A cantora baiana Gal Costa morreu, aos 77 anos, na manhã desta quarta-feira, 9. Em setembro, a artista passou por cirurgia de retirada de um nódulo na fossa nasal e, no último fim de semana, cancelou show em São Paulo por problemas de saúde. A informação da morte foi confirmada pela assessoria de imprensa da intérprete, que afirmou que a artista teve infarto fulminante em casa.
Uma das maiores vozes da história do País, a cantora marcou a história da cultura nacional ao lado de nomes como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil. Ainda na sua carreira, juntou-se com os músicos para formar o grupo "Doces Bárbaros". Em 1964, realizou show de inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador, ao lado de Veloso, Gil, Tom Zé e Bethânia.
Foi também na juventude que foi apresentada à bossa nova de João Gilberto, e no inicio de sua carreira mostrou que sua voz poderia transitar por diferentes gêneros musicais. Um ano depois de gravar "Domingo" (1967), produz dos músicas do disco colaborativo "Tropicália ou Panis et Circensis", sendo grande nome para o movimento tropicalista.
Em meio ao período da ditadura militar brasileira, Gal lançou o disco "Índia" (1973). A capa traz uma foto aproximada da virilha da cantora, vestida com um bíquini e, na contracapa, aparece com os seios nus. Na época, a obra chegou a ser censurada e a ser vendida nas lojas dentro de um plástico escuro.
Gal Costa estava rodando pelo Brasil com sua turnê "As Várias Pontas de Uma Estrela", com datas marcadas tanto para este mês quanto para dezembro e janeiro. Entretanto, após uma cirurgia de retirada de um nódulo na fossa nasal direita em setembro, precisou se ausentar dos palcos até o fim de novembro, o que fez a cantora cancelar sua participação no festival Primavera Sound. Ela seria uma das atrações do evento, realizado em São Paulo no último fim de semana.
A cantora deixou sua marca também através de sucessos como as músicas "Divino Maravilhoso", "Baby", "Vaca Profana", "Um Dia de Domingo" e "Vapor Barato".
Fonte: O Povo
PRF aplicou só 55 multas de valor máximo contra bolsonaristas em bloqueios
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) aplicou apenas 55 multas com o maior valor previsto entre as infrações do Código de Trânsito durante a atuação para acabar com os bloqueios antidemocráticos realizados por bolsonaristas contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas rodovias do país.
De acordo com os dados enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal), a punição por organizar ação para interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito representa apenas 0,8% das 6.200 multas aplicadas entre os dias 1º e 6 de novembro.
Considerada gravíssima, a multa para esse tipo de infração pode chegar a R$ 17 mil, uma vez que o Código de Trânsito prevê que a multa base de R$ 293,47 seja multiplicada por 60 quando o alvo for um organizador da ação.
As 55 multas com valor mais alto previsto pelo Código de Trânsito estão dentro das 3.192 penalizações gravíssimas aplicadas no período -número que representa 51% do total de multas aplicadas no período.
A PRF ainda multou 2.423 veículos que interromperam, restringiram ou perturbaram a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito, infração também considerada gravíssima e cuja multa é de R$ 5.800.
Também foram aplicadas outras 1.643 multas graves, 11 médias e 1.385 classificadas como leve.
Entre as punições classificadas como graves, estão as condutas de estacionar ao lado ou sobre o canteiro central da rodovia, estacionar ao lado ou sobre marcas de canalização ou em cima de pontes.
Nesses casos, o proprietário do veículo foi multado em R$ 195,23.
As informações foram enviadas pela própria PRF ao gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes. Estão no âmbito da ação em que a Corte determinou a adoção de medidas para liberar as estradas.
O pedido ao Supremo foi feito pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes). A confederação solicitou que o STF autorizasse o governo a adotar as mesmas medidas tomadas contra a greve dos caminhoneiros de 2018.
A PRF entrou na mira de Moraes após descumprir decisão, ainda no domingo (30) da eleição, e realizar blitze contra veículos de transporte de passageiros. Após o fim da apuração, o órgão novamente entrou em atrito com o ministro por não encerrar as manifestações de bloqueios nas rodovias.
Na segunda (31), Moraes determinou que o governo adotasse imediatamente "todas as medidas necessárias e suficientes" para desobstruir as rodovias ocupadas por bolsonaristas e registrou a possibilidade de prisão em flagrante do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, em caso de novo descumprimento.
Segundo o ministro, naquele momento, havia "omissão e inércia" da PRF na desobstrução das vias.
Vídeos que circularam nas redes mostraram que a PRF não estava atuando para encerrar as manifestações.
Em um deles, agentes dizem que a ordem é só permanecer no local. "A única coisa que eu tenho a dizer nesse momento é que a única ordem que nós temos é estar aqui com vocês, só isso", disse um policial que acompanhava um bloqueio em Palhoça (SC).
Em um outro vídeo, um policial em Rio do Sul (SC) disse que estaria ali para monitorar a manifestação, mas não emitiria nenhuma multa.
"Outro compromisso que eu faço com vocês aqui, nenhum veículo que está aqui na manifestação será alvo de qualquer notificação. Eu não vou fazer multa nenhuma", disse o policial, sendo aplaudido em seguida.
Fonte: Folhapress


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