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Foto Divulgação/Agência Pará |
Mais de 7 mil casos da Febre Oropouche já foram registrados em todo o país, alertando autoridades e especialistas para os riscos associados à doença. Essa doença é monitorada em cinco cidades cearenses e acende um alerta para as gestantes por possivelmente estar associada a microcefalia em recém-nascidos.
Além da dengue, zika e chikungunya, a Febre Oropouche é outra arbovirose que tem gerado preocupação entre a população e os especialistas da área da saúde.
De acordo com Antônio Lima Neto, secretário executivo de Vigilância em Saúde, “a Febre Oropouche era uma doença conhecida no Brasil há bastante tempo, mas ela estava exclusivamente na região amazônica”. Contudo, desde de 2023, casos fora dessa região têm sido identificados, ampliando o entendimento sobre a transmissão e os aspectos clínicos da doença.
Com 40 casos da Febre Oropouche confirmados no Ceará, a Secretaria de Saúde já iniciou ações de combate e monitoramento. Até o momento Redenção, Palmácia, Pacoti, Mulungu e Aratuba são as cidades mais afetadas pela arbovirose. Um alerta especial foi lançado devido às possíveis associações da doença com a microcefalia, conforme apontam estudos do Instituto Evandro Chagas ligado ao Ministério da Saúde.
Pesquisadores encontraram evidências de transmissão vertical da doença, onde o vírus pode ser passado da mãe para o bebê durante a gestação. Isso levou o Ministério da Saúde a emitir um alerta, destacando casos onde a infecção pelo Oropouche esteve associada a complicações graves, incluindo perda fetal em Pernambuco. “Isso não significa necessariamente que a morte do bebê foi por conta do vírus, mas é um evento que deixa a gente, digamos assim, em alerta” explica o secretário.
Iara Letícia, grávida de seis meses, expressa sua preocupação com a prevenção: “Quando eu vou para locais que têm lagos, sempre procuro usar roupas mais compridas e passar repelente, porque a gente sabe o quanto é perigoso, principalmente estando grávida.”
Os sintomas da Febre Oropouche incluem febre, dor de cabeça, dor muscular, tontura, náuseas e vômito, sendo transmitida pela picada do mosquito. “É importante alertar as pessoas sobre a proteção ao ar livre, o uso de repelente e roupas que cobrem braços e pernas, já que o mosquito tem hábitos de picar ao ar livre, próximo a áreas residenciais e plantações”, afirma Neto.
Com informações do Portal GC Maís.
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