A Justiça Federal, em São Paulo, condenou, um cidadão russo a 15 anos de prisão por uso de documento falso no Brasil.
Sergey Vladimirovich Cherkasov, de 36 anos, é apontado por autoridades holandesas e brasileiras como um espião russo que tentava entrar com identidade brasileira para um estágio no Tribunal Penal Internacional, em Haia. Cherkasov e seus advogados negam as acusações.
De acordo com as investigações, o russo usava a identidade de um cidadão brasileiro de nome Viktor Muller Ferreira, de 33 anos. Cherkasov foi preso em abril e deportado para o Brasil.
Segundo o “The Guardian”, o espião faz parte de um programa da Rússia de “ilegais”, um esquema do governo russo que existia na época da Guerra Fria e foi restaurado por Vladimir Putin pelo qual os agentes criam uma identidade falsa em um novo país.
A condenação foi na segunda-feira, 27, na 5ª Vara Federal de Guarulhos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, por dez anos, entre 2012 e 2022, Cherkasov usou documentos em nome de Viktor Ferreira para entrar e sair do Brasil por 15 vezes. Essas entradas aconteceram pelos aeroportos internacionais de Guarulhos (SP) ou do Galeão (RJ).
A primeira entrada do cidadão russo no Brasil aconteceu em 2010, ainda com a sua documentação original. Na ocasião, ele deixou o país usando os documentos em nome de Viktor Ferreira.
As agências de inteligência de países do Ocidente apontam que, na verdade, ele é um russo a serviço da GRU, o órgão de espionagem dos militares russos.
Segundo as autoridades holandeses, como brasileiro, ele queria entrar na sede do Tribunal Penal Internacional para investigar supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
Créditos: G1.
Ex-Prefeito afastado por corrupção tentou subir ao palanque para discursar mas levou uma surra da população; VEJA VÍDEO
A inauguração da Policlínica do Lago de Tucuruí, no sudeste do Pará, foi marcada por uma confusão envolvendo políticos e assessores da cidade na manhã deste sábado (25).
O evento tinha aproximadamente 3 mil pessoas e teve a presença do governador Helder Barbalho (MDB) e outras autoridades estaduais.
Um vídeo mostra o momento em que o ex-prefeito da cidade, Artur de Jesus Brito (União Brasil), foi atingido com uma garrafa de água, quando começam as agressões generalizadas.
As agressões em socos e empurrões começaram no momento em que anunciavam a subida do governador ao palanque, também quando o ex-prefeito se aproximava do palco.
A Polícia Militar estava no local e agiu para tentar impedir o tumulto. Ainda não há confirmação de quem atirou a garrafa no ex-prefeito Artur Brito, que já foi afastado do cargo em junho de 2018, por suspeitas de atos de improbidade administrativa.
Brito havia assumido a cidade após o assassinato do prefeito Jones William da Silva Galvão (MDB), morto a tiros no dia 25 de julho de 2017. Jones foi abordado por dupla em uma moto enquanto fazia a vistoria de uma operação tapa-buracos na estrada que liga a cidade ao aeroporto. Ele foi atingido no peito e na cabeça pelos disparos.
Artur Brito e familiares dele, incluindo a mãe, foram denunciados pela autoria do crime; além de ex-chefe de gabinete e empresário. Três pessoas supostamente envolvidas na execução tiveram pedido de prisão preventiva. À época das denúncias, Artur de Jesus Brito alegava que ele e seus familiares são inocentes.
O governo estadual disse que não vai se posicionar sobre a confusão na inauguração da policlínica. O g1 também solicitou nota da prefeitura, mas ainda não havia obtido resposta até a publicação da reportagem.
A assessoria do ex-prefeito Artur Brito se manifestou acerca do episódio neste domingo (26). A defesa informou que Brito registrou um boletim de ocorrência, denunciando os crimes de ameaça, tentativa de agressão corporal, injúria, calúnia, difamação e incitação à violência.
Sobre as suspeitas no caso da morte do prefeito Jones William, a defesa diz que são “boatos sem fundamento” e que “desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará ao rejeitarem, à unanimidade, recurso do Ministério Público e da assistência de acusação que tentava vincular o ex-prefeito de Tucuruí, Athur Brito e seus familiares, ao assassinato do então prefeito, os magistrados rechaçaram qualquer hipótese de prisão dos acusados, confirmando o que o juízo de 1º grau já referendara: trata-se de acusações de ‘ouvi dizer'”.
Créditos: G1.
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