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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Fome severa no Brasil reduz 85%, mas desnutrição ainda atinge 8,4 milhões de pessoas

 

Os dados são do novo Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024).

Maurício Júnior  https://www.miseria.com.br/
Foto: Edmilson Tanaka/Foto

O novo Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024) apontou que a insegurança alimentar severa no Brasil foi reduzida em 85% no ano passado. Em números absolutos, a edição 2024 disse que 14,7 milhões de brasileiros deixaram de passar fome no país. Os dado foram divulgados nesta quarta-feira (24).

Mesmo com a redução, aponta-se que 8,4 milhões de brasileiros estão desnutridos. O relatório da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO) ainda disse que aproximadamente 20% da população brasileira foi isenta de acesso adequado à alimentação nos últimos três anos, mantendo o país no Mapa da Fome global. Vale lembrar que o Brasil tinha deixado o Mapa da Fome em 2014, e se manteve fora dele até 2018.

A redução da insegurança alimentar severa no Brasil caiu de 8% para 1,2% da população em 2023, segundo o relatório da FAO. E a desnutrição teve redução de um terço“, disse o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT) durante discurso em um evento do G-20, nesta quarta.

Acabar com a fome é a principal bandeira do nosso governo. O Brasil, neste mandato do presidente Lula, vai sair do Mapa da Fome.“, afirmou o ministro.

O documento da FAO apresenta dados do triênio 2021-2023. Nele, é mostrado que3,9% da população brasileira apresentou desnutrição crônica. Destaca-se que a ONU leva em conta para integrar um país no Mapa da Fome quando esse índice é igual ou maior que 2,5% do total da população.

Em comparação ao relatório anterior, observa-se que 1,7 milhão de brasileiros deixaram de sofrer de desnutrição crônica. Esse número representa um terço do necessário para que o País saia do Mapa da Fome.

Além disso, o país teve ao longo do último triênio 39,7 milhões de habitantes com insegurança alimentar moderada ou grave.

A agência da ONU diz que a moderada é quando a pessoa tem dificuldade em ter acesso a uma alimentação adequada, tendo períodos em que come menos ou com menor qualidade. Já a insegurança grave é quando falta de forma efetiva comida por um dia ou mais.

Programa que vai ofertar passagens aéreas por R$ 200 é lançado

 Aeroporto JuazeiroA expectativa do Governo Federal é incluir cerca de 1,5 milhão de novos brasileiros que ainda não viajaram de avião.

Rogério Brito  https://www.miseria.com.br/
Foto: Aena Brasil

O Governo Federal lançou, nessa quarta-feira (24), o Voa Brasil – programa que vai possibilitar a compra de bilhetes aéreos por até R$ 200 o trecho para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O benefício é destinado a aposentados que não tenham voado nos últimos 12 meses, independentemente da faixa de renda.

No lançamento, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, adiantou que as empresas aéreas já disponibilizaram mais de 3 milhões de passagens, isso significa que mais de 10% de novos CPFs vão viajar pelo país.

“É o primeiro programa de inclusão social da aviação aérea brasileira. Estamos abrindo a possibilidade para que mais brasileiros possam viajar pelo país, fazer turismo ou reencontrar parentes. A inclusão gera emprego e renda, gera desenvolvimento econômico”, comentou o ministro.

A expectativa do Governo Federal é incluir cerca de 1,5 milhão de novos brasileiros que ainda não viajaram de avião. As companhias aéreas deverão oferecer bilhetes ociosos durante os 12 meses do ano em diferentes rotas. De janeiro a junho, a taxa média de ociosidade das aeronaves foi de 20%, de acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).

“As empresas têm ociosidade, e as pessoas querem viajar, mas não têm dinheiro suficiente. Então, é uma ganha-ganha. Você consegue lotar mais os aviões, e por um preço de 200 reais, mais a tarifa, e a pessoa poder viajar”, reforçou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

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