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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Familiares de jovem desaparecida são aguardados no IML para reconhecer corpo encontrado no Fundão

 

               


A polícia espera que a família da jovem Bianca Lourenço, de 24 anos, desaparecida há dez dias, reconheça um corpo que foi encontrado por policiais militares dentro de um tonel à beira da Praia do Fundão, em um ponto atrás do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Fundão, na noite desta terça-feira. Caso o corpo — que está no Instituto Médico Legal (IML), na Região da Leopoldina — não seja reconhecido por parentes, os investigadores pedirão um exame de DNA.

Para o delegado Moyses Santana, titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), “tudo indica que o corpo é da jovem”. Porém, ele é cauteloso:

— (Mas) só poderemos afirmar de fato, quando o laudo do IML sair — afirmou.

Segundo a polícia, as tatuagens nas pernas e no tronco levantaram a suspeita de que o corpo pode ser da jovem desaparecida. Até às 8h30 desta quarta-feira nenhum parente da jovem havia chegado no IML.

Moradora da favela Kelson’s, na Zona Norte do Rio, a jovem foi vista pela última vez enquanto era agredida e arrastada na comunidade por um ex-namorado, o traficante Dalton Vieira Santana, conhecido como "DT". Ele é o principal suspeito da morte.

— Acordei com uma dor no peito hoje de manhã. Parecia um presságio. Senti que algo iria acontecer. Meu Deus, que dor! Muita dor! Estou passando mal — desabafou ao EXTRA o pai da jovem. Sem condições de identificar o corpo, o professor de artes marciais, de 49 anos, pedirá a um parente que faça o reconhecimento.

Segundo a polícia, Dalton era obcecado pela jovem e a monitorava. No dia em que Bianca foi vista pela última vez, o traficante, armado de fuzil, invadiu a casa onde ela dormia na comunidade aos gritos: "Abre a porta ou eu vou arrombar". Ele foi direto para o quarto, bateu com a coronha da arma na boca da jovem e a arrastou até um veículo Hyundai HB20 cinza, estacionado na porta do imóvel.

A cena descrita foi reconstituída pelos investigadores da 22ª DP (Penha) e ocorreu por volta de meio-dia de domingo, dia 3 de janeiro. Segundo a polícia, Dalton é um dos chefes do tráfico do Complexo da Penha e da favela Kelson's, também na Penha. Ele havia sido avisado por um comparsa, o traficante Enzo da Silva da Silva Costa, o "Da Mamãe KS", de que Bianca estava na casa de amigos no morro.

Por volta de 12h30m de domingo, Enzo teria visto, por uma brecha da janela, a jovem dormindo no imóvel. Em seguida, o traficante, uma espécie de homem de confiança de Dalton, avisou ao chefe sobre a localização dela, segundo a polícia. Em menos de 30 minutos, Dalton já estava no local. Como Bianca estava de biquíni, o ex-namorado mandou que ela vestisse uma blusa para sairem de lá. A jovem não obedeceu. Respondeu que não iria com ele. Foi então que ela foi agredida com a coronhada no rosto, chegando a aparar o sangue que escorria pela boca com as mãos. Dalton a arrastou à força para o carro, com ajuda de Enzo e outro cúmplice, todos armados.

O casal estava separado desde agosto do ano passado. O fim do relacionamento teria sido uma iniciativa do próprio traficante, que não acreditava que ela aceitaria a separação. Ao contrário do que ele imaginava, logo depois do fim do namoro, Bianca postou numa rede social um desabafo, no qual dizia estar feliz por voltar a viver em paz.

Por volta das 8h de segunda-feira, dia 4, segundo a polícia, moradores do morro teriam tomado conhecimento de que o corpo de Bianca estaria no porta-malas de um carro, com o rosto desfigurado por tiros. O veículo seria semelhante ao usado no dia em que ela foi retirada da casa de amigos.

https://extra.globo.com/casos-de-policia/familiares-de-jovem-desaparecida-sao-aguardados-no-iml-para-reconhecer-corpo-encontrado-no-fundao-24836000.html

Morto a tiros em Missão Velha homem que ficou com o resto da Coca Cola do presidente Bolsonaro



 Um homicídio à bala foi registrado na tarde desta segunda-feira no Distrito de Missão Nova na zona rural de Missão Velha se constituindo no segundo deste ano naquele município. Por volta das 15h30min o borracheiro Pedro Otávio de Jesus Cruz, de 38 anos, apelidado por “Pepa”, estava na sua borracharia quando dois homens armados chegaram numa moto Honda Bros de cor preta. Sem qualquer discussão um deles apontou a arma para a vítima e passou a atirar num caso de execução sumária.


Um homem que se encontrava no estabelecimento saiu baleado e terminou socorrido às pressas ao Hospital São Vicente de Paulo de Barbalha. Uma patrulha da PM de Missão Velha esteve no local, mas não obteve informações sobre acusados. Quando o presidente Bolsonaro passou em Missão Velha, “Pepa” teria recolhido a garrafa com o restante da Coca Cola deixado pela autoridade e chegou a gravar vídeo nas redes sociais anunciando a venda. Um único procedimento citando o nome da vítima aponta para um pedido de indenização por dano material contra a Telefônica Brasil S/A feito em maio de 2018.


O outro homicídio deste ano em Missão Velha tinha acontecido no dia 2 de janeiro quando o vendedor Cícero Pereira Lima, de 31 anos, que residia no Sítio Logradouro naquele município faleceu no Hospital Regional do Cariri (HRC) em Juazeiro. Quatro horas antes, o mesmo estava em sua residência quando chegaram dois homens num carro de cor preta, bateram à porta e o chamaram pelo nome. Ao sair, foi surpreendido com um tiro à queima-roupa na cabeça e a dupla fugiu.


blog do gesso

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