Um padre foi encontrado morto com sinais de asfixia dentro de casa, em Aracaju (SE), na tarde de segunda-feira (28). Uilson de Sá da Silva, de 47 anos, era conhecido na cidade por defender a manutenção da reserva de mangabeiras no bairro Santa Maria, onde vivia. Segundo ambientalistas que trabalhavam com o religioso, a árvore frutífera é a principal fonte de renda de centenas de moradores da região.
Com seu envolvimento com a causa, Uilson acabou se tornando presidente da Associação de Catadores e Catadoras de Mangaba. Nas redes sociais, colegas do padre afirmam que seu corpo apresentava sinais de violência e estava com as mãos amarradas. A informação não foi confirmada em nota da Polícia Civil, que afirma apenas que exames foram solicitados para determinar a causa da morte.
“Foram coletados elementos no local, e o corpo foi encaminhado ao IML, onde foi necropsiado. O inquérito foi instaurado e iremos dar continuidade às oitivas de testemunhas, familiares e (outras) pessoas que possam contribuir para elucidação dos fatos, e há diligências sendo realizadas ao longo do dia”, detalhou o delegado Tarcísio Tenório, responsável pela investigação, em nota divulgada no site da Polícia Civil.
Até o momento, nenhuma linha de investigação foi descartada, apesar de o corpo da vítima apresentar “elementos um tanto incomuns”, segundo o perito George Queiroz, que emitiu o primeiro laudo sobre o caso.
“Mas são elementos que não suficientes para afirmar suicídio ou homicídio. Então tivemos que lançar mãos de exames complementares, que foram solicitados para posterior divulgação dos resultados”, concluiu o profissional.
O corpo de Uilson ainda deve passar por exame toxicológico. Segundo o IML (Instituto Médico Legal), não foram encontradas fraturas nos ossos do líder comunitário.
98FM Natal
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