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domingo, 4 de fevereiro de 2024

Alagoas e PE têm mais de 400 casos de intoxicação da maré vermelha

 

Crescimento excessivo de algas provoca fenômeno no mar
Agência Brasil  Foto: Cetesb
Após o registro de mais de 200 casos de intoxicação, em Alagoas, relacionados ao fenômeno da maré vermelha, o Instituto de Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) informou que não encontrou novos pontos no litoral alagoano. Técnicos do instituto fizeram nesta sexta-feira (2) um sobrevoo em praias do litoral norte do estado, onde os casos foram registrados, é não identificaram visualmente a presença das algas que causam o fenômeno.

Além do voo, a equipe coletou amostras de água do mar em trechos da praia de Carro Quebrado, em Barra de Santo Antônio. O material está em análise.

“As equipes de Gerenciamento Costeiro e do laboratório percorreram o trecho da costa entre Maceió e Barra de Camaragibe. Neste percurso não foram identificadas manchas no mar nem outro indício que apontasse a presença de maré vermelha”, informou o IMA.

Pernambuco

O estado vizinho, Pernambuco, também sofreu, durante a semana, com a maré vermelha, especialmente no litoral sul, entre os municípios de Maracaípe e Tamandaré. Mais de 270 pessoas, entre banhistas e surfistas, precisaram de atendimento médico após relatarem sintomas de intoxicação.

Técnicos da Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco (SES) e equipes municipais de saúdere realizaram o levantamento e a análise dos prontuários dos pacientes que buscaram o hospital local, no período de 26 a 30 de janeiro.

“Em uma análise preliminar, do período acima citado, 278 casos suspeitos foram identificados nos prontuários do Hospital Municipal. Os casos serão analisados para confirmação ou não. O número de casos poderá ser alterado até o final da investigação”, informou a SES em nota divulgada na quinta-feira (1°). “Na oportunidade, foi informado que cerca de 200 pescadores apresentaram sintomas da intoxicação durante a maré vermelha. Alguns relatos dos pescadores foram feitos durante o encontro. Eles acreditam que o “Tingui” – forma como eles conhecem o fenômeno-, foi mais forte do que em anos anteriores, visto que desde a década de 1940 episódios semelhantes ocorreram na região”, diz outro trecho da nota.

A secretaria orienta aos banhistas evitar proximidade com os locais afetados e também com sinais como odor e a coloração da água do mar, “que podem sinalizar possíveis novos episódios”.

“Não há, neste momento, a orientação para evitar a ida ao mar ou praia, bem como para evitar o consumo de moluscos (mariscos, ostras e sururu). Mas a população deve estar atenta ao odor e a coloração da água do mar que pode sinalizar possíveis novos episódios. Nessa situação, deve-se evitar a proximidade com os locais afetados”, apontou a SES.

Ainda de acordo com a secretaria, no momento atual do ciclo da floração dessas algas, a tendência é que haja a diminuição de casos relacionados ao fenômeno. A SES ressalta, porém, a importância da manutenção do monitoramento constante por parte dos órgãos ambientais, “uma vez que novos episódios podem ocorrer durante o verão.”

Durante a visita, representantes da secretaria de Saúde e do município de Tamandaré estiveram presentes na Associação de Pescadores, a convite da presidente da entidade, Maria Madalena, que foi a responsável pelo sinal de alerta às autoridades estaduais de saúde.

O que é a maré vermelha

A maré vermelha é um fenômeno provocado pelo crescimento excessivo de algas que liberam ou não toxinas. É percebido na superfície da água pelo odor e pela formação de uma grande mancha que pode apresentar tons avermelhados, alaranjados, amarelados ou acastanhados.

Segundo o IMA, o fenômeno é provocado pelo aumento da temperatura, salinidade, excesso de nutrientes, entre outros fatores. Também contribui a liberação de esgoto doméstico nas praias, fazendo com que o tempo de permanência da maré vermelha na região dure entre 12h e 48h.

Entre os principais sintomas de intoxicação estão enjoo, diarreia, irritação e secura nos olhos, além de falta de ar.

O IMA ressaltou que mantém a recomendação para que seja evitada a recreação e o banho em trechos do mar com coloração e odor diferentes.

Demolição de moradias em terreno no bairro Aeroporto é concluída nesta sexta


A desocupação do terreno onde estava localizada a comunidade Terra Prometida - Vítimas da Covid, no bairro Aeroporto, foi concluída nesta sexta-feira, 2, com a demolição das últimas três unidades restantes. Os trabalhos haviam sido iniciados na quinta-feira, 1º. As informações são do Tribunal de Justiça do Estado (TJCE).

Conforme o TJCE, o prazo para a desocupação voluntária encerrou-se na quarta-feira, 31. Todos os moradores saíram de forma pacífica, de acordo com o Tribunal, que mediou a desocupação através de sua Comissão Regional de Soluções Fundiárias.

Em nota, a Polícia Militar informou que não “houve qualquer intercorrência” durante a reintegração, “transcorrendo tudo de forma pacífica”. Confira vídeo que registrou parte da demolição:

Ainda conforme o TJCE, acordo firmado entre os moradores e a empresa proprietária do terreno previu que as 78 famílias que moravam na comunidade serão alocadas pelo Governo do Estado em cadastro para receberem unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida.

“Destas, 45 (quarenta e cinco) receberão aluguel social pela Prefeitura de Fortaleza”, diz nota enviada pelo TJCE. “Outras 33 (trinta e três) não contempladas com o aluguel social receberão valor equivalente, custeado pelo proprietário do imóvel. Além disso, outras 35 (trinta e cinco) famílias com lotes em construção dentro do terreno ocupado, receberão indenização, conforme pactuação, após a desocupação”.

A ocupação teve início em 2021 e as mediações levaram oito meses. O grupo de trabalho montado é formado por representantes das secretarias estaduais de Articulação Política e de Direitos Humanos; das secretarias municipais de Direitos Humanos e Defesa Social (SDHDS), e do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor), Defensoria Pública; Ministério Público; representantes de movimentos sociais; procuradorias do Estado e Município; e representante da empresa proprietária do imóvel.

“Ao longo desse período de trabalho, a atuação da Comissão tem sido destaque pelo diálogo e interlocução constantes com outros órgãos e entidades, especialmente do Poder Público, visitas técnicas aos locais de ocupação e também pela realização de audiências de mediação e conciliação com a presença das comunidades envolvidas”, afirmou o TJCE.

O POVO

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