Há três décadas, um talento nascido no interior do Ceará revolucionava o humor cearense. Luciano Lopes, humorista e ator, comemora 30 anos dando vida à icônica Luana do Crato, personagem que combina irreverência, feminismo e uma dose de sátira política e social.Foto Reprodução
Luciano, natural do Crato, cresceu cercado pela cultura popular. A conexão com o teatro surgiu ainda na adolescência, mas, na época, seguir carreira artística não estava nos planos.
A ideia de criar Luana nasceu de uma simples montagem escolar, como relembra: “Minha irmã montou um espetáculo chamado Cabelo Adormicida, e foi minha primeira vez no teatro. Quando vi o palco, pensei: é isso que quero fazer.”
Já em Fortaleza, a personagem ganhou novos contornos. Inicialmente batizada apenas como Luana, foi em um festival de humor que o nome completo se consolidou. Luciano explica:
“Participei de um festival em 1999, e quem apresentava era o Paulo Diógenes. No camarim, o Zé Modesto sugeriu: ‘Luana é um nome comum. Por que não Luana do Crato?’ Foi aí que ela nasceu oficialmente.”
A construção de Luana é detalhista e carregada de referências pessoais. Luciano descreve o processo como uma verdadeira metamorfose: “A transformação começa pelos pés, com a meia-calça, depois vem a calcinha, porque Luana é uma mulher e precisa estar bem apresentada. O sapatinho boneca, por exemplo, é uma lembrança do Crato e uma referência à Escolástica, personagem de Paulo Diógenes. Já o penteado foi inspirado na minha avó materna.”
Ao longo dos anos, Luana evoluiu sem perder sua essência. Inicialmente, as apresentações focavam nas histórias simples do interior. Hoje, com figurino mais sofisticado, Luana também aborda questões sociais, como o empoderamento feminino. “A Barbie é um símbolo. Ela é médica, advogada, sereia, o que quiser. Nada é do Ken, até ele pertence à Barbie. Esse é o tipo de mensagem que Luana carrega: a mulher dona de sua vida, sua ação, sua situação.”
Luciano conta que sua vivência com as irmãs e mulheres da família foi essencial para moldar os textos da personagem: “Convivi com mulheres fortes desde cedo. Após o falecimento da minha mãe, fui morar com minhas irmãs, e ali entendi como o feminino era tratado em um ambiente familiar. Hoje, transformo essas experiências em humor, para que as pessoas riam e reflitam.”
Para Zebrinhas, humorista e colega de profissão, Luciano é um marco na história do humor cearense: “O humor no Ceará não pode ser contado sem falar de Luciano Lopes e sua Luana do Crato. Ele trouxe um novo patamar para o humor do estado.”
Consagrada nos palcos de Fortaleza e do Ceará, Luana do Crato é mais do que uma personagem. Ela é um símbolo de resistência, autenticidade e criatividade. E, para Luciano, o segredo é claro: “Estar cercado de boas pessoas e se reinventar sempre.”
Hoje, aos 30 anos, Luana continua sendo “a cara de Fortaleza” e um ícone do riso no Ceará.
Com informações do Portal GC Mais.
Brasil deve receber mais de 8 milhões de doses de vacinas contra o coronavirus
Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil |
O Ministério da Saúde confirmou a chegada de mais de 8 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 nas próximas semanas. Esse volume será suficiente para manter os estoques abastecidos por até seis meses, garantindo a continuidade da vacinação em todo o País.
A remessa inclui um lote de 3 milhões de doses destinadas a maiores de 12 anos e 2 milhões de doses para crianças. A entrega está prevista para a primeira quinzena de dezembro.
Segundo o Ministério da Saúde, o cronograma prevê a chegada do primeiro lote de 3 milhões de doses da vacina adaptada à cepa JN.1, cuja aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ocorreu no dia 22 de novembro.
O plano inclui imunizações para bebês, crianças e adultos. As vacinas serão distribuídas aos estados de acordo com a demanda e capacidade de armazenamento.
Vacinas contra a covid-19 são prioridades após aumento de casos
O diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, destacou que a manutenção do estoque de vacinas é prioridade do Ministério da Saúde. “O vírus ainda está circulando e isso exigiu uma revisão da estratégia de vacinação. A doença não é sazonal, por isso disponibilizamos as doses durante todo o ano”, explicou Eder.
Ele reforçou ainda que a vacinação contra a Covid-19 passou a fazer parte da rotina de imunização, após o fim do cenário pandêmico. Segundo o Ministério da Saúde, o PNI distribui atualmente cerca de 300 milhões de doses por ano para os 5.570 municípios brasileiros, enfrentando desafios logísticos impostos pela extensão e diversidade territorial do País.
Para isso, será lançado um painel digital que permitirá monitorar os estoques de vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A plataforma promete mais transparência e agilidade na gestão dos imunizantes.
Com informações do O Povo.
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