Uma pessoa magnífica e sempre sorridente. É assim que os amigos lembram de Ingridh Nohana Carvalho Melo, de 20 anos, sepultada nesse sábado, 2, após ser encontrada morta em um motel do bairro Henrique Jorge na madrugada da sexta-feira, 1º. O homem que a acompanhava no estabelecimento foi preso por feminicídio, embora negue o crime.
A notícia deixou em choque a família e os amigos de Ingridh. Conforme o ex-namorado dela, Michael Hiarley, as pessoas próximas a ela não conheciam o homem preso pelo crime, identificado como João Victor Barbosa Pereira.
Conforme narra Michael, a família começou a sentir falta de Ingridh na manhã de sexta. Michael diz que achava que ela tinha saído para alguma balada. Uma publicação com a foto de Ingridh e os dizeres “desaparecida” chegou a ser feita e divulgada nas redes sociais.
Por volta das 15 horas, quando "bateu o desespero", Michael conta que acessou pelo notebook de Ingridh o rastreamento do celular dela. A ferramenta apontava para o motel onde ela foi encontrada morta. A última vez em que ela esteve online foi às 2h53min.
Em seguida, Michael viu a matéria do O POVO sobre uma mulher ter sido encontrada morta em um motel. "Eu liguei os pontos e fui ao IML com os documentos. Mas como não sou parente de primeiro grau, eu não pude reconhecer oficialmente. Mas tive a confirmação lá".
Michael conta que Ingridh estudava para ingressar no curso de Medicina. Seu sonho era ser pediatra, por causa do afilhado. Para o ex-namorado, que continuou próximo a ela mesmo tendo terminado o relacionamento, fica a imagem de uma mulher para quem "não tinha tempo ruim".
"Ela fazia tudo por todos", diz. "E sempre quis mostrar para o mundo o quão boa ela poderia ser". O perfil dela em uma rede social tornou-se espaço de homenagens e de cobranças por justiça. “Vou sentir falta da animação que você deixa sempre por onde passa", escreveu uma amiga. “Menina cheia de vida”, disse outro amigo.
As postagens ainda traziam a hashtag #justicaporingridh. “Vou fazer tudo o que for possível para ter justiça”, afirma Michael.
Sobre o caso
Conforme o auto de prisão em flagrante, João Victor disse que encontrou Ingridh passando mal após deixar o quarto para pagar a conta do motel e ter retornado. Funcionários, porém, disseram que ele tentou sair sozinho e chegou a se passar por Ingridh em uma ligação feita por uma funcionária que buscava saber informações sobre ela.
Laudo médico apontou que a causa da morte foi insuficiência respiratória decorrente de constrição cervical, ou seja, estrangulamento. João Victor foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça em audiência de custódia.
Conduzido ao 27º Distrito Policial, João Victor afirmou que "de forma alguma tentou contra a vida da vítima".
Fonte: O Povo
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