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domingo, 6 de abril de 2025

Compras na Shopee, AliExpress e Shein ficam mais caras no Ceará a partir desta terça-feira

A medida afeta produtos que chegam ao país via remessas postais e que se enquadram no Regime de Tributação Simplificada (RTS).
Rogério Brito         site miséria
Foto: Reprodução

A partir desta terça-feira (1), as compras em sites internacionais, como Shopee, Shein e AliExpress, vão ficar mais caras no Ceará e mais nove estados brasileiros que passaram a cobrar um Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) maior para compras de importados online. A alíquota passará de 17% para 20%.

O aumento do imposto foi decidido após reunião do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) no dia 5 de dezembro do ano passado. A medida afeta produtos que chegam ao país via remessas postais e que se enquadram no Regime de Tributação Simplificada (RTS).

No Ceará, as alíquotas para compras internacionais para mercadorias importadas já somam pelo menos 50% do valor do item. Acre, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe também elevaram a alíquota, enquanto os demais estados e o Distrito Federal optaram por manter inalterada a alíquota de 17% do ICMS.

Decisão do TCU sobre controle de bebidas é suspensa pelo STF


Tribunal de Contas mandou voltar sistema, desativado desde 2016
Agência Brasil    site miséria
Foto: Arquivo/Agência Brasil

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira (4) a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou a retomada da operação do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), suspenso desde 2016.

O sistema era usado para controlar, em tempo real, todo o processo produtivo de bebidas no país, mas foi desativado pela Receita Federal.

Na decisão que determinou a retomada do sistema, o TCU afirmou que Receita não poderia ter descontinuado o Sicobe por meio de ato administrativo, pois isso contradiz os princípios da legalidade e da hierarquia das normas.

Ao analisar um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), Zanin entendeu que o órgão demonstrou os prejuízos que podem ocorrer com a retomada do sistema, entre eles, o retorno de concessões de créditos presumidos de PIS/Cofins estimados em R$ 1,8 bilhão por ano.

“A repristinação da utilização do sistema poderá levar, em tese, ao retorno de sistemática que, segundo dados técnicos apresentados, revela inconsistências, com possibilidade de comprometimento do sistema fiscalizatório adotado pela Receita e consequente diminuição da arrecadação”, decidiu o ministro.

Entenda

Desenvolvido pela Casa da Moeda, o Sicobe começou a funcionar em 2009, com o objetivo de permitir à Receita Federal controlar, em tempo real, todo o processo produtivo de bebidas no país.

Equipamentos e aparelhos instalados nos estabelecimentos envasadores de cervejas, refrigerantes e águas permitem à Receita não só saber a quantidade exata de produtos fabricados pelos fabricantes, como o tipo de produto, embalagem e sua respectiva marca comercial.

O Sicobe foi desativado em 2016 pela Receita Federal, com o argumento de que a Casa da Moeda do Brasil estaria desenvolvendo um projeto para substituir o sistema por um custo menor.

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