da rede privada de saúde, nem o total de perdas econômicas à sociedade. Portanto, embora quase 19 bilhões de reais por ano já seja uma cifra extremamente significativa, o custo real do consumo de álcool para a sociedade brasileira é provavelmente ainda muito maior”, diz Eduardo Nilson, pesquisador responsável pelo estudo.

Na divisão por gênero, o custo do SUS com a hospitalização de mulheres por problemas ligados ao álcool é 20% do total. Um dos motivos é que o consumo de álcool pelas mulheres é menor. Na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019), 31% das mulheres relataram ter consumido álcool nos 30 dias anteriores à pesquisa, enquanto o percentual masculino foi 63%. Outro motivo é que as mulheres procuram mais os serviços de saúde e fazem exames de rotina. Desse jeito, são tratadas antes que tenham complicações mais graves.

Com informações da Agência Brasil.

Ceará tem queda de 8,5% nos registros de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte

O índice de mortes violentas no Ceará está em queda. Na tarde desta terça-feira (5), o governador do Estado, Elmano de Freitas, anunciou que no último mês de outubro houve redução em Fortaleza, Região Metropolitana e no Estado todo dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs), que incluem homicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios.

Conforme dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), a RMF é a região com maior queda, com quase 40% de diminuição comparados os meses de outubro de 2023 e outubro de 2024.

Analisados estes mesmos períodos, em Fortaleza, a queda foi de 14,6% (70 mortes violentas em 2023 e 82 ocorrências em outubro deste ano). No Ceará, ao todo foram contabilizadas 268 mortes violentas no último mês, número 8,5% menor do que em 2023.

O governador destaca que "os números ainda são elevados, mas acredita que "estamos no caminho correto na Segurança Pública do Estado".

"Temos efetivamente sinais de que a ação mais ostensiva da Polícia começa a ter um resultado, que ainda é pequeno na minha opinião".

Outro dado positivo é a queda de 20,5% no quantitativo de feminicídios. Conforme o governador, a "maior presença das forças policiais atuando nas ruas" atrelada à ação integrada dos poderes interfere positivamente para a redução dos CVLIs.

Em outubro do ano passado foram registrados 293 CVLIs no Estado, permanecendo este o maior número desde 2021.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) destaca que o resultado absoluto da RMF neste ano é o melhor desde 2010.

Com informações do Diário do Nordeste

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