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terça-feira, 20 de outubro de 2020

CEARÁ: ESTADO MAIS VIOLENTO DO PAÍS COM AUMENTO DE 96% DE HOMICÍDIOS

 Os dados foram revelados pelo Anuário Brasileiro da Segurança Pública nesta segunda.

O Ceará praticamente dobrou o número de assassinatos em 2020 em comparação a 2019 e lidera atualmente o ranking do s estados brasileiros com maior aumento de homicídios no País. O aumento chegou a 96 por cento, enquanto a Paraíba, o segundo na lista, teve acréscimo de apenas 19,2 por sento nos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs). A matança no Ceará não tem concorrência no País.

Os dados que mostram o desastre na Segurança Pública do estado estão contidos na 14ª edição do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, publicado nesta segunda-feira (19). DE acordo com as estatísticas, a alta do número de assassinatos aconteceu em todo o Brasil, mesmo em tempos de pandemia, quando o isolamento social deixou desertas as cidades brasileiras.

No Brasil, o aumento dos assassinatos foi da ordem de 7,1 por cento, na comparação do primeiro semestre deste ano com igual período de 2019, saltando de 24.012 mortes violentas para 25.712. Mas no Ceará a situação foi drástica, com quase o dobro no aumento dos CVLIs em geral, que incluem os homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte), feminicídio, lesão corporal seguida de morte, mortes por intervenção policial e assassinatos nas unidades do Sistema Penitenciário.

Ainda de acordo com o Anuário – que está sendo apresentado oficialmente nesta segunda-feira em coletiva de Imprensa na cidade de São Paulo – o aumento dos homicídios no País quebra uma sequência de queda que aconteceu entre 2017 e 2019. Em 2019, por exemplo, o País teve queda de 17,5 por cento nas mortes violentas e intencionais em comparação a 2018, passando de 57.574 crimes para 47.773.

O Anuário da Segurança Pública 2020, que é produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou também que no país as mortes por intervenção policial aumentaram de 2019 para 2020 na ordem de seis por cento, passando de 3.002 casos para 3.181.

Veja a seguir, o ranking dos 14 estados mais violentos do País: *

Ceará (96.6%)

Paraíba (19.2%)

Maranhão (18.5%)

Espírito Santo (18.5%)

Sergipe (16.85)

Alagoas (15.1%)

Paraná (14.8%)

Santa Catarina (14%)

Rondônia (13.4%)

Tocantins (12.5%)

Pernambuco (11.8%)

Rio Grande do Norte (11.8%)

Bahia (10.1%)

São Paulo (8.2%)

(*) Taxa de aumento dos homicídios no primeiro semestre na comparação 2019/2020.

Via CN7

Brasil tem 147,9 milhões de eleitores aptos a votar no dia 15/11

O contingente elegerá novos prefeitos e vereadores em 5.569 municípios em 15 de novembro. Não participam da votação neste ano os eleitores do Distrito Federal e de Fernando de Noronha, que não têm prefeito, e os brasileiros registrados no exterior, que só podem votar em trânsito nas eleições gerais a cada quatro anos.


Biometria

Por causa da pandemia de covid-19, a Justiça Eleitoral excluiu a biometria como meio de identificação nas eleições deste ano. Mesmo assim, a coleta dos dados biométricos continuou a aumentar em 2020. Em dezembro do ano passado, pouco mais de 113,5 milhões de pessoas tinham feito o procedimento, o equivalente a 76% do eleitorado. Em agosto deste ano, quando foi encerrado o registro para as eleições municipais, 117.594.975 pessoas estavam identificadas pela biometria, 79.5% do eleitorado.


Perfil

Na divisão por gêneros, as mulheres somam 77.649.569 eleitores (52,49%) do total. Os homens totalizam 70.228.457 eleitores (47,48%). Outras 40.457 pessoas não declararam o gênero, representando 0,03% do eleitorado. Um total de 9.985 pessoas usarão o nome social no título de eleitor, prática autorizada pela Justiça Eleitoral desde 2018.

Em relação ao grau de instrução, a maior parte dos eleitores informou ter o ensino médio completo, com 37.681.635 (25,47%) pessoas nessa condição. A faixa de menor escolaridade, com ensino fundamental incompleto, vem em segundo lugar, com 35.771.791 eleitores (24,18%), seguida pelo contingente com ensino médio incompleto, com 22.900.434 (15,48%). Somente 10,68% do eleitorado, que somam 15.800.520 pessoas, têm nível superior completo.

Um total de 1.158.234 eleitores se declararam com alguma deficiência em 2020. O número representa aumento de 93,58% na comparação com as 598.314 pessoas que haviam afirmado ter alguma limitação física em 2016. Segundo o TSE, o aumento não significa necessariamente alta na participação de pessoas com deficiência, porque as estatísticas se baseiam em autodeclarações do cidadão no momento do registro eleitoral.


Estados e municípios

Na comparação com 2016, o estado com maior incremento no eleitorado foi o Amazonas, cujo número de eleitores ativos subiu 7,88%, para 2.503.269. O único estado com redução no total de eleitores foi o Tocantins, com queda de 0,17% nos últimos quatro anos, de 1.037.063 para 1.035.289.

Maior colégio eleitoral do país, o estado de São Paulo tem 33.565.294 eleitores aptos a votar em 2020, alta de 2,69% em relação a 2016. Na comparação por municípios, a capital paulista concentra o maior número de eleitores, com 8.986.687 no total.

O menor colégio eleitoral do país é Araguainha (MT), com 1.001 eleitores. A cidade, que estava nas mesmas condições na votação de 2016, havia perdido o posto para Serra da Saudade (MG) nas eleições gerais de 2018. Em 2020, o município recuperou o título. Também em Mato Grosso, o município de Boa Esperança do Norte escolherá prefeitos e vereadores pela primeira vez.


Voto facultativo

Nestas eleições, 14.538.651 pessoas têm a opção do voto facultativo, permitido a eleitores com 16 e 17 anos e a idosos a partir de 70 anos. Desse total, 1.030.563 são jovens, 8.784.004 têm entre 70 e 79 anos, e 4.658.495 têm entre 80 e 99 anos. Existem 65.589 idosos com mais de 100 anos aptos a votar em 2020.


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Mais informações podem ser obtidas no censo do TSE com o perfil do eleitorado brasileiro em 2020. O tribunal compilou os principais dados neste documento. Também é possível acessar o Repositório de Dados Eleitorais (RDE), que permite baixar tabelas com todos os dados do eleitorado e fazer cruzamentos estatísticos.
 
Fonte: Terra

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