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terça-feira, 24 de setembro de 2019

Empresas de ônibus já contabilizam R$ 3,6 milhões de prejuízos com ataques, no Ceará

Com a frota reduzida em até 70 por cento nas ruas da Grande Fortaleza, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) fez, na manhã desta terça-feira (24),um balanço dos ataques sofridos e dos prejuízos causados pela destruição dos veículos. De acordo com a entidade, até agora, nove ônibus foram completamente destruídos. Com a perda total, os prejuízos já somam R$ 3,6 milhões.

Ainda segundo o sindicato, além de nove veículos com perda total, outros dois tiveram danos parciais e houve, ainda, uma tentativa frustrada de incêndio. O Sindiônibus informou que as ocorrências desta segunda-feira foram registradas entre as 12h41 e 18h50. Diante dos repetidos atentados, a frota foi reduzida e os veículos em circulação contam a presença de policiais militares durante as viagens.

Cada ônibus destruído custa, em média R$ 400 mil. Conforme a entidade, “Além dos transtornos na oferta do serviço de transportes para a população em geral, os ataques causam imenso prejuízo financeiro às empresas. Os ônibus não possuem seguro contra esse tipo de dano (crime), em razão do alto valor cobrado pelas seguradoras”.

No levantamento feito pelo sindicato, todos os ônibus incendiados faziam parte de linhas da Capital e da Região Metropolitana, não constando ônibus de fretamento, e de turismo.

Terça-feira começa com incêndios a ônibus em Canindé e Jucás. Menor é apreendido

Uma sucessão de ataques criminosos – com incêndios a ônibus, a veículos do transporte escolar, a carros de empresas privadas e a prédios públicos, abala moradores de cidades do Interior do Estado e da Grande Fortaleza.

As ações criminosas começaram na noite de sexta-feira, se intensificaram de domingo para segunda-feira e marcam a madrugada desta terça-feira, com incêndios a ônibus na cidade de Canindé e Jucás, onde a polícia conseguiu apreender um menor envolvido no atentado. 

Ônibus queimados em Canindé.
Os ataques criminosos mobilizaram o Governo do Estado, exigiram a suspensão da agenda que o governador Camilo Santana cumpria em São Paulo e provocaram uma reunião de emergência da cúpula da Segurança Pública.

Camilo se reuniu com os secretários de Segurança Pública e da Administração Penitenciária, com os comandos das Polícias Civil, Militar, Rodoviária e do Corpo de Bombeiros para o anúncio de medidas de combate à criminalidade. O Secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, alertou os comandantes das polícias para ações de enfrentamento ao crime organizado.

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