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quarta-feira, 10 de julho de 2024

Câmara aprova Novo Ensino Médio e texto vai à sanção

O substitutivo do relator Mendonça Filho (União) prossegue com a ampliação da carga horária da formação geral básica prevista no projeto de lei original.

Maurício Júnior
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

As novas mudanças na reforma do ensino médio foram aprovadas na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (9).O relatório aprovado teve mudanças no texto do Senado, mas, como começou a tramitar na Câmara, vai à sanção presidencial.

O substitutivo do relator Mendonça Filho (União) prossegue com a ampliação da carga horária da formação geral básica prevista no projeto de lei original, que estabelece 2,4 mil horas nos três anos do ensino médio para estudantes que não escolherem pelo ensino técnico. A carga horária total do ensino médio permanece em 3 mil horas nos três anos.

Os estudantes terão que determinar uma área para completar a carga horária nos três anos, aprofundando os estudos com as demais 600 horas. Os chamados “itinerários formativos” são: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias ou ciências humanas e sociais aplicadas.

Entre as alterações do Senado Federal que foram derrubadas pelos deputados estão: o trecho que estabelecia o ensino médio ter ao menos 70% da grade como disciplina básica e somente 30% destinado os itinerários formativos. No entanto, Mendonça excluiu esse ponto e, agora, os itinerários formativos devem abranger mais que 30%.

Além disso, o deputado se contrariou à inclusão do espanhol como idioma obrigatório, visto que criaria despesa pública de caráter continuado, principalmente para os estados. Ele disse que o espanhol pode ser obrigatório, desde que a rede estadual adote isso. “Não dá para impor essa regra ao Brasil todo“, afirmou.

Já o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) mostrou um recurso para voltar a obrigatoriedade. Ele destacou que o espanhol não é uma imposição de língua obrigatória, e sim uma opção em relação ao inglês. “Não estamos obrigando os estudantes a escolher a língua espanhola: 70% dos estudantes que fazem o Enem escolhem o espanhol“, disse.

*Com informações da Agência Câmara 

Universidade brasileira cria ferramenta de IA capaz de diferenciar fatos de notícias falsas


Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal Fluminense (UFF) desenvolveu um método para detecção de notícias falsas, as chamadas fake news, nas redes sociais, com o uso de inteligência artificial (IA). A técnica é fruto de estudo desenvolvido pelo engenheiro de telecomunicações Nicollas Rodrigues, em sua dissertação de mestrado pela universidade.

O estudante e seu orientador, Diogo Mattos, professor do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Redes de Nova Geração da UFF, desenvolveram uma ferramenta de IA capaz de diferenciar fatos de notícias falsas, a partir da análise de palavras e estruturas textuais, com precisão de 94%.

Ou seja, a cada 100 notícias analisadas, a ferramenta conseguia acertar se era fato ou boato em 94 situações. No total, foram analisadas mais de 30 mil mensagens publicadas na rede social X (antigo Twitter). A primeira metodologia consistiu em abastecer um algoritmo com notícias verdadeiras e o treinaram a reconhecê-las. Aquelas que não se encaixavam no perfil aprendido, eram classificadas como fake news.

A outra abordagem é semelhante à primeira no que se refere à análise textual, mas em vez do uso de algoritmo, foi utilizada metodologia estatística, que analisa a frequência em que determinadas palavras e combinações de palavras aparecem nas fake news. Os resultados do trabalho podem se transformar em ferramentas úteis para o usuário da internet identificar notícias que apresentam indícios de fake news e, assim, ter cautela maior com aquela informação.

“Pode-se transformar a ferramenta em um plugin [ferramenta que apresenta recursos adicionais ao programa principal] compatível com algumas redes sociais. E, a partir do momento em que você usa a rede social, o plugin vai poder indicar não que a notícia é falsa, de maneira assertiva, mas que ela pode ser falsa, de acordo com alguns parâmetros, como erros de português. Também existe a possibilidade de fazer uma aplicação na própria web, onde você cola o texto da notícia e essa aplicação vai te dizer se aquilo se assemelha ou não a uma notícia falsa”, explica Rodrigues.

Agência Brasil

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