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quinta-feira, 27 de março de 2025

Projeto de Lei que propõe tornozeleira eletrônica para agressor de mulher é debatido hoje no senado

 

Os senadores votam em Plenário na quarta-feira (26), a partir das 14h, um projeto de lei que submete quem pratica violência doméstica contra a mulher a monitoramento eletrônico — com tornozeleira eletrônica, por exemplo — durante a aplicação de medida protetiva de urgência.

O texto, já aprovado na Comissão de Direitos Humanos (CDH), é uma versão alternativa do senador Paulo Paim (PT-RS), que combinou o PL 5.427/2023, da Câmara dos Deputados, e o PL 5.512/2023, do senador Magno Malta (PL-ES). Os projetos tramitavam em conjunto e ainda poderiam passar pela Comissão de Segurança Pública (CSP), mas já constam da pauta do Plenário.

O relatório de Paim ainda prevê que o juiz pode disponibilizar dispositivo de segurança — como um aplicativo de celular ou “botão do pânico” — que alerte a vítima e a polícia em caso de aproximação ilícita do agressor. Isso porque a medida protetiva de urgência limita os locais que o infrator pode frequentar, com o objetivo de proteger a mulher.

Bolsas de estudo

Os senadores também podem votar o PL 475/2024, que proíbe a discriminação contra estudantes e pesquisadores, nos processos de seleção, por motivo de gestação, parto, nascimento de filho ou adoção.

O texto busca garantir a igualdade de direitos em bolsas de estudo e pesquisa das instituições de educação superior e das agências de fomento à pesquisa, segundo a relatora na Comissão de Educação e Cultura (CE), senadora Leila Barros (PDT-DF).

O projeto, da Câmara dos Deputados, considera critério discriminatório a realização de perguntas de natureza pessoal sobre planejamento familiar em entrevistas nos referidos processos de seleção. O agente que praticar a discriminação estará sujeito a instauração de procedimento administrativo, diz o texto.

Além disso, o PL estende em dois anos o período de avaliação da produtividade científica em caso de licença-maternidade, além do prazo originalmente estipulado pela instituição de fomento.

Direito a saneamento

Os senadores devem fazer ainda a segunda sessão de discussão em Plenário sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/2016, para incluir o saneamento básico — acesso à água, tratamento de esgoto e limpeza urbana — entre os direitos sociais dos cidadãos brasileiros.

A PEC foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 2022, sob relatoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE).

Para ser aprovado, o texto precisa passar por cinco sessões de discussão antes do primeiro turno de votação, e outras três em segundo turno. A PEC, proposta inicialmente pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), só segue à Câmara dos Deputados se houver no mínimo o apoio de 49 senadores nos dois turnos.

Fonte: Agência Senado

STF marca para 6 de maio julgamento do núcleo 4 da trama golpista

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para os dias 6 e 7 de maio o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) para tornar réus os acusados que pertencem ao chamado núcleo 4 da trama golpista que teria ocorrido durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A data do julgamento foi marcada pelo presidente da Primeira Turma da Corte, ministro Cristiano Zanin. O colegiado é responsável pelo julgamento das denúncias sobre a questão.

De acordo com a PGR, os denunciados do núcleo 4 são acusados de organizar ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e ataques virtuais a instituições e autoridades.

Fazem parte deste núcleo os seguintes investigados:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel),
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal);

Julgamento

O processo será julgado pela Primeira Turma do Supremo. O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada por este colegiado.

Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

Núcleos

Até o momento, somente a denúncia contra o núcleo 1 foi julgada. Na manhã de hoje, por unanimidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados viraram réus.

O núcleo 2 será julgado nos dias 29 e 30 de abril.  O grupo é composto por seis denunciados,  acusados de organizar ações para “sustentar a permanência ilegítima” de Bolsonaro no poder, em 2022.

A análise da denúncia contra o núcleo 3 será nos dias 8 e 9 de abril. Os denunciados deste núcleo são acusados de planejarem “ações táticas” para efetivar o plano golpista. O grupo é formado por 11 militares do Exército e um policial federal.

Fonte: Agência Brasil/ EBC

“Ao invés de chorar, caia na realidade”, diz Lula sobre Bolsonaro réu


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria “cair na realidade” por ter se tornado réu no julgamento sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil.

“Ao invés de chorar, caia na realidade e saiba que você cometeu um atentado contra a soberania desse país”, afirmou Lula em entrevista coletiva que encerrou sua visita de Estado ao Japão.

presidente disse que não daria “palpite” sobre o julgamento porque não conhece os autos do processo e que seria “presunção” dele fazer qualquer prognóstico sobre o caso.

No entanto, ele voltou a criticar a postura do ex-presidente.

“É visível por todas as provas que ele tentou contribuir para o meu assassinato, para o assassinato do vice-presidente, para o nosso assassinato do ex-presidente da Justiça Eleitoral Brasileira. E todo mundo sabe o que aconteceu nesse país. Não adianta agora ele ficar fazendo bravata, dizendo que está sendo perseguido. Ele sabe o que ele cometeu. Só ele sabe. Só ele sabe o que ele fez. Ele sabe que não foi correto”, disse Lula.

Além disso, o presidente também criticou novamente a ideia de anistia às pessoas condenadas pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023 – e a grupos ligados a Bolsonaro.

“Não adianta ficar pedindo anistia antes do julgamento. Quando ele pede anistia antes do julgamento, significa que ele está dizendo que foi culpado. Ele deveria provar a inocência dele, porque ele não precisava pedir anistia. Prova que é inocente e vai ficar livre e acabou”, afirmou.

Por Américo Martins/CNN

Confira as acusações que levaram o Supremo a tornar Bolsonaro réu

 

O voto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi decisivo para os ministros da Primeira Turma da Corte tornarem réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados do núcleo crucial da denúncia sobre a trama golpista para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por unanimidade, os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, da Primeira Turma do STF, acompanharam o voto de Moraes, que é relator do caso.

Em sua manifestação, Alexandre de Moraes afirmou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) cumpriu os dispositivos legais e demonstrou os indícios de que o ex-presidente e seus aliados podem ter cometido os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

>> Eis as acusações que levaram Bolsonaro e os demais investigados do núcleo 1 da trama golpista a se tornarem réus:

Núcleo Crucial

Alexandre de Moraes concordou com os argumentos apresentados pela PGR para concluir que Bolsonaro e os demais acusados formaram o núcleo crucial da trama golpista. Conforme a acusação, eles foram responsáveis pelas principais decisões e “ações de impacto social”.

Projeto de poder

Segundo a acusação, Bolsonaro liderou uma organização criminosa e tinha um “projeto de poder” enraizado na estrutura do Estado e com “forte influência de setores militares”. Os atos contra o Estado Democrático de Direito e para depor o governo legitimamente eleito [governo Lula] começaram em 2021 e se estenderam até o início de 2023.

Plano golpista

Segundo a acusação, Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” de que estava em andamento, em dezembro de 2022, após ser derrotado nas eleições, o plano intitulado Punhal Verde Amarelo, que incluía o planejamento de ações para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Minuta do Golpe

Moraes também disse que o ex-presidente sabia da minuta de decreto com o qual pretendia executar um golpe de Estado no país. O documento ficou conhecido durante a investigação como minuta do golpe. O documento previa a decretação de estado de sítio no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi apreendido na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e também encontrado no celular do tenente-coronel Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

“Não há mais nenhuma dúvida de que o denunciado [Bolsonaro] conhecia, manuseava e discutiu sobre a minuta do golpe. Se analisou e quis, se analisou e não quis, isso será [verificado] no juízo de culpabilidade. Não há dúvida de que ele tinha conhecimento da minuta do golpe que foi apreendida”, afirmou o ministro.

Notícias falsas

Segundo Moraes, a partir de 2021, Bolsonaro começou a difundir notícias fraudulentas contra o sistema eleitoral brasileiro por meio de transmissões ao vivo nas redes sociais (lives). Nas transmissões, o ex-presidente passou a utilizar o “gabinete do ódio” para alimentar “milícias digitais” e disparar desinformação sobre as urnas eletrônicas, o TSE e o STF.

Relatório das urnas eletrônicas

Alexandre de Moraes disse que Bolsonaro determinou ao ex-ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira, que também virou réu, que fosse encaminhado ao TSE um relatório para insinuar que seria possível encontrar fraudes nas urnas eletrônicas. A medida foi tomada após a Comissão de Fiscalização do TSE concluir que não há qualquer ilicitude nas urnas.

Carta Aberta

De acordo com o ministro, o ex-presidente também tinha conhecimento de uma carta na qual oficiais do Exército pretendiam pressionar o então comandante, general Freire Gomes, a aderir à tentativa de golpe de Estado.

Réus do núcleo 1

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Defesa

Após se tornar réu, Bolsonaro deu uma entrevista coletiva e voltou a negar que tenha articulado a minuta para um golpe com os comandantes das Forças Armadas para suspender as eleições de 2022.

O ex-presidente também voltou a sugerir, sem provas, que as urnas eletrônicas não são seguras, afirmou que é um perseguido e criticou o ministro Alexandre de Moraes.

Por Agência Brasil

Após virar réu, Bolsonaro nega decreto de golpe de Estado

 

Logo após virar réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou se defender, nesta quarta-feira (26), negando que tenha articulado a minuta para um golpe com os comandantes das Forças Armadas para suspender as eleições de 2022, conforme sustenta a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Antes de uma hipotética assinatura de um decreto de um Estado de Defesa, como está no artigo 136 da Constituição, o presidente da República tem que convocar os conselhos da República e da Defesa. Aí seria o primeiro passo. Não adianta botar um decreto na frente do presidente e assinar. Não convoquei os conselhos, nem atos preparatórios houve para isso”, destacou o ex-presidente.

Sem responder aos questionamentos dos jornalistas, Bolsonaro falou por 50 minutos em frente ao Senado, em Brasília, ao lado de aliados no parlamento, logo após o resultado do julgamento da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu hoje.

O ex-presidente voltou a sugerir, sem provas, que as urnas eletrônicas não são seguras, afirmou que é um perseguido e criticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes. 

A denúncia da PGR contra Bolsonaro sustenta que o ex-presidente realizou uma reunião no dia 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, com os comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha, onde teria sido apresentada a minuta do golpe para suspender as eleições, o que consolidaria uma ruptura democrática na visão do Ministério Público.

A denúncia afirma que o comandante da Marinha, Almir Garnier, teria topado o golpe, sendo a proposta rejeitada pelos demais comandantes. Ainda segundo a PGR, Bolsonaro tinha um discurso pronto para após o golpe encontrado na sala dele na sede do Partido Liberal (PL).

Ao comentar o julgamento que o tornou réu, o ex-presidente Bolsonaro argumentou que os comandantes militares jamais embarcariam em uma “aventura” de golpe de Estado. Disse ainda que “discutir hipóteses de dispositivos constitucionais não é crime”, em referência à minuta de Estado de Sítio ou de Defesa que tem sido interpretada pela PGR com o ato decisivo para o golpe de Estado.

Nesse momento, um jornalista questionou: “Então o senhor discutiu [sobre o decreto]?”. Após encarar o repórter, Bolsonaro disse que não iria “sair do sério”.

“Acho que a maioria já aprendeu aqui como é que eu ajo. Se quiser tumultuar com você, vamos embora”, retrucou. Durante seu governo, era comum o ataque do então presidente a jornalistas nas coletivas de imprensa.

Perseguido

O ex-presidente ainda reforçou a versão que vem sustentando desde o início das investigações, de que é uma vítima de perseguição política e de que o Brasil não seria mais uma democracia.

Em uma rede social, Bolsonaro disse que o querem julgar rapidamente para evitar que “chegue livre às eleições de 2026”, apesar dele já estar inelegível até 2031.

“A comunidade internacional acompanha de perto o que está acontecendo no Brasil. Juristas, diplomatas e lideranças políticas já reconhecem o padrão: é o mesmo roteiro que se viu na Nicarágua e na Venezuela”, afirmou.

O discurso de que o Brasil estaria perseguindo opositores tem sido questionado por especialistas, que avaliam ser uma estratégia de defesa dos apoiadores de Bolsonaro para se livrar das acusações de golpe de Estado.

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), contrariou essa versão e tem defendido que o Brasil segue com uma democracia, sem perseguições políticas ou censuras.

Fonte: Agência Brasil/ EBC

Flávio Dino veta mudança de nome da GCM em município de SP; Juazeiro do Norte tem proposta semelhante

No caso de Itaquaquecetuba, Dino acolheu uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que considerou inconstitucional a lei municipal que alterava nome e funções da GCM.
Rogério Brito. (Foto: Reprodução/ Facebook)  https://www.miseria.com.br/

Alunos do curso de formação da GCM de Juazeiro do Norte

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino vetou, na última segunda-feira (24), a alteração da nomenclatura da Guarda Civil Municipal de Itaquaquecetuba (SP) para “Polícia Municipal”, por entender que a mudança fere princípios constitucionais. A decisão gera dúvidas sobre uma proposta semelhante que tramita na Câmara de Juazeiro do Norte.

Em Juazeiro, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 037/2025, de autoria do presidente da Casa, vereador Felipe Vasques (Agir), prevê a mudança de nome da Guarda Civil Metropolitana para “Polícia Municipal”, além da ampliação de suas atribuições, incluindo policiamento ostensivo e comunitário e a possibilidade de prisões em flagrante.

No caso de Itaquaquecetuba, Dino acolheu uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que considerou inconstitucional a lei municipal que alterava nome e funções da GCM. A decisão do STF seguiu uma reclamação da Associação Nacional de Altos Estudos de Guarda Municipal e uma ação direta de inconstitucionalidade do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Dino argumentou que a Constituição estabelece critérios para a organização das forças de segurança pública, e mudanças como essa não podem ser feitas por municípios de forma independente. “A terminologia empregada pela Constituição não é meramente simbólica ou acidental, mas traduz a estrutura organizacional e funcional das instituições públicas”, destacou o ministro.

A proposta que tramita na Câmara de Juazeiro do Norte altera a Lei Complementar nº 121/2019, que regulamenta o Estatuto da Guarda Civil Metropolitana do município. O projeto foi apresentado no último dia 18 e ainda será analisado pelas comissões técnicas da Casa antes de seguir para votação em plenário.

STF forma maioria para tornar Bolsonaro e outros sete aliados réus por tentativa de golpe após eleições de 2022

Todos os ministros votaram a favor de receber integralmente a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Bruna Santos    https://www.miseria.com.br/
Foto: Cristiano Mariz

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta quarta-feira (26), maioria para tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete acusados de tramarem um Golpe de Estado. Todos os ministros votaram a favor de receber integralmente a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR).

A sessão iniciou com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, votaram a favor da denúncia os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Agora, o ex-presidente Bolsonaro, que já está inelegível por oito anos, e mais sete acusados do ‘núcleo 1’ do golpe, vão responder a uma ação penal no STF pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. São eles:

  • Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; 
  • Walter Braga Netto, general  ex- ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro; 
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro; 
  • Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha no governo de Bolsonaro; 
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro; 
  • Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro; 
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.

Nessa nova fase, o Supremo coletará provas e depoimentos. Após essa etapa, Bolsonaro e os demais acusados serão submetidos a outro julgamento e poderão ser condenados ou absolvidos pelos crimes cometidos.

De acordo com informações da Agência Brasil, nas próximas semanas, o STF também vai decidir se mais 26 denunciados pela trama golpista se tornarão réus.

RAIO apreende revólveres em Crato e Mauriti, pistola em Lavras e seis espingardas em Caririaçu


Dez armas de fogo foram apreendidas na região do Cariri, sendo uma pistola, dois revólveres e sete espingardas.
Demontier Tenório. (Foto: Reprodução)   https://www.miseria.com.br/

Revólveres apreendidos em Crato e Caririaçu, pistola e espingarda recolhidas em Lavras e as espingardas de Caririaçu

Mais dez armas de fogo foram apreendidas na região do Cariri, sendo uma pistola, dois revólveres e sete espingardas. Por volta das 10 horas desta terça-feira equipe do RAIO em Crato soube que armas tinham sido enterradas perto de uma das traves no Campo Beira Rio e foi averiguar. Numa cova rasa com garrafa plástica em cima, estava um revólver calibre 38 com cinco cartuchos intactos o qual foi entregue na Delegacia de Polícia Civil.

Outro revólver, porém calibre 32 com numeração suprimida e cinco munições, sendo três intactas, foi apreendido em Milagres por militares do RAIO na manhã desta terça-feira. Foi perto do Bar da Amizade na Rua Margarida Barbosa (Bairro Francisca do Socorro) naquele município. Uma pessoa jogou a arma fora ao ver os PMs e tentou fugir por um matagal, mas foi preso. Taiverton da Silva Simão, que estava completando 21 anos e tinha ainda um cigarro de maconha

Cerca de uma hora depois, equipe do RAIO de Lavras da Mangabeira soube da utilização de um imóvel por acusados de crimes e foi ao local na BR-230 no bairro Cruzeiro. Ninguém estava na residência e polícia encontrou enterradas num dos cômodos uma pistola calibre 7.65mm automática com 12 munições intactas e mais uma espingarda artesanal

Já às 18h30min desta terça-feira o RAIO de Caririaçu esteve no Sítio Bananeiras apreendendo numa casa abandonada cinco espingardas calibre 36 e quatro munições intactas em um saco. A denuncia inicial que havia uma moto Honda CG 160 Fan cor vermelha e sem placa na residência, mas esta não foi encontrada. Dias antes, “raianos” já tinham apreendido uma espingarda calibre 12 e onze munições no Sítio Valência em Caririaçu. O dono da arma fugiu por um matagal após abandonar a mesma.

STF torna réus Bolsonaro e aliados por "golpe", em decisão unânime

 


Relator conclui haver indícios mínimos e razoáveis de autoria de crimes apontados pela PGR contra ex-presidente, e sete ex-ministros e militares.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta quarta-feira (26), tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mais sete ex-ministros e militares de seu governo e instaurar uma ação penal contra estes acusados de crimes em suposta tentativa de golpe de Estado contra a eleição do presidente Lula (PT). Os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e a ministra Cármen Lúcia acompanharam o voto do relator Alexandre Moraes.

Moraes convenceu os ministros que haveria indícios mínimos e razoáveis de autoria de crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro; o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Alexandre Ramagem (PL-RJ); o almirante e ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República, Mauro Cid; 0 general e ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto.

O relator exibiu exibiu vídeos com atos de violência cometidos antes e durante os ataques aos Três Poderes da República, no 8 de Janeiro de 2023, ao votar como relator do caso, pelo recebimento da denúncia na Primeira Turma do Supremo.

Moares defendeu que houve uma “tentativa de golpe violentíssimo”, com a materialização dos crimes mediante violência ou grave ameaça, ao exibir vídeo de cinco minutos com ataques no dia da diplomação de Lula, com carros e ônibus incendiados em Brasília, em 12 de dezembro de 2022; a tentativa de explodir um caminhão tanque na véspera do natal daquele ano; e a destruição das sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, no 8 de Janeiro.


Demais votos

Dino ressaltou em seu voto que as sustentações orais das defesas não negaram a tentativa de golpe, e confirmaram ter havido “grave ameaça”. Afirmou que houve várias apreensões de armas entre manifestantes. Além de citar o filme “Ainda Estou Aqui” alertar para os danos permanentes de um regime ditatorial para a sociedade.

Fux também acompanhou a íntegra do voto de Moraes, mas fez uma ponderação a respeito da necessidade de haver “humildade judicial”, citando que vai revisar a pena de 14 anos de prisão proposta pelo relator para o caso da cabeleireira Débora Santos, que pichou com batom a estátua da Justiça no 8 de Janeiro. Fux, que pediu vista neste outro processo, justificou que achou a pena exacerbada.

A ministra Cármen Lúcia abriu seu voto alertando que ditadura mata e vive da morte de seres humanos que são perseguidos e torturados quando se opõem ao poder dominante autoritário. E concluiu que este quadro que culminou no 8 de Janeiro foi investigado, apurado, até aqui, com indícios que levam à denúncia que agora é aceita para iniciar as demais fases do processo legal, com direito de defesa e eventual condenação ou absolvição.

Ela defendeu o avanço do processo contra o que chamou de “máquina de desmontar democracia”, que precisa ser interrompida para que não haja nova tentativa de golpe. “Felizmente o golpe não deu certo e temos o Supremo atuando no Brasil”, concluiu a ministra.

Último a votar, Zanin reforçou que há, sim, uma série de elementos a amparar a denúncia analisada. “Longe de ser uma denúncia amparada exclusivamente em uma delação premiada. O que se tem aqui são diversos, documentos, vídeos, dispositivos. Enfim, diversos materiais que dão amparo àquilo que foi apresentado pela acusação. O ministro Alexandre de Moraes fez uma descrição detalhada da prova indiciária em relação aos indiciados. Se essa prova indiciária vai se confirmar ou não, é o que terá que ser feito e observado ao longo da instrução criminal”, disse o ministro presidente da Primeira Turma do Supremo.

(Diário do Poder)

Cearense morre e outro sofre fratura em acidente de trânsito no Rio Grande do Norte

Foto Blog do Leno Barbosa
Um parambuense morreu e outro sofreu fraturas em um acidente na tarde desta terça-feira, 25. O fato aconteceu no município de São Bento do Norte - RN.

Segundo informações, os dois estavam em uma motocicleta, fazendo cobranças, quando houve a colisão com um caminhão.

No local do acidente, faleceu Daniel Alves de Sousa, 36 anos, filho de Francisco Inácio de Sousa e Conceição Alves Sobrinho, os pais residentes no Posto Ceará, zona rural do município de Parambu. 

Já a outra vítima do acidente, trata-se de Rafael Antunes Fernandes, 38 anos, filho de Ana Alves de Lima, que também reside no Posto Ceará, o mesmo sofreu fratura na perna e foi socorrido para o Hospital Walfredo Gurgel, em Natal.

A família está providenciando o traslado do corpo de Daniel para o município de Parambu.

Com informações do Blog do Leno Barbosa.

Pai é preso após confessar ter jogado filho de 5 anos de ponte no Rio Grande do Sul; criança morreu

Foto Marcelo Ribeiro/ Caderno 7
Um pai, de 39 anos, foi preso, nessa última terça-feira (25), após se entregar e confessar ter jogado o próprio filho de uma ponte em São Gabriel, Interior do Rio Grande do Sul. A criança, de 5 anos, faleceu no local. 

A Polícia informou ao portal g1 que o homem, identificado como Tiago Ricardo Felber, se apresentou às autoridades minutos após arremessar o filho, Theo Ricardo Ferreira Felber, sobre o rio Vacacaí.

Laudos elaborados pelo Instituto-Geral de Perícias deverão analisar se a criança faleceu antes ou depois da queda.

A defesa do suspeito não foi encontrada, pois, segundo a Polícia, ele ainda não declarou um defensor.

Com informações do Diário do Nordeste.

Duas jovens são mortas a tiros dentro de carro no Ceará

Foto Reprodução 
Duas jovens, de 18 anos, foram assassinadas a tiros, enquanto trafegavam em um veículo, no bairro Jangurussu, em Fortaleza, na noite da última terça-feira (25). Ninguém foi preso pelo duplo homicídio, até a publicação desta matéria.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) confirmou, por nota, que "a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) investiga as circunstâncias de um duplo homicídio, registrado nessa terça-feira (25), no bairro Jangurussu - Área Integrada de Segurança 3 (AIS 3) de Fortaleza".

Conforme as informações policiais, as vítimas, duas mulheres de 18 anos, que não tiveram os nomes divulgados pela SSPDS, foram mortas por disparos de arma de fogo, dentro de um veículo. As jovens chegaram a ser levadas para uma unidade de saúde, mas não resistiram aos ferimentos.

A reportagem apurou que a principal suspeita da motivação do crime é que as jovens entraram em uma rua, em um veículo Jeep Compass com vidros fechados, o que levou a membros de uma facção criminosa pensarem que eram rivais e atirarem contra o automóvel.

Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da PCCE, da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) foram acionadas para a ocorrência. A 3ª Delegacia do DHPP investiga o crime.

Com informações do Diário do Nordeste.