O deputado estadual André Fernandes (PSL) concedeu entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (24), para esclarecer polêmica criada após acusar colegas parlamentares de envolvimento com facções criminosas. A conduta de Fernandes foi questionada por alguns membros da Assembleia Legislativa e o caso encaminhado ao Conselho de Ética da Casa, onde Fernandes deve ser julgado por quebra de decoro parlamentar.
O parlamentar amenizou o tom das acusações, destacando que sua atuação seguiu conforme o procedimento regulamentado pelo Código de Ética da AL.
O deputado afirmou que não houve generalização em sua acusação e que não citou nomes na ocasião exatamente para não quebrar o decoro parlamentar. Fernandes apontou ainda que o Código de Ética assegura o direito de sigilo e de imunidade parlamentar em casos de encaminhamento de denúncias contra colegas parlamentares. Ele afirmou ainda que não teme ter o mandato cassado.
“Eu não generalizei. É mentira. Nunca me rendi ao poder político, não vou mudar, façam articulações entre partidos contra minha pessoa. Não citei nomes de deputados para que não fosse quebra de decoro. Trabalhei com lealdade. Não estou aqui para compactuar com velhos políticos. Não vou chegar aqui, receber denúncias e me calar. Se um eleitor meu chega e me entrega uma denúncia o mínimo que posso fazer é entregar para o órgão competente. Tem que se investigar”, afirmou Fernandes.
O deputado do PSL explicou que as denúncias partiram de fontes não identificadas e foram encaminhadas, de maneira sigilosa, para o Ministério Público do Ceará (MPCE). Ele criticou o MPCE por ter vazado as informações. “MP não manteve sigilo. Não falei que tinha provas, falei que recebia denúncias. Eu não errei porque fiz sob sigilo como diz o Código de Ética”.
Ceará receberá 289 novos profissionais do Programa Mais Médicos até sexta-feira (28)
O Ceará começa a receber, nesta segunda-feira (24), o reforço do Programa Mais Médicos. Ao todo, 289 novos profissionais devem começar a atuar em 105 municípios do Estado até a próxima sexta-feira (28). Caucaia receberá a maior quantidade, 21 no total. Já Fortaleza não foi contemplada nessa fase do Programa, apesar do déficit de pelo menos 156 médicos.
As localidades contempladas neste edital são de áreas com maiores dificuldades de acesso, segundo esclarece o Ministério da Saúde – a exemplo das ribeirinhas, fluviais, quilombolas e indígenas – e que dependem do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram oferecidas aos médicos 2.149 vagas em todo o País, conforme indicação dos gestores locais sobre a quantidade necessária de profissionais para atendimento.
Esta é a primeira fase do 18º ciclo do programa, que priorizou a participação de profissionais formados e habilitados com registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Brasil. Além disso, para garantir a imparcialidade na escolha de médicos qualificados, preferencialmente com perfil de atendimento para a Atenção Primária, o Ministério da Saúde estabeleceu critérios de classificação, como títulos de Especialista e/ou Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade.
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