Delatores apontam Renan como interlocutor de senadores do MDB beneficiados com R$ 40 milhões.
A Polícia Federal (PF) cumpre desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (5) mandados judiciais de busca e apreensão, em um desdobramento da Operação Lava Jato. A ação tem como alvos os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM), e investiga um esquema de propina envolvendo um total de dez senadores e mais de R$ 40 milhões da J&F.
A operação foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator de inquéritos da Operação Lava Jato. E se refere ao Inquérito 4707, aberto em maio do ano passado no Supremo para investigar supostos repasses milionário da J&F a políticos do MDB durante a campanha eleitoral de 2014.
Ambos os senadores foram intimados a depor hoje, pelo delegado da PF Bernardo Guidali Amaral, sobre o teor das investigações. E o senador Eduardo Braga está neste momento na liderança do MDB, aguardando a PF para depor.
O Inquérito 4707 também tem como investigados os senadores Dário Berger (MDB-SC) e Jader Barbalho (MDB-PA); o ex-presidente do Senado Eunício Lopes (MDB-CE); o ex-senador e ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo Filho; o ex-ministro dos governos petistas Guido Mantega; e o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB).
A investigação tem como ponto de partida as delações da J&F e de Sérgio Machado, da Transpetro. Mas também cita relatos do ex-ministro Antônio Palocci, que apontou Renan Calheiros como interlocutor dos senadores do MDB beneficiados por uma conta aberta para o PT, junto a Joesley Batista, da J&F. Nos depoimentos, Sérgio Machado disse ter chegado ao conhecimento dele que a JBS, empresa do grupo J&F, faria doações à bancada do MDB do Senado em 2014 no valor de R$ 40 milhões, a pedido do PT.
Machado afirmou que a doação beneficiaria os então senadores do PMDB: Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR), Eunício Oliveira (CE), Vital do Rêgo (PB), Eduardo Braga (AM), Edison Lobão (MA), Valdir Raupp (RO) e Roberto Requião (PR), “dentre outros”. A PGR retirou da investigação Jucá, Lobão e Requião; e acrescentou Guido Mantega e Hélder Barbalho.
Ricardo Saud relatou à PGR que houve pagamento de aproximadamente R$ 46 milhões a senadores do MDB, a pedido do PT. Ressaltando que, apesar de diversas doações terem sido realizadas de forma oficial, “tratava-se de vantagem indevida, uma vez que dirigentes do PT estariam comprando o apoio de peemedebistas para as eleições de 2014 como forma de assegurar a aliança entre os partidos”.
Por meio de nota, a assessoria do senador alagoano negou que o ex-presidente do Senado tenha sido alvo de operação: “Senador Renan não foi alvo de operação. Não há busca e apreensão, como também não há qualquer determinação a ser cumprida nas dependências do Congresso. Entregaram uma simples intimação para prestar esclarecimentos. Nada mais que isso”.
(Diário do Poder)via sobral24horas.com
Dilma vira alvo da PF em caso de propina de R$ 40 milhões para a reeleição
Petista foi intimada pela Polícia Federal nesta terça, mas ainda não há data marcada para o depoimento.
A ex-presidente cassada Dilma Rousseff (PT) passou a ser alvo da Polícia Federal no âmbito das investigações sobre propina repassada pela JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, a campanha eleitoral de 2014. Dilma foi intimada nesta terça, mas ainda não há data marcada para o depoimento.
A PF investiga cerca de R$ 40 milhões pagos em propina a senadores e ex-senadores do MDB para garantir apoio à reeleição da petista, que tinha o então presidente do MDB Michel Temer como seu vice.
As informações foram obtidas por meio das delações premiadas de executivos da JBS e pedidos de busca e apreensão autorizados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Dilma, são investigados os senadores Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), o ex-líder do governo da petista Eduardo Braga (AM), o ex-senador Vital do Rêgo (PB), que foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) durante o primeiro mandato da ex-presidente.
(Diário do Poder)
Nenhum comentário:
Postar um comentário