A prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foi, segundo ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), um recado também aos militares que defendem a pressão feita pelo general Eduardo Villas Bôas sobre a Corte no julgamento da prisão de Lula, em 2018.
Villas Bôas deu detalhes da publicação de um célebre tuíte que ele publicou na véspera do julgamento, dizendo que o Exército compartilhava um “anseio de repúdio à impunidade”. A mensagem teria sido escrita com a ajuda de outros integrantes da cúpula das Forças Armadas.
Daniel Silveira atacou o ministro Edson Fachin, do STF, que fez uma nota repudiando a fala do general. “Seja homem uma vez na vida e prende o Villas Bôas”, disse o parlamentar em vídeo divulgado na terça (16).
Um dia antes, o próprio Villas Bôas ironizou Fachin ao escrever, também no Twitter, que ele só se manifestara sobre a mensagem de 2018 “três anos depois”.
Para os magistrados, tanto a atitude do general quanto a do deputado fazem parte de um mesmo movimento antidemocrático e de ameaça às instituições.
Mônica Bergamo/Folhapress
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