Investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) apontou que Lindomar Gregorio de Lucena, o Babuíno, seria o 'dono' de várias favelas na Baixada Fluminense
Tido como um "filho de consideração" do traficante Fernandinho Beira-Mar (que está preso), Lindomar Gregório de Lucena, o "Babuíno", de 37 anos, foi um dos três mortos na operação da Polícia Civil na favela Parque das Missões, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Na ficha dele constam 48 anotações criminais, e a acusação de ser um dos assassinos de um policial rodoviário federal.
A operação, deflagrada nesta quinta-feira (13), conseguiu "estourar" o que as investigações apontaram como sendo uma das bases da facção criminosa Comando Vermelho – de onde bandidos distribuíam armas e drogas pelo Rio de Janeiro. De lá, a polícia também descobriu que traficantes da facção organizavam um ataque a grupos criminosos rivais, principalmente na Zona Norte.
Como homem de confiança de Fernandinho Beira-Mar, Lindomar, de acordo com a polícia, era o "dono" de várias favelas na Baixada Fluminense. Um relatório da polícia indica, também, que os domínios do criminoso iam mais longe, chegando a Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. Consta no documento que ele seria um dos chefes do tráfico naquele município.
A polícia tem registros que demonstram a proximidade de Lindomar com Beira-Mar desde 2004. Ainda segundo o relatório, irmãos dele também teriam envolvimento com o crime. Um deles, Cristiano Gregório de Lucena, o "Zé Galinha", foi preso na operação no Parque das Missões.
O documento também aponta que uma irmã de Lindomar, Lucimar Gregório Lucena, também em 2004, foi presa por policiais federais na rodovia Presidente Dutra, na altura de Volta Redonda, com quase meio milhão de dólares. Para a polícia, o dinheiro seria usado na compra de cocaína na Bolívia.
Agente da PRF assassinado - No Portal dos Procurados, onde havia um cartaz oferecendo R$ 1 mil por informações sobre Lindomar, consta o histórico do criminoso, identificado como um dos bandidos que matou o policial rodoviário federal Márzio Deon Resende, de 56 anos, em 2016. Na época, Márzio reforçava o policiamento em estradas do Rio, durante os Jogos Olímpicos. O agente federal chegou a ficar internado, mas não resistiu aos tiros dos quais foi alvo e morreu em janeiro de 2017.
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