Por que esse horror só
está sendo escancarado no novo governo? Ministério da Saúde decreta emergência
de saúde pública para combater desassistência de indígenas Yanomami | Saúde |
G1 https://g1.globo.com/saude/noticia/
O
Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública para enfrentar à desassistência sanitária das
populações em território Yanomami. A portaria foi publicada em edição
extra do "Diário Oficial da União" nesta sexta-feira (20), após o
registro de casos de desnutrição severa e de malária.
Ainda
nesta sexta, o presidente Lula (PT) decretou a criação Comitê de Coordenação
Nacional para discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para
prestar atendimento a essa população. O plano de ação deve ser
apresentado no prazo de quarenta e cinco dias, e o comitê
trabalhará por 90 dias, prazo que pode ser prorrogado.
De acordo
com a portaria, será estabelecido e mobilizado o Centro de Operações de
Emergências em Saúde Pública (COE - Yanomami) como mecanismo nacional da gestão
coordenada da resposta à emergência no âmbito nacional. A gestão do COE estará
sob responsabilidade da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), em caráter de
emergência.
O
presidente Lula vai a Roraima neste sábado
(21) para tratar sobre a crise sanitária na saúde na Terra
Yanomami. A previsão é que ele chegue a Boa Vista às 9h30 (10h30 de
Brasília).
Lula deve
visitar dois Distritos Sanitários - há dois em Roraima: o Yanomami e o Leste,
responsável pela saúde dos indígenas que não são do povo Yanomami. Os demais
detalhes da visita ainda estão sendo fechados pela equipe da presidência.
Missão de
diagnóstico da situação dos indígenas
Na
segunda-feira (16), o Ministério da Saúde enviou uma equipe
multidisciplinar para a Terra Indígena Yanomami, na floresta
amazônica, com o objetivo de fazer um diagnóstico sobre a situação da saúde dos
indígenas e, a partir daí, traçar as ações para enfrentar a crise sanitária
vivida na região.
Localizado
nos estados de Roraima e Amazonas, o território é alvo de garimpo ilegal, que
acarreta diversas mazelas para os habitantes - em torno de 30,4 mil.
Casos de
desnutrição e malária são muito comuns na população local, que sofre ainda com
a falta de atendimento médico regular. Estudo do Unicef (braço da Organização
das Nações Unidas para a infância) e a Fiocruz aponta que oito em cada dez
crianças menores de 5 anos têm desnutrição crônica - nas regiões de Auaris e
Maturacá - dentro da terra indígena.
Em
entrevista ao g1, o secretário de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Weibe
Tapeba, primeiro indígena a ocupar o cargo, já havia dito que a sua prioridade número um
seria combater esses males na Terra Yanomami.
https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/01/20/ministerio-da-saude-decreta-emergencia-de-saude-publica-para-combater-desassistencia-de-indigenas-yanomami.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=materias
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