O ex-presidente Lula, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, não confirmou se pretende lançar candidatura à Presidência em 2022, mas disse que “se for necessário para derrotar o bolsonarismo “, ele se colocará “à disposição”. No entanto, caso concorra, o ex-presidente dependerá de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para restabelecer seus direitos políticos. As informações são do portal UOL.
“Vai depender das circunstâncias políticas e em que momento for decidido. Vai depender do PT, das candidaturas, das alianças políticas que a gente for fazer, se vai ser necessário ou não eu ser candidato”, afirmou Lula , em entrevista ao portal. “Eu já fui presidente, não necessariamente preciso novamente ser presidente”.
Para que Lula participe da corrida eleitoral, é necessário haver “uma razão maior”, de acordo com ele. “Eu tenho certeza de que, se for necessário para derrotar o tal bolsonarismo, não tenha dúvida nenhuma de que me colocarei à disposição”, acrescentou.
No entanto, ele disse que, caso não seja candidato, estará “inteiro para ser cabo eleitoral”. O ex-presidente ainda defendeu que os partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) lancem candidaturas próprias no primeiro turno, para que possam se aliar no segundo. “Objetivamente, acho que [o PT] tem de ter candidato no primeiro turno. Como você vai escolher o candidato de uma frente ampla, qual o critério?”, questionou.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que vai se lançar como candidato à Presidência em 2022 , foi definido como “cidadão que é bom de bola, mas não sabe fazer o jogo coletivo” por Lula. “O Ciro passa o ano inteiro atacando o PT e nas eleições quer que o PT apoie o Ciro. Isso é impossível, já conversei com ele disso, ele sabe disso”, disse ele. No entanto, Lula garantiu que, caso Ciro chegue a um segundo turno contra Bolsonaro, ele terá o apoio do PT.
(Folha da República)
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