Arruda protegeu acampamento e chegou a sugerir confronto entre Exército e PM do Distrito Federal. "O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”, teria dito
Os ministros Flávio Dino, José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil)
se reuniram naquela mesma noite com o general Arruda. Foi quando o comandante
do Exército peitou o ministro da Justiça.
O general exigiu que os ônibus dos golpistas, que haviam sido
apreendidos pela Polícia Militar por ordem de Dino, fossem devolvidos. O
ministro da Justiça afirmou que não devolveria porque era prova de crime e
assim seriam tratados.
O general, subindo o tom de voz, insistia que ninguém seria preso no
acampamento, conforme relatou a repórter Marina Dias. Dino também elevou a voz
e manteve a ordem.
Neste momento, os dois já estavam em pé e o clima prenunciava uma briga
ainda mais dura.
Rui Costa interveio e conduziu a conversa para uma conciliação. Ficou
acordado que as prisões não seriam naquela hora, mas sim no dia seguinte de
manhã.
A demissão de Arruda foi sacramentada quando chegou a Lula a informação
de que Arruda não demitiria o tenente-coronel Mauro Cid.
Cid era o principal ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e cuidava até
das contas pessoais da família – uma espécie de Fabrício Queiroz do Palácio do
Planalto –, e hoje está lotado no 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia.
Trata-se de uma das unidades do Comando de Operações Especiais do Exército, e,
por estar nos arredores de Brasília, passível de ter que ser acionada para
garantir a segurança da capital.
FONTE: https://www.brasil247.com/poder/general-demitido-do-comando-do-exercito-colocou-dedo-na-cara-de-cappelli-e-peitou-dino#.Y81LJgI8oT8.twitter
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