Ray Pinto Faria, de 14 anos, estava na porta de casa, no Campinho, na Zona Norte do Rio, quando teria sido abordado e levado por policiais - O corpo do garoto só foi encontrado horas depois no Hospital Salgado Filho
A família de um adolescente acusa a Polícia Militar pela morte de Ray Pinto Faria, de 14 anos. Segundo parentes do adolescente, ele estava na porta de casa, jogando no celular, quando foi abordado e levado por policiais que faziam uma operação no Campinho, na Zona Norte do Rio.
Os familiares ficaram algumas horas sem saber o paradeiro do garoto, e afirmam que só depois foram informados de que ele estaria no hospital Salgado Filho, onde foi encontrado já sem vida pela mãe.
O corpo de Ray foi reconhecido por um primo, que contou que ele tinha uma marca de tiro na perna e outra na barriga.
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que o corpo de Ray deu entrada no Hospital Salgado Filho, e que foi reconhecido pela família. Além do corpo do garoto, outros dois cadáveres foram levados para a unidade na manhã desta segunda-feira (22) e aparentam ser de adultos.
A morte do garoto, que era conhecido na região por trabalhar carregando compras de supermercado, gerou revolta em amigos e familiares, que protestaram na Avenida Ernani Cardoso.
Durante um ato na região nesta segunda, um ônibus foi danificado e um motorista agredido. A polícia interveio e levou alguns manifestantes presos para a 29ª DP.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar confirmou que houve operação policial na região, mas informou que houve confronto apenas na comunidade do Urubu, em que dois indivíduos foram localizados feridos e levados para o Hospital Municipal Salgado Filho, onde morreram.
O mesmo aconteceu na comunidade do Fubá, onde equipes do Batalhão de Polícia de Choque revidaram disparos de armas de fogo e depois localizaram um indivíduo ferido, que também foi a óbito no Salgado Filho.
A nota da PM não menciona confrontos no Campinho, nem se algum dos mortos seria Ray Pinto Faria.
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