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terça-feira, 18 de junho de 2019

Homem é preso no Ceará por guardar armas e explosivos para facções usarem em ataques a bancos

Todo o material estava guardado em quatro depósitos, todos em um mesmo bairro da cidade de Graça, na Região Norte do Estado

Material era comercializado com membros de facções criminosas. — Foto: Mateus Ferreira/TV Verdes Mares
Material era comercializado com membros de facções criminosas

Um homem foi preso em flagrante nesta terça-feira (18), no município de Graça, na Região Norte do Ceará, por manter quatro depósitos clandestinos com grande quantidade de armas, munição, explosivos, pólvora e chumbo.
De acordo com investigações da polícia, o homem é suspeito de fornecer esse material para criminosos ligados a facções que o utilizavam para atacar agências bancárias no interior do estado.
Todos os explosivos estavam armazenados de forma ilegal nos depósitos que ficam em um mesmo bairro da cidade. O material vai ser encaminhado para a Delegacia Regional de Sobral.
Participaram da operação policiais da Divisão de Homicídios, Delegacia Municipal de Pacujá e de outras delegacias especializadas.

Todos os explosivos estavam armazenados de forma ilegal

Todos os explosivos estavam armazenados de forma ilegal. — Foto: Mateus Ferreira/TV Verdes Mares

PMs da Ciopaer que já ganham mais de R$ 12 mil chegam a receber R$ 500 por hora em voos particulares


Os policiais militares da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) recebem cerca de R$ 500 por hora, em voos particulares, conforme apurado pela reportagem. Reportagem publicada nesta segunda-feira (17) mostrou que pelo menos dois oficiais são investigados pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) pela prática ilegal.

Os pilotos civis, que têm a identidade preservada, afirmam que os militares cobram bem abaixo do valor do mercado porque já “têm o soldo deles como oficial e ganham muito bem”. “Meu amigo ganhava 12 mil reais trabalhando para um empresário. Veio um PM e se ofereceu por 3 mil”, afirma um piloto. Em consequência do domínio dos PMs, pelo menos oito profissionais civis perderam o emprego nos últimos anos. 

De acordo com o portal da transparência do Governo do Ceará, a tabela salarial dos funcionários públicos de maio deste ano mostra que o tenente-coronel Edinardo de Lima Ferreira, investigado pela CGD desde dezembro de 2018, ganha o valor bruto de R$ 12.817,92.

Já o tenente-coronel Kléber Nóbrega Vieira, também sob investigação, ganha R$ 12.835,55. Os dois pilotos da Ciopaer são suspeitos de realizarem voos particulares para empresários no Ceará, inclusive em horário de serviço. Os servidores públicos ainda recebem gratificação por pertencer à Ciopaer, cerca de R$ 6 mil.

Mercado prefere pilotos militares

O mercado prefere os militares por diversas razões, segundo os pilotos comerciais. “Não precisa assinar carteira, não precisa dar treinamento porque fazem na Ciopaer. Não precisam pagar revalidação da ANAC, não precisam pagar exame médico de revalidação, que é feito via Ciopaer também”, afirma um dos pilotos civis. Além disso, ele destaca que os empresários não precisam pagar hotel em viagens para o Interior porque os militares “ficam em quartéis”, o que barateia o serviço. 

O valor cobrado pelos PMs é outro aspecto. A hora “freelance” para voos de helicóptero é de cerca de R$ 700. Já os militares cobram, em média, R$ 500. O salário de profissionais civis, mensal, varia de 14 mil a 16 mil reais. Os pilotos da Ciopaer cobrariam de R$ 3 a 4 mil por mês. 

A investigação da CGD contra os oficiais militares não detalha quantas horas de voo os pilotos da Ciopaer teriam trabalhado para a iniciativa privada, mas, no caso do tenente-coronel Edinardo de Lima, a portaria publicada no Diário Oficial afirma que “a quantidade de voos privados realizados pelo militar corresponde a 80% do total de voos”. 

Além disso, de acordo com o documento, ao longo de 3 anos, o militar teria realizado 9 voos particulares em 2017; 12 dias em 2016; e 25 em 2015. No caso do tenente-coronel Kléber Nóbrega, a investigação aponta indícios de atuação civil entre os anos de 2015 e 2017. A escala de serviço “choca-se em datas com diversos voos privados realizados pelo oficial, em possível detrimento ao cumprimento de operações acionadas pela Ciops”, explica a portaria. 

“Estou sendo prejudicado porque todos os empregos disponíveis no Ceará estão sendo ocupados por militares com salários muito inferiores ao mercado, sem carteira assinada”, confirma outro profissional comercial. Ele considera a situação “uma concorrência desleal aos pilotos da aviação civil”.

Com informações Diário do Nordeste

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