Para que a comercialização seja definitivamente liberada, é necessário ainda o aval das autoridades.
Em breve, larvas de farinha devem entrar nas mesas de jantar das famílias europeias. Em janeiro, o órgão de segurança alimentar do bloco econômico (EFSA) aprovou preliminarmente o consumo de larvas amarelas do besouro Tenebrio molitor.
Na prática, a decisão da agência abre caminho para que os insetos sejam utilizados, inteiros ou secos, em temperos como curry, em receitas, ou farinha de biscoitos, massas e pão. Contudo, para que a comercialização seja definitivamente liberada, é necessário ainda o aval das autoridades. Se a medida passar, os produtos com base nos insetos comestíveis serão vendidos aos 27 países do bloco.
Após a avaliação de risco, a agência reguladora verificou que as larvas da farinha são seguras para consumo humano, por serem compostas de proteína, gordura e fibra. Outras pesquisas ainda são necessárias para analisar possíveis reações alérgicas.
– A avaliação de risco é um passo decisivo e necessário na regulamentação de novos alimentos, ajudando os formuladores de políticas da UE a tomar decisões com base científica e garantindo a segurança do consumidor – afirmou Ermolaos Ververis, representante científico da EFSA.
Um porta-voz da indústria da criação de insetos da Europa comemorou a decisão e disse que espera que a liberação definitiva ocorra em meados de 2021.
De acordo com informações do portal da Agence France-Presse (AFP), a EFSA da Itália tem realizado outros estudos do tipo e, em breve, examinará o consumo de grilos e gafanhotos.
Desde 2018, a EFSA já recebeu 156 pedidos de avaliações de segurança para novos tipos de alimentos que derivam desde de algas a diferentes espécies de insetos.
(Thamirys Andrade / Pleno News)
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