O advogado Alaor Patrício Júnior, preso sob a acusação de envolvimento com uma facção criminosa e flagrado no presídio CPPL 4 com bilhetes a serem entregues a vários detentos, já tinha histórico criminal mesmo ainda menor de idade. Em 2011 foi apreendido em flagrante após envolvimento em um assassinato em Fortaleza.
Na época, ele e outro adolescente foram detidos pela Polícia após dispararem vários tiros contra outros dois jovens. O crime ocorreu por volta de 21 horas do dia 19 de fevereiro de 2011 na Rua Monte Cristo, proximidades da Escola ABC, no bairro Aerolândia.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Civil, Alaor teria efetuado tiros contra um rapaz identificado por Francisco de Assis, que acabou morrendo dois dias depois (dia 21 de fevereiro, por volta de 20h45) no Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro).
No Boletim de Ocorrência, assinado pelo delegado Francisco Hélio Bezerra, consta que Alaor estava na companhia de um jovem identificado por Alan. Enquanto Alaor atirou em Francisco de Assis, Alan disparou tiros contra um rapaz identificado por Marcos. O laudo cadavérico da morte de Francisco de Assis foi remetido ao 13º DOP (Cidade dos Funcionários).
Também por roubo
Também ainda como adolescente, Alaor foi indiciado em processo na 16ª Vara da Infância e da Juventude de Fortaleza, cujos autos tramitaram em segredo de Justiça e foram arquivados definitivamente pela juíza de Direito, Alda Maria Holanda Leite, de acordo com documentos. No processo, o menor foi acusado de ato infracional por roubo.
Noutro documento da Justiça consta que, por crime de roubo duplamente qualificado (com emprego de arma de fogo e concurso de pessoas), Alaor, ainda menor, foi apreendido em flagrante juntamente com Elves Presley Costa (autuado em flagrante).
“As vítimas reconheceram os menores infratores como autores de ato infracional, Ao praticarem a conduta, os representados praticaram ato infracional equivalente ao delito de roubo duplamente qualificado, de acordo com o artigo 157, parágrafo 2º incisos I e II do Código Penal Brasileiro”.
Mesmo com um histórico criminal, Alaor, que chegou a prestar concurso para o cargo de agente penitenciário, obteve a carteira de advogado junto a OAB.
Nesta quarta-feira (25), ele teve a carteira da OAB suspensa por decisão do presidente do Tribunal de Ética daquela entidade.
Prisão
Na última terça-feira (24), o advogado foi preso em flagrante por agentes penitenciários na Casa de Privação Provisória da Liberdade 4 (CPPL 4), em Itaitinga quando tentava entregar bilhetes a vários presos considerados membros de facção. De acordo com as autoridades, os bilhetes tratavam de delitos. Ele foi autuado em flagrante na Delegacia Metropolitana de Itaitinga e enquadrado na Lei das Organizações Criminosas.
(Blog do Jornalista Fernando Ribeiro)
PF faz operação contra facção suspeita de ataques no Ceará
A Polícia Federal deflagrou hoje (26) uma operação contra uma facção criminosa no estado do Ceará. Foram cumpridos 15 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em localidades no Ceará e também em Pernambuco.
A ação ganhou o nome de Operação Torre, uma vez que visava alcançar líderes de organizações criminosas suspeitos de envolvimento na coordenação de ataques promovidos desde sábado no estado, mirando veículos e estruturas públicas.
Os grupos teriam sido responsáveis também por iniciativas de depredação de torres de energia na região metropolitana de Fortaleza, em abril deste ano. Na terça-feira (24), sete suspeitos já haviam sido presos. No domingo (22), mais quatro foram detidos.
Segundo os investigadores, a ofensiva foi ordenada por líderes de facções que estão em presídios. Os ataques foram executados por integrantes desses grupos. Os investigados poderão ser punidos por crimes relacionados a danos ao patrimônio e participação em organização criminosa, bem como outros ilícitos que eventualmente possam ser descobertos.
A iniciativa ocorreu em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do governo do Ceará, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco/CE) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Presos
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, com a operação, já foram presas 74 pessoas por envolvimento em ações criminosas. Conforme o órgão, as equipes continuam investigando casos e atuando para garantir a segurança do transporte público no estado. Isso porque parte dos alvos das facções são veículos como ônibus.
A secretaria disponibilizou canais para que pessoas possam encaminhar denúncias e informações sobre os casos. É possível enviar relatos por meio do 181 e do número de WhatsApp da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas: (85) 98969-0182.
(Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário