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domingo, 21 de outubro de 2018

Mulheres fazem ato pelo país contra Bolsonaro e pela democracia


Em várias cidades do país, manifestantes se reúnem neste sábado (20) contra o fascismo e a favor da democracia, pelos direitos humanos e em defesa da liberdade de expressão. O ato é organizado por movimentos de mulheres de distintos segmentos, entre eles Mulheres Unidas contra Bolsonaro. Já para o domingo (21) estão programadas manifestações em todo país contra o comunismo e o retorno do PT à presidência.

Em São Paulo, a manifestação lotou o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A multidão chegou a extrapolar a área da praça e ocupou totalmente os dois sentidos da Avenida Paulista, na região central da capital. Ao som de tambores, centenas de pessoas gritavam “Ele não!”, “Ele Nunca!” e “Ele Jamais”, em referência ao candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro.

A articulação do ato na capital paulista é dos mesmos coletivos de mulheres que organizaram o protesto do último dia 29 no Largo da Batata, zona oeste paulistana, contra o candidato.

Faixas de diversas cores e tamanhos se posicionavam contra as declarações do presidenciável consideradas ofensivas às mulheres, aos homossexuais e negros. Também podiam ser vistas bandeiras de centrais sindicais e partidos políticos em meio à multidão.

Embora organizado por coletivo femininistas, o protesto contou com público diverso: havia pais com os filhos no colo, adolescentes, casais de idosos e artistas de diversas linguagens. Ao logo do protesto, que deve chegar até a Praça da Sé, no centro da cidade, estão previstas intervenções do grupo de música afro Ilu Oba de Min e da cantora transgênero Liniker.

Para Fábia Carmen, uma das participantes da organização, que reúne cerca de 30 coletivos de mulheres, a mobilização foi fundamental para evitar que Bolsonaro obtivesse uma vitória já no primeiro turno da eleição: “Se a gente não tivesse lutado como a gente lutou, talvez não tivesse nem segundo turno”, enfatizou.

Segundo ela, independente do resultado das urnas no próximo domingo (28), é preciso manter a articulação para evitar retrocessos. “A gente acredita que tem que continuar na rua e não só em atos, mas nas localidades, nas conversas. Tem que avançar o debate sobre o que é fascismo, esse avanço desse movimento de retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras”.

Fonte: Agencia Brasil

Equipe de Bolsonaro cogita nome de Moro para o STF: ‘Seria muito bom’

O próximo presidente da República terá de indicar pelos menos dois novos ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF), diante das aposentadorias compulsórias de Celso de Mello e de Marco Aurélio Mello.

Em entrevista divulgada pelo Estado de S. Paulo, neste domingo (21), o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, falou sobre as intenções do candidato Jair Bolsonaro para o Supremo, caso seja eleito.

Cotado para assumir a pasta da Justiça em um possível governo do militar, ele afirmou que as indicações para a Corte “serão absolutamente republicanas, feitas pela competência e credibilidade”.

Bebianno, que tem coordenado a campanha do capitão reformado, chegou a cogitar, ainda, o nome de Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância. “Ter um ministro com o perfil do juiz Sérgio Moro no STF seria muito bom. É um nome que se cogita, sim. Ele é uma pessoa séria, patriota e que quer o bem para o Brasil”, destacou.

O presidente do PSL também defendeu a autonomia do Poder Judiciário, e minimizou as declarações de Bolsonaro, de que aumentaria o número de ministros do Supremo. “Acho que isso foi um pensamento, um comentário alto que ele fez”, disse.

Sobre mudanças na forma de funcionamento do STF, Bebianno avaliou que a Justiça “tem a sua autonomia”, e que o assunto “precisa ser pensado pelo próprio Judiciário”. “Agora, de forma alguma há o desejo do Executivo de impor qualquer alteração do Judiciário. Os ministros são independentes”, completou.

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