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O Ceará ganhou destaque no 3º Fórum Internacional do Sistema Nacional de Transplantes com o sucesso do programa ‘fila zero’. O evento, realizado entre os dias 20 e 23 de novembro, em Florianópolis, reuniu mais de 630 profissionais do Brasil e de vários países que apresentaram experiências e avanço na saúde ocular.
A orientadora da Célula do Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado, Eliana Régia Barbosa, fez uma palestra no painel “Qualidade em coordenação de transplantes”, com o tema “A fila zero de córnea no Ceará’’ e ressaltou as diferentes ações desenvolvidas pelo poder público para o êxito do programa de captação e transplante de córneas.
“Apresentamos o nosso caso e ouvimos também os de outros estados, conhecendo boas práticas no processo de doação e transplantes. A ideia é ter inspirações que possam se adaptar ao nosso Estado também”, expôs Eliana Régia, ao destacar a criação do Banco de Olhos do Hospital Geral de Fortaleza – HGF- em 2006 como uma das mais importantes iniciativas nessa área.
Segundo Eliana Régia, a realização de mutirões e o aumento dos números de centros transplantadores no estado são apontadas como algumas das causas dos bons índices. Outro diferencial, de acordo com Eliana, é a atuação de uma equipe especializada na Perícia Forense do Estado do Ceará, possibilitando a doação de córneas em óbitos que ocorrem fora dos hospitais.
“Tecnicamente, para o Ministério da Saúde, a nossa fila de espera para transplantes de córnea é zerada. Hoje, quem solicita um transplante de córnea pode realizar o procedimento em um mês, 15 dias ou até em menos tempo”, explica Eliana, ressaltando que, além dessas ações, o Serviço de Verificação de Óbito – conhecido como SVO- tornou-se parceiro nas doações e captações de córneas no ano de 2024.
O Relatório ‘Registro Brasileiro de Transplantes, veículo oficial da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, aponta que o Ceará é o primeiro Estado do País em transplantes de córnea na comparação por milhão de habitantes.
Simultâneo ao 3º Fórum Internacional do Sistema Nacional de Transplantes, Florianópolis sediou, também, a Oficina de Gestão das Centrais Estaduais de Transplantes e com o 30º Curso Estadual de Formação de Coordenadores Hospitalares de Transplantes de Santa Catarina.
Com informações da Assessoria de Imprensa do Governo do Estado.
Universalização do saneamento básico no Ceará pode gerar economia significativa na saúde
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A universalização do saneamento básico no Ceará está promovendo uma transformação significativa na qualidade de vida da população. Com projetos em andamento que visam fornecer água tratada, além de coleta e tratamento de esgoto, milhões de pessoas estão sendo beneficiadas.
Essa iniciativa não só melhora as condições de saúde, mas também contribui para a redução de custos com tratamentos médicos.Foto: Arquivo Agencia Brasil
Em 2023, o Ceará registrou mais de 236 mil casos de diarreia aguda, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado (SESA), evidenciando o impacto da falta de saneamento. “As crianças e os idosos são os mais afetados por doenças como gastrointestinais, respiratórias e arboviroses. Muitas vezes, isso está relacionado ao contato com esgoto a céu aberto ou água contaminada”, afirma Ramiro Tavares, infectologista.
Quadros mais graves dessas doenças podem resultar em internações prolongadas. “Pacientes imunossuprimidos, como oncológicos ou transplantados, têm uma média de 10 a 20 dias de internação, o que impacta a ocupação de leitos”, explica Vírginia Fernandes, endocrinologista.
O Instituto Trata Brasil estima que o Ceará poderá economizar mais de R$ 1 bilhão em custos com saúde até 2040 com a expansão do saneamento. Já os projetos realizados pela Ambiental Ceará, em parceria com a Cagece, beneficiaram mais de 90 mil famílias. “São 90 mil famílias que hoje têm uma qualidade de vida diferenciada, vivendo em ruas limpas e sem necessidade de desviar de dejetos”, afirma André Facó, diretor-presidente da Ambiental Ceará.
Ele destaca ainda que os benefícios vão além da saúde, impactando áreas como economia, valorização imobiliária e turismo. “A falta de contato com esgoto reduz doenças de veiculação hídrica e respiratória, além de valorizar o imóvel e atrair mais turistas”, explica.
Moradores já percebem as mudanças. Francisco Monte, morador do bairro Parangaba, relatou a melhoria após a instalação da rede de esgoto em sua rua. “Antes, era água suja constante na rua. As crianças brincavam na lama, o que afetava a saúde de todos. Agora, a rua está limpa e seca, o que fez uma enorme diferença”, celebra.
Com informações do Porral GC Mais.
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