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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Cade aprova venda da Refinaria Lubnor, pertencente à Petrobras

 


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, na quarta-feira, 21, a venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), da Petrobras, para a Grepar Participações. A refinaria está localizado no Ceará e o processo gerou uma série de embates. Apesar da aprovação, a Petrobras informa que existem outras condições a serem cumpridas no âmbito no processo. O conselho determinou que seja assinado um Acordo em Controle de Concentração, porque o grupo dono da Grepar opera também na distribuição de asfaltos, derivado produzido pela refinaria.

A venda faz parte da privatização de refinarias da Petrobras, iniciada em 2019, como parte do plano de desinvestimentos promovido nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. Na época, a gestão da empresa justificou que a venda de refinarias visava à concentração em ativos de maior rentabilidade e a dar mais competitividade e transparência ao segmento de refino no Brasil.

Para seguir com o processo, a Petrobras precisou assinar, em 2019, um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) junto ao Cade, que previa a venda de oito das 13 unidades de refino da empresa, que respondiam por cerca de 50% da capacidade de refino da estatal. As oito unidades incluídas no processo foram a Unidade de Industrialização do Xisto, e as refinarias Abreu e Lima, Landulpho Alves, Gabriel Passos, Presidente Getúlio Vargas, Alberto Pasqualini e Isaac Sabbá, além da Lubnor. 

Dessas, tiveram as privatizações concluídas a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), a Landulpho Alves (Rlam) e a Isaac Sabbá (Reman). Já as refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar) e a Alberto Pasqualini (Refap) chegaram a receber propostas, mas o processo de venda não avançou. A Refinaria Gabriel Passos (Regap) teve seu processo encerrado sem que houvesse venda, e continua em posse da Petrobras.

Passageiros de submarino desaparecido morreram, confirma Guarda Costeira dos Estados Unidos



A Guarda Costeira dos Estados Unidos (EUA) confirmou que todos os tripulantes de submarino desaparecido morreram. Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (22), detalharam que a cabine de pressão do Titan foi encontrada destruída em três pedaços em uma região próxima da proa do navio Titanic, a cerca de 500 metros.

As investigações indicam que houve uma implosão, causada por uma perda de pressão da cabine do submersível. "Nós vimos que a cabine de pressão estava ali em três pedaços, e podemos considerar que o submarino foi destruído e vamos mapear o que aconteceu a partir disso", disse John Mauger, contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA.

O submersível Titan, que desapareceu no Atlântico com cinco pessoas a bordo, era utilizado pela OceanGate Expeditions para levar turistas até o local do naufrágio do Titanic.

As cinco mortes também foram confirmadas pela OceanGate, empresa responsável pelo submersível. "Toda a família OceanGate é profundamente grata aos inúmeros homens e mulheres de várias organizações da comunidade internacional que enviaram recursos de grande alcance e trabalharam arduamente nesta missão", disse nota.

Após descoberta dos destroços, as autoridades vão desmobilizar a equipe médica envolvida na busca dos sobreviventes nas próximas 24 horas. Durante as buscas, a Guarda Costeira ainda detalhou que os dispositivos de escuta instalados durante a busca não registraram nenhum sinal de implosão catastrófica.

O QUE SE SABE SOBRE A IMPLOSÃO

O especialista em salvamento da Marinha dos Estados Unidos, Paul Hankins, disse, em coletiva, que ter encontrado o cone de cauda do submersível. "Foi o primeiro indício de que houve um evento catastrófico". O contra-almirante John Mauger acrescentou que isto é "consistente com a perda catastrófica da câmera de pressão".

Conforme John Mauger, ainda não se sabe como ocorreu a implosão. Será definido pelas autoridades se a investigação irá continuar.

Os ruídos captados nos últimos dias não possuem relação com a implosão do submarino Titan. Conforme a Guarda Costeira, a implosão pode ter gerado um som forte, contudo, esse barulho não foi captado por navios e sonares que atuavam na busca.

Ainda segundo as autoridades, o fato do barulho não ter sido captado por navios ou buscas indica que os passageiros morreram antes do início da operação.

DESAPARECIMENTO DE SUBMARINO

No último domingo (18), o submarino Titan, que fazia uma viagem aos destroços do Titanic, desapareceu. Na ocasião, o navio de pesquisa canadense Polar Prince perdeu contato com o submersível e estava atrasado na verificação das comunicações.

Ao todo, o veículo transportava cinco pessoas até os destroços do Titanic: o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos; o empresário paquistanês Shahzada Dawood e o filho, Suleman Dawood, de 48 e 19 anos; o oceanógrafo francês Paul-Henry Nargeolet, de 73 anos; e o fundador da OceanGate Inc, Stockton Rush, de 61 anos.

EX-FUNCIONÁRIO RELATOU PROBLEMAS

Em 2018, a partir de documentos obtidos, o ex-funcionário da OceanGate, David Lochridge, informou que o submersível apresentava problemas de "controle de qualidade e segurança".

Conforme Lochridge, os passageiros poderiam correr perigo caso o veículo atingisse por temperaturas mais profundas devido à pressão. A janela, ainda conforme o ex-funcionário, só aguentaria pressões de até 1,3 mil metros abaixo da superfície.

CONFIRA NOTA DA OCEANGATE NA ÍNTEGRA

Agora acreditamos que nosso CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet, infelizmente, foram perdidos.

Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um distinto espírito de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo. Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico. Lamentamos a perda de vidas e a alegria que eles trouxeram para todos que conheciam.

Este é um momento extremamente triste para nossos funcionários dedicados que estão exaustos e sofrendo profundamente com essa perda. Toda a família OceanGate é profundamente grata aos inúmeros homens e mulheres de várias organizações da comunidade internacional que enviaram recursos de grande alcance e trabalharam arduamente nesta missão.

Agradecemos seu empenho em encontrar esses cinco exploradores e seus dias e noites de trabalho incansável para apoiar nossa tripulação e suas famílias.

Este é um momento muito triste para toda a comunidade de exploradores e para cada um dos familiares daqueles que se perderam no mar.

Pedimos respeitosamente que a privacidade dessas famílias seja respeitada durante este momento tão doloroso.


http://blogdowilsonfilho.blogspot.com/

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