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quinta-feira, 30 de março de 2023

Preço dos medicamentos vai subir 5,6% a partir de sábado; Aumento vai atingir cerca de 10 mil produtos

 


Os remédios podem subir até 5,6% a partir deste sábado (1º). Então, é importante o consumidor começar a pesquisar para garantir um bom desconto e até fugir de preços abusivos. A projeção de aumento é do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma). A estimativa foi feita com base nas regras que estabelecem o reajuste de preços de medicamentos, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais fatores de produtividade e de ajustes de preços de cada setor.

Um estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) aponta que o teto dos preços dos remédios não impede reajustes abusivos nas compras realizadas pelos consumidores em farmácias. É o caso, por exemplo, do Clavulin, antibiótico, que pode chegar até 86% de diferença nos preços. Já nos medicamentos genéricos, a variação ficou entre 384% no omeprazol, remédio para gastrite, e 91,9% no atenalol, um anti-hipertensivo.

Para a coordenadora do Programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarréte, o consumidor deve pesquisar em sites ou lojas físicas ou até participar de programas das empresas que pedem o CPF para encontrar os melhores valores.

“O Idec recomenda que o consumidor, primeiro de tudo, pesquise, nunca aceite o primeiro preço que ele encontrar, ele pode fazer isso na internet, ligando na farmácia. Uma outra coisa é avaliar a participação em programas como Farmácia Popular, faz muita diferença um programa como esse e ele pode dar desconto de até 90% em alguns medicamentos.”

O reajuste nos remédios é feito anualmente, a partir de 31 de março, pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). O aumento este ano vai atingir cerca de 10 mil medicamentos disponíveis no mercado brasileiro.

Agência Brasil

Ceará deve indenizar em R$ 100 mil paciente que ficou cego após ter cirurgia negada


O Estado do Ceará foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 100 mil, por danos morais, para um homem que perdeu a visão do olho direito, após Secretaria de Saúde (Sesa) descumprir uma decisão para realizar cirurgia de urgência.

O paciente já apresentava quadro de perda visual do olho esquerdo, devido a trauma ocular anterior, e a visão do olho direito era a única que lhe restava. A decisão da indenização foi divulgada nesta terça-feira (28).

Conforme a Justiça, o paciente sofreu deslocamento de retina um mês após passar por três transplantes de córnea. Por conta disso, ele foi submetido à nova intervenção, porém, sem sucesso. Diante da gravidade do caso, foi recomendado um procedimento com urgência, sob o risco de perda visual irreversível.

Consta ainda nos autos que o paciente ingressou com ação de obrigação de fazer contra a Secretaria da Saúde para fazer a cirurgia de urgência. Na ocasião, a vítima alegou a Secretaria da Saúde foi informada da decisão em 26 de janeiro de 2017.

Dois meses após a decisão pela urgência, o Estado ainda não tinha cumprido a determinação judicial, de modo que o homem solicitou novamente o cumprimento imediato da medida que havia sido concedida pela Justiça. Diante da demora, a Secretaria da Saúde foi intimada mais uma vez em 27 de março de 2017. No entanto, nenhuma providência foi tomada e ele o homem perdeu a visão do olho direito, a única que ainda lhe restava, ficando completamente cego.

Segundo o desembargador Raimundo Nonato Silva Santos, "ficou comprovado que a omissão do Estado piorou a sua situação e em consequência perdeu a visão do olho direito", único que lhe restava, de forma irreversível.

G1

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