Web Radio Cultura Crato

sábado, 10 de novembro de 2018

Nove mulheres foram mortas na primeira semana de novembro no Ceará. No ano, 406

Em apenas oito dias do mês de novembro, nove mulheres foram assassinadas no Ceará. O caso mais recente ocorreu na tarde desta quinta-feira (8), quando duas adolescentes foram mortas, a tiros, no Parque São José, em Fortaleza. Horas antes, ainda na madrugada, o cadáver de outra jovem foi encontrado com marcas de violência, no bairro Jacarecanga, também na Capital. No dia anterior, uma mulher e seu marido foram encontrados esquartejados, no bairro Passaré. Com os últimos casos, o Ceará já registra em 2018, 406 assassinatos de mulheres, contra 348 casos no ano inteiro de 2017.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP), da Polícia Civil, busca imagens captadas por câmeras instaladas próxima ao cruzamento da Avenida Cônego de Castro com a Rua Bernardino de Campos, no Parque São José. Naquele local, as duas adolescentes foram sumariamente executadas minutos após desembarcarem de um ônibus em um ponto próximo a um supermercado. A Polícia suspeita que elas estavam sendo seguidas pelos assassinos.

As duas garotas caminharam apenas alguns metros após descerem do coletivo, e acabaram sendo surpreendidas pelos assassinos. Conforme o relato de testemunhas oculares, desconhecidos estavam em um veículo modelo Fiat e saíram do carro já com armas nas mãos. Eles dispararam cerca de 10 tiros, matando as duas adolescentes no meio da rua. Elas caíram na calçada. Os corpos ficaram distantes cerca de 15 metros um do outro. A PM foi acionada e isolou a cena do crime.

Botijão de gás fica mais caro a partir desta segunda-feira

O botijão de gás de cozinha vai ficar mais caro a partir de segunda-feira, 12, no Ceará. Com reajuste de 8,5% nas refinarias, cerca de R$ 1,97 por produto, determinado no último dia 5 pela Petrobras, o preço que hoje é em média R$ 73 a R$ 75 deve chegar aos R$ 80. 

As informações são de Luciano Holanda, presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Ceará (Sincegás). "Além do reajuste da Petrobras, no dia 1º de novembro a Sefaz (Secretaria da Fazenda) determinou acréscimo de R$ 0,61 por botijão. Nós ainda não repassamos esses valores para o consumidor, porque ainda estávamos com o estoque antigo, mas segunda já começa a vigorar o preço mais elevado", comenta. Desde janeiro, a Petrobras reajusta o gás trimestralmente. Em janeiro e abril, os valores foram reduzidos e em julho, elevados.De acordo com o presidente do Sincegás, desde 2016 os aumentos no preço do produto têm sido constantes e "nem tudo é repassado para o consumidor". "Os revendedores arcaram com parte", aponta. No período, conforme Holanda, houve uma retração das compras em cerca de 8%. 

Para não ter perdas de receita, comerciantes do Centro de Fortaleza que dependem diretamente do gás para produzir os alimentos vendidos têm montado estratégias. Consumindo três botijões por semana, o vendedor de batatinha frita Jefferson Ferreira Gomes, 30, não repassa o aumento do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para o preço da batatinha. 

"Em compensação, diminuo a medida. Antes usava um copo de 180 ml, hoje é um de 150 ml. Continuo vendendo por R$ 2, mas ainda assim, se continuar aumentando, a batatinha vai ficar mais cara", lamenta. Ele compra o produto por R$ 65, devido à quantidade, mas já foi informado que o valor passará para R$ 70. 

As precificações são semelhantes aos que a cozinheira e vendedora de acarajé Ieda Gonçalves, 54, encontra. "Com esse aumento, claro que influencia, mas a gente não coloca pro consumidor. Na medida em que eu permaneço com meu preço, a venda aumenta. Aí cobre o valor. É a estratégia, porque se eu for repassar todo o aumento que eu tiver, vou perdendo cliente", entende. 

Ela gasta no carrinho de acarajé cerca de três botijões por mês. Em casa, o gás, que também é usado nos preparos dos insumos do quitute, não passava de 20 dias. Mas Ieda achou uma solução. "Há 15 dias gastei R$ 1,2 mil em uma fogão ecológico, em que uso a quenga seca do coco como fonte de calor. Só não uso ele pra fazer o vatapá (do acarajé) que ainda é no fogão convencional. Mas pelo preço que o botijão vai, vou tirar esse investimento rapidinho". 

Antônio Carlos Monteiro, 36, lembra com saudade o tempo em que o botijão era R$ 50. "Isso já faz uns quatro anos. Era um preço razoável. Nesse tempo, a gente vendia a pipoca a R$ 1, hoje por R$ 2 e do jeito que vai é capaz de ter de aumentar. O negócio tá cada vez mais apertado, dificulta demais o nosso trabalho".
 
Com informações do O Povo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário