O Ministério Público denunciou acusado de matar por asfixia, esquartejar, carbonizar e ocultar o corpo da sua enteada no dia 29 de junho em Salitre
O Ministério Público denunciou acusado de matar por asfixia, esquartejar, carbonizar e ocultar o corpo da sua enteada no dia 29 de junho em Salitre. A denúncia do Promotor de Justiça de Campos Sales, Tadeu Furtado de Oliveira Alves, contra Natanael Alves dos Santos, de 37 anos, o “Natan”, foi acostada nesta quinta-feira (18) nos autos do processo. Ele praticou o homicídio qualificado contra sua própria enteada Maria Raquelly da Conceição Lima, de 13 anos.
Ele tinha um relacionamento com Maria Daniele Luiza da Conceição, de 30 anos, mãe da garota. Certo dia a adolescente contou para sua genitora que Natan “estava olhando ela tomar banho”. Houve separação do casal, mas o relacionamento foi retomado. No dia do crime, a menina estava sozinha em casa e preparava o almoço do padrasto. Segundo confessou no seu depoimento, ofereceu certa quantia em dinheiro para manter relações sexuais com a menor e esta teria cobrado um valor bem superior.
Surgiu daí uma discussão e Natan disse, no seu depoimento, que “pegou uma corda e puxou o pescoço dela e viu que ela tinha morrido”. Na sequência, apanhou roupas da menina para simular uma fuga, levou o corpo para um matagal no Sítio Baixio, cobriu-o com capas do banco do carro e com roupas dela e ateou fogo. O crime causou grande repercussão na região do Cariri e o acusado segue recolhido à cadeia pública de Juazeiro após ser preso cinco dias depois em Serrolandia (PE) para onde tentou fugir e confessou toda a trama com riqueza de detalhes.
Inclusive, onde tinha ocultado o cadáver de Raquelly. Quando Natan fugia ao Pernambuco bateu o carro num caminhão e ainda tentou o suicídio cortando os pulsos. À noite, populares atearam fogo no carro dele que ficou completamente carbonizado. Na noite do dia 6 de junho, um dia após a missa de sétimo dia, centenas de populares promoveram um manifesto de revolta e clamando por justiça pelas ruas de Salitre.
Homicídios em Caririaçu aumentaram 800% no primeiro semestre e Missão Velha caiu 300% além de sete empates
Um levantamento exclusivo do Site Miséria mostra como foi o comportamento de cada um dos 29 municípios do Cariri quanto a homicídios no primeiro semestre do ano
Um levantamento exclusivo do Site Miséria mostra como foi o comportamento de cada um dos 29 municípios do Cariri quanto a homicídios no primeiro semestre do ano. Os números mostram uma comparação com o mesmo período do ano passado e chamam a atenção o crescimento de 800% em Caririaçu, 400% em Salitre e 200% em Campos Sales e Nova Olinda. Além disso, comemoração para as quedas significativas de 300% em Missão Velha e 200% em Farias Brito.
A propósito, o único homicídio de 2024 em Farias Brito foi dia 26 de fevereiro quando o comerciante Vladimir Pereira dos Santos, de 44 anos, o “Baleado”, foi morto a tiros perto de sua casa na Rua Manoel Pinheiro de Almeida no centro e a polícia prendeu um dos acusados. Já o único deste ano em Missão Velha foi no dia 22 de abril quando Cícero Edinaldo Lima dos Santos, de 36 anos, o “Pela Porco”, foi assassinado a facadas e o corpo encontrado num matagal no Sítio Arraial do Meio perto da Capela de Nossa Senhora Aparecida. Ele morava no bairro Frei Damião em Juazeiro, usava tornozeleira e respondia diversos crimes.
No primeiro semestre de 2023 foram 113 homicídios no Cariri contra 147 este ano ou acréscimo de 23% em virtude dos 34 assassinatos a mais. Nesse contexto, dos 29 municípios da região, o número de homicídios cresceu em 15, empatou em sete e registrou queda em outros sete. Caririaçu – o que mais cresceu em homicídios – teve 2 assassinatos em janeiro, 1 em fevereiro, 2 em março, 1 em abril, 3 em maio e só zerou em junho.
Confira os números de cada município no comparativo 2023/2024 começando pelos 15 que registraram acréscimo: Altaneira (de zero para 3); Antonina do Norte e Araripe (de zero para 1); Barbalha (de 4 para 10); Brejo Santo (4×7); Campos Sales e Nova Olinda (de 2 para 6); Caririaçu (de 1 para 9); Crato (De 24 para 26), Juazeiro (de 45 para 50); Milagres e Penaforte (de 2 para 3), além de Porteiras (de 0 para 2), Salitre (de 1 para 5) e Várzea Alegre de um homicídio no primeiro semestre de 2023 para dois no mesmo período este ano.
Eis os sete municípios com empates na comparação entre os dois últimos primeiros semestres. Sem o registro de homicídios nestes períodos foram Granjeiro, Jardim, Jati e Lavras da Mangabeira. Já os municípios que empataram em um homicídio foram: Abaiara, Aurora e Barro. Os outros sete que registraram decréscimo foram: Assaré (de 5 para 3); Farias Brito (de 3 para 1); Mauriti (de 7 para 5); Missão Velha (de 4 para 1); além de Potengi, Santana do Cariri e Tarrafas caindo de um homicídio para zero.
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