Caixa e Banco do Brasil retomam as atividades a partir de hoje
Após 26 dias de paralisação, os funcionários do Banco
do Brasil e da Caixa Econômica Federal decidiram, após assembleia
realizada na noite de ontem, retomar as atividades a partir de hoje. Os
bancários do Banco do Nordeste (BNB), contudo, mantêm a paralisação. A
continuidade da greve no BNB será analisada novamente em assembleia
marcada para hoje.
Durante a manhã e a tarde de ontem, o fato de os bancários do Ceará terem tomado decisões diferentes quanto ao reajuste oferecido pela classe patronal, na sexta-feira passada, deixou os clientes das instituições financeiras confusos.
Apenas as instituições privadas voltaram às atividades ontem. Mesmo assim, dezenas de pessoas desinformadas foram às agências públicas de Fortaleza para resolver pendências ocasionadas pela greve e encontraram as portas fechadas.
FrustraçãoEm estabelecimentos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, sentimentos como raiva e frustração tomavam conta daqueles que recebiam a informação de que a greve não tinha terminado. "Era pra eu ter recebido dinheiro desde o dia 2 de outubro. Já estou sem meus remédios para pressão, colesterol e osteoporose. Estou andando à força, porque meus ossos doem muito", lamenta a aposentada Rita Fernandes da Silva, que só realiza saques no caixa convencional porque não sabe utilizar as máquinas.
Ela estava na agência da Caixa Econômica, na esquina da Rua Floriano Peixoto com a Avenida Duque de Caxias, no Centro. Antes das 10 horas, uma fila já se formava na frente daquele estabelecimento. Grande parte dos usuários deu viagem perdida, pois buscava realizar procedimentos que só podem ser efetuados na "boca do caixa".
O aposentado Vasselon Angélico da Costa, por exemplo, estava bastante apreensivo, pois corre o risco de ser despejada casa onde mora, em Maracanaú, na região metropolitana. "A dona da casa disse que eu tinha que pagar o aluguel até hoje (ontem). Está atrasado há quase 15 dias. Ela não entende que a greve tem que acabar para eu receber o cartão e sacar o dinheiro. Por causa dessa confusão, já passei até mal", comenta.
RetiradaEnquanto o atendimento voltava ao normal e os cartazes de "estamos em greve" eram retirados das vidraças de bancos como Santander, Bradesco e Itaú, em instituições públicas, sobravam reclamações dos usuários. Na Caixa Econômica que funciona em um prédio histórico do Centro, na esquina da Floriano Peixoto com a Rua Guilherme Rocha, dezenas de pessoas aguardaram durante toda a manhã do lado de fora da agência, torcendo para que as portas fossem abertas.
"Tenho que pagar os juros de uma joia que eu empenhei com urgência, ou não vou poder mais resgatar o bem. Essa greve já era para ter acabado", reclama a pensionista Vânia Maria Amora.
Impacto no comércio
Os impactos da paralisação dos bancários foram mínimos no comércio da Capital, de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Freitas Cordeiro. "As intervenções da greve no setor são minimizadas por conta das soluções eletrônicas de hoje, em que quase tudo é realizado pelo autoatendimento", afirma. Atualmente, diz, quem mais sofre com greves bancárias são os donos de pequenos negócios.
Em Fortaleza, informa ainda Freitas Cordeiro, o movimento dos bancários talvez tenha sido responsável por uma retração na abertura de crédito estimada em 6%. "Mesmo assim, é um reflexo pequeno. Vale lembrar também que sempre há alguma retração entre os meses de agosto e setembro", conclui.
Fonte: Diário do Nordeste
Durante a manhã e a tarde de ontem, o fato de os bancários do Ceará terem tomado decisões diferentes quanto ao reajuste oferecido pela classe patronal, na sexta-feira passada, deixou os clientes das instituições financeiras confusos.
Apenas as instituições privadas voltaram às atividades ontem. Mesmo assim, dezenas de pessoas desinformadas foram às agências públicas de Fortaleza para resolver pendências ocasionadas pela greve e encontraram as portas fechadas.
FrustraçãoEm estabelecimentos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, sentimentos como raiva e frustração tomavam conta daqueles que recebiam a informação de que a greve não tinha terminado. "Era pra eu ter recebido dinheiro desde o dia 2 de outubro. Já estou sem meus remédios para pressão, colesterol e osteoporose. Estou andando à força, porque meus ossos doem muito", lamenta a aposentada Rita Fernandes da Silva, que só realiza saques no caixa convencional porque não sabe utilizar as máquinas.
Ela estava na agência da Caixa Econômica, na esquina da Rua Floriano Peixoto com a Avenida Duque de Caxias, no Centro. Antes das 10 horas, uma fila já se formava na frente daquele estabelecimento. Grande parte dos usuários deu viagem perdida, pois buscava realizar procedimentos que só podem ser efetuados na "boca do caixa".
O aposentado Vasselon Angélico da Costa, por exemplo, estava bastante apreensivo, pois corre o risco de ser despejada casa onde mora, em Maracanaú, na região metropolitana. "A dona da casa disse que eu tinha que pagar o aluguel até hoje (ontem). Está atrasado há quase 15 dias. Ela não entende que a greve tem que acabar para eu receber o cartão e sacar o dinheiro. Por causa dessa confusão, já passei até mal", comenta.
RetiradaEnquanto o atendimento voltava ao normal e os cartazes de "estamos em greve" eram retirados das vidraças de bancos como Santander, Bradesco e Itaú, em instituições públicas, sobravam reclamações dos usuários. Na Caixa Econômica que funciona em um prédio histórico do Centro, na esquina da Floriano Peixoto com a Rua Guilherme Rocha, dezenas de pessoas aguardaram durante toda a manhã do lado de fora da agência, torcendo para que as portas fossem abertas.
"Tenho que pagar os juros de uma joia que eu empenhei com urgência, ou não vou poder mais resgatar o bem. Essa greve já era para ter acabado", reclama a pensionista Vânia Maria Amora.
Impacto no comércio
Os impactos da paralisação dos bancários foram mínimos no comércio da Capital, de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Freitas Cordeiro. "As intervenções da greve no setor são minimizadas por conta das soluções eletrônicas de hoje, em que quase tudo é realizado pelo autoatendimento", afirma. Atualmente, diz, quem mais sofre com greves bancárias são os donos de pequenos negócios.
Em Fortaleza, informa ainda Freitas Cordeiro, o movimento dos bancários talvez tenha sido responsável por uma retração na abertura de crédito estimada em 6%. "Mesmo assim, é um reflexo pequeno. Vale lembrar também que sempre há alguma retração entre os meses de agosto e setembro", conclui.
Fonte: Diário do Nordeste
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