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quinta-feira, 20 de junho de 2019

PM DO CEARÁ GANHA QUATRO BATALHÕES DE CHOQUE E ADOTA MODELO DE SÃO PAULO



A estrutura da Polícia Militar do Ceará foi alterada. Na reformulação, o Comando Tático Motorizado (Cotam) deixou de ser uma companhia e tornou-se batalhão. A mudança também ocorre no nome: agora é Batalhão Cotam, que tem à frente o major PM Gerlúcio Vieira. 

O Comando Tático Rural (Cotar), comandado pelo major Antônio Cavalcante, também se tornou Batalhão. 

O Batalhão de Eventos passa a integrar o Comando de Distúrbios Civis (CDC). 

E o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) deixou de ser companhia, tornou-se batalhão e passou a se chamar Batalhão de Operações Especiais (Bope). 

Ainda foram criados na PMCE cargos como a Coordenação Geral de Operações, de onde todas as operações da PM saem. Conforme fonte da Polícia Militar explicou ao O POVO Online, quando existe mudança de companhia para batalhão o efetivo e a abrangência são maiores. O Raio, por exemplo, cresceu e se tornou BPRaio. Houve aumento de efetivo e agora é um grande comando, com atuação em todo o Ceará. 

Como o efetivo aumenta, a PMCE abriu cursos que estão em andamento. É o caso do Curso do Cotar e o curso de patrulhamento urbano. O curso de distúrbios civis terminou no começo do mês. Está previsto, para o fim deste ano um curso de sniper (atirador de elite) promovido pelo Bope. 

Após o coronel Alexandre Ávila assumir comando geral da PMCE, no começo deste ano de 2019, houve transferência de policiais do BPChoque. As mudanças aconteceram para cumprir a modificação determinada pelo comandante geral, que vetou a entrada de policiais que não possuíam os cursos para atuar no Choque. 

Atualmente, o Ceará também tem policiais que terminaram o Curso de Operações Especiais (Coesp), que forma os "caveiras". Esse curso foi organizado pelo coronel PM Aginaldo, que agora está à frente da Força Nacional, em Brasília.


Atribuições e Lei de Organização Básica 

As mudanças na organização da PM foram oficializadas no Diário Oficial e no Boletim de Comando Geral, o último deles de 20 de março de 2019. Além da mudança de Gate para Bope, é definido o papel de outros batalhões: 

O 1º BPChoque da PMCE tem como atribuições o patrulhamento motorizado de alto risco da Capital e Região Metropolitana, segurança pessoal do secretário da Segurança Pública e Defesa Social, do secretário executivo da SSPDS, do coronel comandante da PMCE, do subcomandante geral da PMCE e do diretor de planejamento e gestão interna da PMCE. 

O 2º BPChoque une Controle de Distúrbios Civis, patrulhamento com cães e eventos em todo o Estado. 

O 3º BPChoque, conforme o documento, atua em ocorrências de altíssimo risco, com retomada de reféns, ocorrências com explosivos e gerenciamentos de crises e demais operações de alta complexidade. 

O 4º BPChoque executa o policiamento ostensivo rural de alto risco e atua também com policiamento especializado das divisas do Estado. 

Essas mudanças fazem parte da Lei de Organização Básica da Polícia Militar do Estado do Ceará, que alterou a estrutura organizacional e dispõe sobre os cargos de provimento em comissão. 

São Paulo é referência 

O modelo é similar ao adotado em São Paulo, que tem quatro batalhões de Choque. Lá, o 1º Batalhão de Choque, Batalhão Tobias de Aguiar "Rota", é responsável pelo patrulhamento tático. O 2º Batalhão de Choque, o "Anchieta", é responsável por Comando de policiamento em eventos e Rocam (que atua em motos). O 3º Batalhão de Choque, o "Batalhão Humaitá", responde por Comando de Distúrbios Civis, escolta e Canil. Já o 4º Batalhão de Choque da PM paulista é o Batalhão de Operações Especiais, que possui dois grupos, o Coe, que atua com operações especiais e área rural e de mata, o Gate, que atua com resgate de reféns, ocorrências de bombas e explosivos. Ainda existe o Regimento de Polícia Montada Nove de Junho, que é o RPMon, que seria um 5º Batalhão, mas que não possui essa denominação. 
Por Jéssika Sisnando/ O Povo

Moro diz não ter nada a esconder e que mensagens podem ter sido alteradas


O ministro da Justiça, Sérgio Moro, disse nesta quarta-feira (19), em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que não tem nada a esconder sobre as conversas atribuídas a ele e procuradores da Operação Lava Jato. Moro afirmou que as mensagens que têm sido divulgadas "podem ter sido alteradas" e defendeu que o conteúdo seja submetido a uma "autoridade independente".

 Moro foi à comissão dar explicações sobre as supostas mensagens, que começaram a ser divulgadas pelo site The Intercept no dia 9 deste mês. Os diálogos teriam ocorrido por meio do aplicativo de mensagens Telgeram, na época em que Moro era o juiz responsável por processos da Lava Jato no Paraná. De acordo com The Intercept, os dados mostram que Moro orientou a atuação de integrantes da força-tarefa da operação.

 "Evidentemente não tem nada que esconder, a ideia foi vir aqui espontaneamente a esclarecer muito em torno desse sensacionalismo que está sendo criado em cima dessas notícias", disse Moro.

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